10/06/2022 às 15:55

A africanidade de Josafá Neves em exposição no Museu Vivo

A mostra, que conta com fomento do FAC, entra em cartaz neste sábado (11) e integra a programação que celebra os 32 anos do equipamento cultural

Por Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger

A riqueza estética das religiões de matriz africana ganha destaque na exposição Orixás – Geometria, Símbolos, Cores, do artista plástico Josafá Neves, que chega ao Museu Vivo da Memória Candanga neste sábado (11). A mostra, que conta com fomento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), é parte da programação que celebra os 32 anos do equipamento cultural, gerenciado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

Nascido no Gama, o artista Josafá Neves participou de exposições individuais e coletivas em várias partes do Brasil e no exterior, em países como Cuba, Venezuela, França e Estados Unidos | Foto: Divulgação/Secec

“Uma produção artística que propõe diálogo com a memória, a identidade e a cultura afro-brasileira. A exposição é uma oferenda de composição, cores e movimento aos orixás, às forças da natureza e à comunidade”, define Josafá Neves.

Para o artista, é uma honra que a exposição, depois de rodar por outros espaços culturais do país, seja reaberta agora no Museu Vivo da Memória Candanga, localizado no Núcleo Bandeirante, região onde ele estabeleceu seu ateliê há mais de 20 anos, produzindo obras muitas vezes inspiradas pelo ambiente cultural que o cerca.

[Olho texto=”“A mostra também é uma oportunidade de homenagear a população local, que em boa parte se caracteriza por pessoas de ancestralidade africana e indígena”” assinatura=”Josafá Neves, artista plástico” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“A mostra também é uma oportunidade de homenagear a população local, que em boa parte se caracteriza por pessoas de ancestralidade africana e indígena”, destaca.

Josafá Neves nasceu no Gama e começou a desenhar aos 5 anos de idade, nas calçadas e ruas da vizinhança. Depois, mudou-se para Goiânia (GO), e foi ali que passou a se dedicar integralmente às artes plásticas, tendo como característica marcante em sua obra as pinceladas negras de traços distintos, que expressam seus sentimentos e ancestralidade. Reconhecido internacionalmente, ele participou de exposições individuais e coletivas em várias partes do país, assim como em Cuba, Venezuela, França e Estados Unidos.

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No evento de abertura da exposição, das 15h às 17h do sábado, o artista plástico fará, ao lado do curador da mostra, Marcus Lontra, fará uma visita guiada com o público presente. O trabalho também conta com a participação da escritora Cristiane Sobral, relacionando as peças com poemas que fazem referência às divindades da umbanda e do candomblé.

O projeto vai ainda oferecer oficina de montagem de um painel afro-indígena para os alunos da rede pública, sobretudo das regiões do Núcleo Bandeirante e Candangolândia. A oficina será realizada pela arte-educadora Tainã Cristina, que trabalha, tanto em sua pesquisa quanto em sua prática artística, as estéticas das artes de tradição africanas e ameríndias. A ideia é que o painel produzido pelos alunos seja doado ao Museu Vivo da Memória Candanga ou a uma instituição indicada pelo espaço.

Museu Vivo da Memória Candanga

32 anos do Museu Vivo

O Museu Vivo da Memória Candanga foi inaugurado em 1990, nas casas que correspondiam ao primeiro hospital do Distrito Federal, o Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira. Atualmente, elas formam o mais fiel conjunto de arquitetura de madeira do período da construção da capital e abrigam um espaço cultural destinado ao resgate e valorização da cultura local e das tradições dos candangos.

[Olho texto=”Para marcar o aniversário do museu, além da abertura da exposição Orixás, ao longo deste sábado, a partir das 9h, será realizada uma diversa programação, com Festival Candanguice, Encontro de Motorhomes, Piquenique Literário, Feira de Artesanato, desfile do projeto Valfenda e visitas guiadas” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Não poderíamos deixar passar em branco os 32 anos deste espaço, que é tão importante para o registro, a preservação e a difusão das histórias e da cultura candanga. O Museu Vivo cumpre seu papel social, propondo e realizando ações que contribuem para a sociedade, se consolidando como um espaço de transformação social e desenvolvimento educacional e cultural da sociedade”, celebra Eliane Rodrigues, gerente do equipamento.

Para marcar o aniversário do museu, além da abertura da exposição Orixás, ao longo deste sábado, a partir das 9h, será realizada uma diversa programação, com Festival Candanguice, Encontro de Motorhomes, Piquenique Literário, Feira de Artesanato, desfile do projeto Valfenda e visitas guiadas pelo acervo permanente do equipamento, entre outros. Confira mais informações em @museuvivodamemoriacandanga.

Arte: Divulgação/Secec

Serviço

Exposição Orixás – Geometria, Símbolos, Cores, do artista plástico Josafá Neves
Local: Museu Vivo da Memória Candanga
Abertura: sábado (11), 15h
Em cartaz até 13 de agosto
9h às 17h, de segunda a sábado

*Com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF