17/12/2021 às 10:16, atualizado em 17/12/2021 às 18:56

Atenção primária à saúde bate recorde de cobertura

Trabalho das equipes de Saúde da Família fortalece o atendimento à população; só no DF, são quase 1,7 milhão de pessoas cadastradas no serviço

Por Agência Brasília* | Edição: Chico Neto

[Numeralha titulo_grande=”R$ 22,5 milhões ” texto=”Total de investimentos empregados na inauguração de seis unidades básicas de saúde, só neste ano” esquerda_direita_centro=”direita”]

“Avançar na Atenção Primária é garantir a promoção e a prevenção à saúde”, afirma o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, que atua para o fortalecimento da Estratégia Saúde da Família. O gestor defende que 80% das necessidades da população podem e devem ser resolvidas nas unidades básicas de saúde (UBSs). Por isso, quando o Distrito Federal alcança 62% de cobertura do território por equipes de Saúde da Família, percentual inédito, o momento não é apenas de comemorar, mas também de planejar avanços.

O coordenador da Atenção Primária, José Eudes Barroso, lembra que, no ano passado, a pandemia impactou o atendimento nas unidades básicas. “Em 2021, retomamos as atividades da Atenção Primária, que vinham avançando em 2019”, relata. “Qualificamos ainda mais o atendimento à população, com a retomada da carteira de serviços, a ampliação das equipes e entregas de novas unidades”.

Portas abertas à população: UBSs expandem o atendimento a cada dia | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde

Apenas neste ano, foram inauguradas seis UBSs, localizadas no Jardim Mangueiral, Riacho Fundo II, Paranoá Parque, Sobradinho II, Ceilândia e Planaltina. O investimento totalizou R$ 22,5 milhões. “Quando inauguramos uma UBS, cadastramos mais famílias e atendemos em melhores condições”, lembra o secretário de Saúde.

Ao todo, o DF possui 176 unidades básicas de saúde. Em 2020, foram inauguradas quatro, totalizando dez novos estabelecimentos entregues pela atual gestão do Governo do Distrito Federal (GDF).

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Atenção Básica

As equipes de Saúde da Família são responsáveis pelas atividades de promoção e prevenção na área da UBS em que atuam. Cada grupo de profissionais é formado por um médico (de preferência, com a especialidade em medicina da família e comunidade), um enfermeiro (também especializado, preferencialmente), dois técnicos em enfermagem e um agente comunitário de saúde.

Atualmente, a rede pública possui 605 equipes desse segmento, sendo 582 completas. A expectativa é que, com a chegada dos 466 agentes comunitários de saúde, todas estejam completas até o começo de 2022. No DF, há 1,68 milhão de pessoas cadastradas na Estratégia Saúde da Família (ESF).

As ações desempenhadas pelas equipes incluem visitas domiciliares, organização de  grupos comunitários, atividades de orientação e educação em saúde e terapia comunitária. “A depender da realidade do território, as equipes organizam a oferta de serviços”, explica a diretora da ESF, Thais Alessa Leite. Até outubro deste ano, foram registrados 2,19 milhões de atendimentos nesse setor.

Perspectivas

[Olho texto=” “Agora a estrutura das UBSs é modular, ou seja, pode ser implantada em qualquer local e segue um padrão; o que muda é o número de equipes que cada uma comporta” ” assinatura=”Mário Furtado, subsecretário de Infraestrutura em Saúde” esquerda_direita_centro=”direita”]

Para 2022, a meta é atingir 100% de cobertura em áreas de grande vulnerabilidade. José Eudes Barroso explica que todo o DF tem uma UBS de referência, mas nem toda a população está cadastrada. “Ceilândia, por exemplo, tem 55% do território coberto por equipes de Saúde da Família, mas, se alguém que não estiver cadastrado precisar, na UBS de referência há uma equipe disponível para atendimento de demanda espontânea”, afirma.

A diretora da ESF reforça: “Nossos desafios, além de buscar atingir níveis cada vez mais altos de cobertura, é ampliar o escopo de atuação da Atenção Primária à Saúde e fortalecer os mecanismos de integração e comunicação com os outros pontos de atenção”.

Em relação à infraestrutura, já existe um projeto na Novacap para a construção de mais 17 UBSs no DF. O objetivo é entregar, ainda no atual governo, mais cinco, totalizando 22 novas unidades. “Agora a estrutura das UBSs é modular, ou seja, pode ser implantada em qualquer local e segue um padrão; o que muda é o número de equipes que cada uma comporta”, detalha o subsecretário de Infraestrutura em Saúde, Mário Furtado. Com esse acréscimo, a expectativa é poder atender 2,4 milhões de pessoas.

 

*Com informações da Agência Saúde