03/04/2021 às 13:00, atualizado em 03/04/2021 às 12:01

Área agrícola no DF aumenta 22,68% no período de 18 anos

Estudo do IBGE mostra o avanço da agricultura local. Emater apoia 18 mil produtores para a melhoria das plantações com tecnologia e sustentabilidade

Por Flávio Botelho, da Agência Brasília | EDIÇÃO: ABNOR GONDIM

Agricultores recebem qualificação para produzir mais no menor espaço | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

[Olho texto=”“A população do DF precisa ter muito orgulho da nossa área rural. Exploramos mais de 100 culturas diferentes. Entre elas, coisas que achavam que Brasília não produzia e hoje se prova o contrário” ” assinatura=”Luciano Mendes, secretário-executivo de Agricultura” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

A área agrícola do Distrito Federal aumentou 22,68% no período de 2000 a 2018, passando de 1.133 para 1.390 km². Esse percentual é apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com a divulgação, no fim de março, do estudo “Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil”.

Tal crescimento reforça os bons resultados que a produção agrícola local vem apresentando nos últimos anos, conforme relatórios produzidos por órgãos de controle do setor. Em 2019, o Ministério da Agricultura já havia apontado o DF como uma das líderes em valor de produção agrícola no país.

No mesmo sentido, dados do IBGE e do 5° levantamento da safra de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostram também que, em várias culturas, o DF possui uma produtividade superior à média nacional.

Êxodo e pastagens

Para a diretora-executiva da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater-DF), Loiselene Trindade, um fator que pode explicar esse aumento da área agrícola é o êxodo rural. “Temos visto uma mudança de uma parcela da população urbana para a área rural, um reflexo do crescimento das cidades, e isso se refletiu nesse dado”, ressalta.

[Olho texto=”“Um dos nossos trabalhos é focado na questão da produtividade, ou seja, produzir o máximo possível em uma área menor” ” assinatura=”Loiselene Trindade, diretora-executiva da Emater-DF” esquerda_direita_centro=”direita”]

Além da saída da cidade para o campo, o aumento na área agrícola do DF não representou desmatamento ou degradação do meio ambiente, como explica o secretário-executivo de Agricultura, Luciano Mendes. “Com a elevação do preço das commodities, tivemos uma valorização de determinadas culturas agrícolas e, com isso, um deslocamento natural por parte dos produtores. Áreas que antes eram de pastagem, viram de cultivo, por exemplo”.

“Um dos nossos trabalhos é focado na questão da produtividade, ou seja, produzir o máximo possível em uma área menor. Por isso, focamos na divulgação de avanços tecnológicos para os produtores e também em qualificações junto a parceiros como a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”

Máximo em área menor

Atualmente, cerca de 18,5 mil produtores rurais estão cadastrados junto à Emater-DF, que os auxilia com diversas ferramentas para otimizar e melhorar os métodos de cultivo.

[Olho texto=”R$ 644,4 milhões ” assinatura=”Valor da produção agrícola do DF em 2019″ esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Um dos nossos trabalhos é focado na questão da produtividade, ou seja, produzir o máximo possível em uma área menor. Por isso, focamos na divulgação de avanços tecnológicos para os produtores e também em qualificações junto a parceiros como a Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]”, afirma a diretora-executiva da empresa pública.

A aliança de desenvolvimento tecnológico com sustentabilidade, torna eficaz e rentável a produção agrícola do DF. Dados do IBGE apontam que em 2019 a Produção Agrícola Municipal gerou um valor de R$ 644,4 milhões por conta das lavouras de milho, soja, mandioca, feijão e trigo, além de uva, morango, goiaba, maracujá, entre outros.

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“A população do DF precisa ter muito orgulho da nossa área rural. Brasília é uma das poucas capitais do Brasil com uma área rural significativa. Exploramos mais de 100 culturas diferentes. Entre elas, coisas que achavam que Brasília não produzia e hoje se prova o contrário”, comemora o secretário-executivo de Agricultura.