20/08/2021 às 16:32, atualizado em 20/08/2021 às 18:33

Professoras gestantes ganham curso de apoio pedagógico

Após capacitação on-line, elas darão aulas remotas em linguagens e matemática para estudantes selecionados pelas escolas

Por Agência Brasília* | Edição: Saulo Moreno

A Secretaria de Educação do DF criou nesta sexta-feira (20) um curso destinado às professoras regentes da rede pública que estejam grávidas. O curso será integralmente on-line e foi desenvolvido pela Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação (Eape). Ao fazê-lo, essas profissionais manterão sua atuação pedagógica e poderão ficar em casa, ao passo que as escolas convocarão professores substitutos para assumirem as turmas presencialmente.

O curso garante a atuação pedagógica das professoras grávidas, mesmo em casa. Ao mesmo tempo em que darão apoio na parte pedagógica, permitirão que as escolas convoquem professores substitutos para assumir as turmas presencialmente | Foto: Mary Leal/SEEDF

A criação do curso resolve uma situação-limite descoberta após a volta das aulas presenciais: a lei confere às grávidas o direito de manterem-se no teletrabalho durante todo o período da gestação, até que a pandemia acabe.

[Olho texto=”“O curso que a Eape desenvolveu vai propiciar às professoras grávidas atuarem remotamente nas escolas apoiando a parte pedagógica. Ao mesmo tempo, as escolas poderão convocar professores substitutos para assumir as turmas presencialmente. Os estudantes não serão prejudicados”” assinatura=”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação” esquerda_direita_centro=”direita”]

No caso das escolas públicas, em que há professoras regentes grávidas, isso significaria manter turmas inteiras em ensino remoto por meses a fio. Agora não mais. Elas saem para fazer o curso e podem ser substituídas normalmente.

“O curso que a Eape desenvolveu vai propiciar às professoras grávidas atuarem remotamente nas escolas apoiando a parte pedagógica. Ao mesmo tempo, as escolas poderão convocar professores substitutos para assumir as turmas presencialmente. Os estudantes não serão prejudicados”, explica a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

Ela lembra que o assunto era especialmente sensível para as crianças do ensino fundamental – anos iniciais, que vai do 1º ao 5º ano. “Nessa etapa, as crianças têm uma só professora, que é a professora de atividades. Ela estando grávida, a turma inteira teria que ficar remota até o ano que vem”, diz.

A rede pública tem 25.979 professores efetivos e 9.817 temporários. Destes, há 67 grávidas entre os efetivos e 90 entre as temporárias – 157 no total.

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Há, entre as grávidas, professoras de ciências, biologia, educação física, geografia, história, português e matemática, mas oitenta delas são professoras de atividades, ou seja, lecionam nos anos iniciais do ensino fundamental. O que significa dizer que são 80 as turmas que até então tinham professora afastada e que, a partir de agora, poderão ser substituídas e voltarão às aulas presenciais.

Sobre o curso, a ideia é que a equipe pedagógica de cada escola selecione grupos de estudantes que necessitam de fixação de aprendizagens em linguagens e matemática para encaminhar às professoras grávidas. Elas vão desenvolver atividades para atender esses alunos de forma remota.

*Com informações da Secretaria de Educação do DF