17/10/2021 às 10:08, atualizado em 18/10/2021 às 14:56

Rede pública tem ambulatórios especializados em terapia da mão

Cinco unidades atendem pacientes no pós-operatório de traumas. Locais funcionam de segunda a sexta, das 13h às 17h

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

Pessoas que sofreram fraturas, luxações ou lesões nas mãos ou nos membros superiores e que precisam de atendimento de urgência, como cirurgia, contam com cinco ambulatórios especializados em terapia da mão na rede pública de saúde.

O número de sessões semanais vai depender da condição clínica de cada paciente | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde

Um deles é o Centro Especializado em Reabilitação de Taguatinga (CER II), que atende os pacientes da Região de Saúde Sudoeste. Na unidade, a terapia da mão é ofertada desde 2015 e o serviço foi o pioneiro no Distrito Federal.

O ambulatório do CER II atende no sistema de “portas abertas” e recebe os moradores de Taguatinga, Samambaia, Vicente Pires, Águas Claras, Arniqueira e Recanto das Emas. Para ser atendido no local, o paciente deve ser encaminhado por um médico ortopedista da rede pública. É necessário levar o encaminhamento para agendar uma avaliação. Após essa etapa, o indivíduo consegue marcar data e hora para o início do tratamento.

Hoje não existe fila de espera no ambulatório. A terapeuta ocupacional Fernanda Alcântara explica que a terapia ocupacional pode abreviar o retorno dos movimentos dos membros superiores e o retorno do paciente à sua rotina.

[Olho texto=”No ambulatório de terapia da mão é trabalhada a coordenação motora fina do paciente. São os movimentos mais comuns que fazemos diariamente” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“A terapia ocupacional no pós-operatório imediato da mão faz toda a diferença no resultado final da recuperação do paciente, que tem o retorno mais rápido das suas funções e de suas atividades de vida diária”, ressalta.

Os outros ambulatórios da rede pública funcionam no Paranoá, Samambaia, Ceilândia e Sobradinho.

Coordenação motora

O tratamento se concentra no pós-operatório de lesões ortopédicas de cotovelo, punho e mão e contempla, por exemplo, fraturas, luxações, reimplantes, amputação e lesões de tendões, nervos e ligamentos.

O número de sessões – cada uma tem duração de uma hora – por semana vai depender da condição clínica de cada paciente, segundo a terapeuta. “Dependendo da lesão, variamos a quantidade de visitas ao ambulatório. Quando a gravidade das lesões é muito extensa, precisamos fazer a terapia ocupacional todos os dias da semana para que a recuperação aconteça de maneira mais rápida”, explica.

O tratamento se concentra no pós-operatório de lesões ortopédicas de cotovelo, punho e mão | Fotos: Breno Esaki/Agência Saúde

No ambulatório de terapia da mão se trabalha a coordenação motora fina do paciente. São os movimentos mais comuns que fazemos diariamente – como pegar pequenos objetos, abrir porta com chave, escrever, digitar, pendurar roupas, amassar e segurar objetos, segurar e levantar objetos mais pesados -, que dependem do punho para dar suporte.

Além do serviço especializado em terapia da mão que o CER II oferece, Fernanda também indica órteses de mãos, que são dispositivos externos com o objetivo de mobilizar, alinhar, corrigir, prevenir deformidades, ganhar amplitude de movimento ou até auxiliar na função. As órteses são produzidas de acordo com a necessidade do paciente e são confeccionadas no próprio ambulatório.

Segundo Fernanda, as órteses ajudam na recuperação do paciente, proporcionando conforto, já que é mais leve que o gesso e permite uma reabilitação precoce ao membro que sofreu o trauma.

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“Cada paciente é avaliado individualmente. São necessários um conhecimento amplo da anatomia, fisiologia, da biomecânica e um estudo da patologia para que possamos indicar o melhor modelo. Uma órtese pode tanto imobilizar e proteger uma cirurgia quanto trazer mobilidade a esse membro, para que o paciente possa retornar minimamente à sua rotina diária”, observa.

Ainda segundo a terapeuta ocupacional, a órtese pode ser usada por períodos curtos ou longos. “Muitos pacientes terão que utilizar a órtese para o resto da vida. Em outros casos, as órteses trazem conforto no período pós-operatório e algumas têm o objetivo de ganhar mobilidade até o momento da cirurgia”, finaliza.

*Com informações da Secretaria de Saúde