25/05/2021 às 17:17

Fitoterápicos da Farmácia Viva são distribuídos em 22 UBSs

Retirada é feita mediante apresentação de receita prescrita por profissional de saúde

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

Os medicamentos fitoterápicos produzidos pelas duas unidades de Farmácia Viva são distribuídos no Instituto de Saúde Mental e em 22 unidades básicas de saúde (UBSs) em 15 regiões administrativas. Eles são produzidos com o uso de plantas medicinais de ação terapêutica cultivadas nas próprias farmácias, localizadas no Riacho Fundo I e em Planaltina.

A tintura de funcho, indicada como medicamento antiespasmódico, é produzida na Farmácia Viva do Riacho Fundo | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

Na produção dos fitoterápicos, os princípios ativos são extraídos das raízes, sementes e folhas. As unidades da Farmácia Viva seguem os protocolos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Resolução Nº 886 de 20 de abril de 2010, que define que as farmácias vivas devem realizar as etapas de cultivo, coleta, processamento e armazenamento de plantas medicinais. As espécies utilizadas devem ser originárias de horta ou horto oficial ou comunitário, devendo ser dispensadas no âmbito do SUS, não sendo permitida sua comercialização.

[Olho texto=”“Para garantir a segurança e eficácia nesse processo, procuramos selecionar e cultivar plantas medicinais que possam ser transformadas em fitoterápicos”” assinatura=”Nilton Luz Netto Junior. chefe do Núcleo de Farmácia Viva” esquerda_direita_centro=”direita”]

Isso quer dizer que todo medicamento produzido nas farmácias vivas por meio da extração de plantas deverá ser entregue nas unidades de saúde da região, sem nenhum custo para a população.

O uso dos medicamentos está condicionado à prescrição de um profissional de saúde. Desta forma, para retirá-los nas unidades de saúde, é necessário apresentar duas vias da receita, documento de identificação com foto e cartão do SUS.

Saiba onde retirar o medicamento

Produção de fitoterápicos

Na Farmácia Viva do Riacho Fundo são cultivadas várias espécies de plantas que são utilizadas na produção de medicamentos. Além de produzir, a unidade dispensa os produtos para 23 farmácias públicas. São cerca de 2,5 mil unidades de medicamentos por mês, de acordo com a demanda.

A unidade produz o xarope e a tintura de guaco – um expectorante que pode ser utilizado por pacientes com diabetes por não conter açúcar em sua formulação –, a tintura de boldo, que serve para a má digestão, e a tintura de funcho, indicada como medicamento antiespasmódico (atua na contração involuntária dos músculos), entre outros.

Além dos medicamentos, a Farmácia Viva produz materiais didáticos sobre o uso correto de plantas medicinais e a cada semestre distribui mudas de plantas às UBSs cadastradas para a população atendida. Em 2020, foram distribuídas mudas de ora-pro-nóbis e babosa. Nesse semestre, a ação começou com a distribuição de mudas de malvariço; no próximo, será o funcho.

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“A Farmácia Viva representa um modelo de saúde que aproxima a população dos seus valores tradicionais de uso de plantas medicinais. Para garantir a segurança e eficácia nesse processo, procuramos selecionar e cultivar plantas medicinais que possam ser transformadas em fitoterápicos, permitindo assim, incorporar aos profissionais de saúde da atenção básica a prescrição nos cuidados em saúde da população”, explica o chefe do Núcleo de Farmácia Viva, o farmacêutico Nilton Luz Netto Junior.

*Com informações da Secretaria de Saúde