19/10/2021 às 21:02, atualizado em 19/10/2021 às 21:08

Curso de perícia em incêndio florestal capacita servidores

Iniciativa está prevista no Plano de Prevenção e Combate, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente

Por Agência Brasília* | Edição: Renata Lu

No período mais crítico da seca, o Distrito Federal enfrenta o desafio de combater inúmeros focos de incêndio florestal, o que acaba trazendo o questionamento sobre a origem do fogo e se suas causas são naturais ou provocadas.

Para tentar responder essas perguntas, o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ministra o curso de Perícia em Incêndio Florestal.

O curso teve início nesta segunda (18) e segue até o sábado (23), com aulas teóricas e práticas, entre 8h e 18h, no Grupamento de Proteção Ambiental – GPRAM/CBMDF e no Parque Nacional de Brasília| Foto: Divulgação/Sema

O evento abre o ciclo 2021 das atividades de capacitação previstas no Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF), coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Até novembro, serão ministradas outras três capacitações: Resgate de Fauna em Incêndio Florestal; Embarque e Desembarque em Aeronaves, com APH Avançado, e Curso sobre Sistema de Comando de Incidentes (SCI Intermediário).

Esses cursos serão realizados em parceria com o Jardim Zoológico de Brasília, Aeronáutica e Corpo de Bombeiros Militar, respectivamente. As vagas são destinadas a servidores que atuam na área em órgãos que integram o PPCIF.

[Olho texto=”“Esse curso é essencial para que se possa tanto responsabilizar a pessoa que iniciou o incêndio como para dar uma resposta à sociedade capaz de trazer subsídios para trabalhar a prevenção”” assinatura=”Alexandre Pereira, analista ambiental” esquerda_direita_centro=”direita”]

O curso de perícia em incêndio florestal teve início nesta segunda (18) e segue até o sábado (23), com aulas teóricas e práticas, entre 8h e 18h, no Grupamento de Proteção Ambiental – GPRAM/CBMDF e no Parque Nacional de Brasília.

O objetivo é capacitar servidores dos diversos órgãos que integram o PPCIF para identificar, em campo, elementos e indícios que contribuam para investigar e determinar as causas de incêndios florestais e prepará-los para redigir laudos que subsidiem a elaboração de autos de infração ambientais.

“Também buscamos aumentar a capacidade de identificar e autuar os responsáveis por crimes ambientais nas áreas de preservação, onde a perícia é fundamental para aprender como preservar as áreas afetadas e concluir com mais precisão a origem dos focos de incêndio”, afirma a coordenadora técnica do PPCIF, Carolina Schubart, da Sema.

Segundo o analista ambiental Alexandre Pereira, um dos quatro instrutores do curso, as aulas abordam diversos aspectos do incêndio com o objetivo principal de encontrar a origem e entender a dinâmica do fogo. Assim, é possível buscar saber onde começou, entender o que o motivou e, se for constatado que foi provocado por uma pessoa, chegar de fato a quem o iniciou e poder responsabilizá-la administrativa e até criminalmente.

O objetivo é capacitar servidores dos diversos órgãos que integram o PPCIF para identificar, em campo, elementos e indícios que contribuam para investigar e determinar as causas de incêndios florestais e prepará-los para redigir laudos que subsidiem a elaboração de autos de infração ambientais| Foto: Divulgação/Sema

Resposta para a sociedade

“Portanto, esse curso é essencial para que se possa tanto responsabilizar a pessoa que iniciou o incêndio como para dar uma resposta à sociedade capaz de trazer subsídios para trabalhar a prevenção. Se a gente sabe o motivo, o que faz as pessoas colocarem fogo, consegue traçar campanhas de educação ambiental especificas ligadas aos motivos das ocorrências em determinada região”, diz Alexandre.

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O gerente de Preservação do Jardim Botânico de Brasília, Diego Miranda, acredita que o curso vai ser de grande valia para o espaço. “Tendo em vista que esse é um tipo de capacitação que as instituições têm certa carência”, ele afirma.

“Há poucos funcionários capacitados para a elaboração de investigação de incêndios florestais, podendo chegar aos seus culpados e às unidades tomarem as providências cabíveis. Quem ganha com isso são as unidades de proteção do DF e as instituições que estão participando, fortalecendo, assim, o PPCIF”, acrescenta.

Saiba mais sobre o PPCIF aqui

*Com informações da Sema