22/09/2021 às 08:51, atualizado em 22/09/2021 às 14:45

Biotic e BRB lançam fundo para Distrito de Inovação e Tecnologia

Fundamentado em mobilidade urbana sustentável, projeto vai gerar 7,6 mil postos de trabalho

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

[Olho texto=”“Trouxemos o que há de mais tecnológico no mundo para Brasília, para que nossa cidade seja referência e se transforme numa potência”” assinatura=”Gustavo Dias Henrique, presidente do Biotic” esquerda_direita_centro=”direita”]

Um fundo imobiliário para desenvolvimento do novo Distrito de Inovação e Tecnologia em Brasília – FII Biotic – será lançado nesta quarta-feira (22). Apresentado durante um evento em SP, o recurso é o maior fundo imobiliário ASG (Ambiental, Social e Governança) do país.

Trata-se de uma smart city que, localizada na Granja do Torto, fará uso de tecnologia para otimizar a mobilidade urbana e adotar soluções sustentáveis. O projeto incorporou clusters de comércio, residências, hotelaria e universidade aos escritórios que pretendem acomodar empresas de tecnologia, com objetivo de que as pessoas vivam, estudem e trabalhem no mesmo local, nos moldes do conceito work, live and play.

O objetivo do fundo é arrecadar recursos para a implementação do novo distrito, um espaço de mais de um milhão de metros quadrados no coração do DF. O projeto foi encomendado ao engenheiro, arquiteto e inventor italiano Carlo Ratti, que, além de seu escritório, dirige um laboratório de inovação urbana no Massachussetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos.

“A estimativa é abrigar 794 empresas e mais de 2 mil estações de coworking [trabalho colaborativo], com geração de 7,6 mil postos de trabalho e 9,5 mil moradores”, adianta o presidente da Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap), Izidio Santos. O Parque Tecnológico Biotic foi idealizado e é desenvolvido pela Terracap, que criou uma empresa subsidiária para gerir o novo distrito.

À frente do audacioso projeto, o presidente do Biotic, Gustavo Dias Henrique, vê com entusiasmo o lançamento do instrumento. “Esse fundo foi estruturado para ser instrumento de captação de recursos junto ao mercado financeiro, gerando credibilidade e segurança jurídica para grandes investidores”, destaca. “A ideia do projeto é mudar a matriz econômica do DF. Tecnologia, inovação e desenvolvimento são os pilares do novo distrito. Trouxemos o que há de mais tecnológico no mundo para Brasília, para que nossa cidade seja referência e se transforme numa potência”.

Captação de recursos

A gestora Integral Brei venceu a concorrência para estruturar o fundo. O diretor executivo da empresa, Vitor Bidetti, informa que o planejamento prevê a captação dos recursos com investidores profissionais, como grandes fundos de pensão, fundos soberanos e grandes family offices.

“Quando os empreendimentos começarem a performar, gerando renda, vamos abrir a captação para pessoas físicas”, explica. “O conceito de smart city permitiu que o fundo saísse com selo verde, que foi validado pela consultoria Sitawi. A primeira fase vai buscar R$ 1,1 bilhão, de um total previsto R$ 6 bilhões.”

[Olho texto=”“A capital federal tem como vocação a inovação e a tecnologia desde sua criação e é sede de grandes empresas, sobretudo do setor público, que têm necessidade de apoiar esse tipo de projeto” ” assinatura=”Paulo Henrique Costa, presidente do BRB” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

O Banco de Brasília (BRB) participa do projeto em diferentes frentes. Primeiro, instalou no Biotic o BRBLab, uma das âncoras do centro de inovação e direcionado ao setor financeiro e governo digital. Lá já se encontram 23 startups, inclusive internacionais, focadas em buscar soluções e melhorar a experiência dos clientes.

Como banco público e protagonista do desenvolvimento econômico do DF, o BRB também exerce um papel de fomento, oferecendo diferentes opções de linhas de crédito; e, em uma terceira frente, fará a administração do fundo.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”direita”]

“A iniciativa é muito importante e tem potencial de desenvolver Brasília e o Centro-Oeste como polo de inovação”, pontua o presidente do banco, Paulo Henrique Costa. “A capital federal tem como vocação a inovação e a tecnologia desde sua criação e é sede de grandes empresas, sobretudo do setor público, que têm necessidade de apoiar esse tipo de projeto. Estamos felizes em participar ativamente deste momento especial para o DF.”

*Com informações da Terracap