19/04/2022 às 17:08

Crianças do Gama Sul aprendem sobre cidadania e meio ambiente

Intitulada Meio Ambiente e Direito à Cidade, a iniciativa contou com bate-papos, jogos lúdicos, passeios e oficina de reciclagem

Por Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo

[Olho texto=”“As atividades desenvolvidas nas unidades trazem reflexões sobre a possibilidade do exercício de escolha e modificação dos espaços de vivência e convivência. O objetivo é estimular esse sentimento de pertencimento como forma de prevenir situações de risco social”” assinatura=”Mayara Noronha Rocha, secretária de Desenvolvimento Social” esquerda_direita_centro=”direita”]

Em alusão ao mês do aniversário de Brasília, o Centro de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cecon) Gama Sul preparou atividades para crianças e adolescentes de 6 a 15 anos de idade que frequentam a unidade. A iniciativa, intitulada Meio Ambiente e Direito à Cidade, teve bate-papos, jogos lúdicos, passeios a espaços culturais da cidade e oficina de reciclagem.

Essas atividades especiais, desenvolvidas pelas unidades socioassistenciais da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), foram divididas em três tópicos: O meu meio ambiente, Eu atuando no meio e A cidade que eu quero. A ideia é fazer com que esses meninos e meninas tenham uma percepção do território onde vivem, possam se sentir pertencentes àquele espaço e contribuir do seu jeito com a comunidade.

Crianças e adolescentes atendidos pelo Cecon Gama Sul durante atividade | Fotos: Divulgação/Sedes

“O direito à cidade é mostrar que a capital é um bem comum, então todos precisam ter acesso aos recursos urbanos. Não restringimos a temática do meio ambiente apenas à natureza. A proposta foi incluir todo o ambiente que eles vivem: o bairro, a casa, a escola, o Centro de Convivência. Além de falar sobre o aniversário de Brasília e trazer isso para a realidade deles, que são meninos e meninas que moram na periferia e vivem em outro contexto”, explica a chefe do Cecon Gama Sul, Flávia Mendes.

“Pensamos em atividades lúdicas que promovam um olhar mais crítico sobre o território, a responsabilidade social e afetiva com esse espaço. Daí a ideia de fazer um debate sobre o descarte correto do lixo e a importância da reciclagem”, reforça. “Na próxima semana, teremos uma atividade para que a criança aponte os problemas da área onde mora. Se tem buraco, se falta estrutura, e pense em como melhorar isso.”

Rafaela Fernandes participou da oficina de reciclagem

Quem participou da oficina de reciclagem e gostou do resultado foi Rafaela Fernandes, de 12 anos. “Eu fiz um sapinho com rolo de papel higiênico. Achei interessante, nunca tinha pensado em fazer isso. A professora deu várias opções, muita gente preferiu fazer um binóculo ou uma cobra”, conta.

“O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) tem esse olhar amplo para integração do indivíduo à comunidade onde ele está inserido. As atividades desenvolvidas nas unidades trazem reflexões sobre a possibilidade do exercício de escolha e modificação dos espaços de vivência e convivência. O objetivo é estimular esse sentimento de pertencimento como forma de prevenir situações de risco social”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha

Cecon Gama Sul

Gerenciado pela Sedes, o Cecon Gama Sul atende hoje cerca de 100 pessoas de famílias em situação de vulnerabilidade social, com grupos de crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, adolescentes entre 15 e 18 anos e idosos com mais de 60 anos

Segundo o diretor de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedes, Clayton Andreoni Batista, independentemente da unidade e da faixa etária atendida, o processo de planejamento das iniciativas ocorre da mesma forma: a equipe avalia o território e as situações de vulnerabilidade social vivenciadas pelos usuários daquela localidade para aquelas faixas etárias atendidas.

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“Com base nessa avaliação, são definidos os objetivos a serem alcançados, o número de encontros, as temáticas a serem desenvolvidas e as estratégias, que podem ser diversas. Pode ser um filme, um bate-papo, um passeio, um esporte, uma atividade manual. Mas são todas atividades conectadas para alcançar determinados objetivos dentro da política de assistência social e proporcionar o desenvolvimento de potencialidades, habilidades e afirmação de direitos dos indivíduos atendidos”, finaliza o gestor.

*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF