04/10/2022 às 17:22

Geriatra alerta para população sobre como evitar a doença de Alzheimer

Em 2047, 21% da população mundial será composta por idosos. Em 2018, esse percentual já era de 13%

Por Catarina Lima, da Agência Brasília | Edição: Saulo Moreno

[Olho texto=”“Em 2047, 21% da população mundial, o equivalente a 2 bilhões dos habitantes do mundo, será de idosos. Em 2018, 13% da população do mundo tinha 60 anos ou mais, número que representa 1 bilhão de pessoas”” assinatura=”Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia” esquerda_direita_centro=”direita”]

Brasília, 20 de setembro de 2022 – Em 21 de setembro, é celebrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer e, aqui no Brasil, a data também marca o Dia Nacional de Conscientização da Doença de Alzheimer. No Distrito Federal, embora não haja um levantamento de quantas pessoas enfrentam este e outros tipos de demência, profissionais da saúde, de diversas áreas, tratam doentes em busca de retardar o avanço da enfermidade, apoiar familiares e conscientizar pessoas quanto à importância de hábitos como a prática de exercícios físicos e alimentação saudável para evitar o desenvolvimento da doença.

Equipes da Secretaria de Saúde desenvolvem atividades variadas com o objetivo de retardar o avanço do Alzheimer nos pacientes que buscam tratamento nas unidades da pasta | Fotos: Hudson Azevedo / Secretaria de Saúde do DF

Arte: Secretaria de Saúde do DF

Geriatra da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES), Larissa de Freitas disse que a tendência mundial é o rápido envelhecimento da população. “Em 2047, 21% da população mundial, o equivalente a 2 bilhões dos habitantes do mundo, será de idosos. Em 2018, 13% da população do mundo tinha 60 anos ou mais, número que representa 1 bilhão de pessoas”, avalia a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. No DF, em 2020, 14% dos moradores da cidade, equivalente a 346 mil pessoas, eram idosos, variando de acordo com a região administrativa.

O Distrito Federal, assim como acontece em todas as partes do mundo, se prepara para enfrentar o avanço dessas doenças degenerativas. De acordo com Larissa de Freitas, existem dez ambulatórios de geriatria em toda a cidade, destinados a atender as sete regiões de saúde. Em cada uma delas, há pelo menos um geriatra.

Familiares de pacientes em tratamento nas unidades da Secretaria de Saúde participam de curso de capacitação que ajuda a cuidar dos doentes

Taguatinga, que faz parte da Região Sudeste de Saúde, possui a mais completa equipe de atendimento de Alzheimer, na Policlínica da cidade. O grupo, chefiado pelo fisioterapeuta Hudson Azevedo, é composto por três geriatras, dois terapeutas ocupacionais, um fonoaudiólogo, uma psicóloga, um fisioterapeuta, uma assistente social e três enfermeiras. De acordo com Larissa, o objetivo é aumentar o atendimento aos doentes de Alzheimer do DF.

A geriatra Larissa de Freitas e o fisioterapeuta Hudson reúnem familiares de pacientes em cursos de dança que contribuem para a qualidade de vida dos idosos

“As pessoas diagnosticadas chegam aqui por meio da regulação. Cada geriatra recebe dois novos pacientes por plantão e estes fazem quatro retornos”, explicou Hudson.

Mas a equipe vai além das consultas ambulatoriais. São oferecidos cursos de capacitação para que familiares possam cuidar dos pacientes e grupos de dança, cuja adesão acontece por demanda espontânea. As aulas de dança acontecem todas as segundas-feiras, às 9h e às 16h. De acordo com Hudson, a turma da manhã tem dez alunos e, a da tarde, 12. “A dança faz com que os pacientes melhorem a marcha, o humor e a memória”, destacou o responsável pela equipe.

Mas Hudson faz uma observação aos idosos do DF: “É preciso sair do imobilismo, se alimentar melhor”, conclui.