04/10/2022 às 13:24

Pesquisa mapeia quase nove mil agentes da economia criativa no DF

Com apoio da Secretaria de Turismo e de outros órgãos do governo, resultado parcial do estudo mostra que 28,8% dos agentes trabalham com espetáculos e 11,5%, no audiovisual

Por Adriana Izel, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes

Brasília, 16 de agosto de 2022 – O setor de economia criativa do Distrito Federal está sendo mapeado por um grupo de pesquisa do mestrado Profissional Inovação em Comunicação e Economia Criativa da Universidade Católica de Brasília (UCB). O estudo tem o apoio da Secretaria de Turismo (Setur), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), da Câmara Legislativa e da Fecomércio.

[Olho texto=”“É fundamental conseguirmos fazer esse mapeamento e ter uma ideia precisa de quais são os agentes criativos, quais são as competências e onde eles estão. Precisamos identificar para ver as necessidades de capacitação e ideias de potencialidade”” assinatura=”Alexandre Kieling, coordenador da pesquisa Panorama da Economia Criativa do DF” esquerda_direita_centro=”direita”]

A primeira fase do estudo intitulado Panorama da Economia Criativa do Distrito Federal foi divulgada durante o Brasília Design Fórum em agosto – que integra a programação da BXB Brasília Design Week, evento promovido com financiamento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) – e revelou a presença de quase nove mil agentes criativos no DF atuando majoritariamente no Plano Piloto, mas com presença marcante também em Ceilândia, Taguatinga, Gama, Águas Claras e Guará.

Dos 8.905 agentes mapeados na pesquisa, 2.565 trabalham com espetáculos e representam 28,8% dos agentes. A segunda área com mais representantes é o audiovisual, com 11,5%, totalizando 1.028. As ocupações transversais ocupam a terceira posição, 10,7%. A pesquisa também apontou a presença de agentes ligados a criação performática, fotografia, patrimônio cultural e natural, design, livros e editorial, criação visual e plástica e indústria fonográfica.

A primeira fase da pesquisa consiste na revisão bibliográfica sobre o tema e no estabelecimento do número dos atores criativos da capital federal a partir de dados do Ministério do Trabalho cruzados com informações da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF, da Secretaria de Turismo e do Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF).

Arte: Divulgação/Universidade Católica de Brasília

“É fundamental conseguirmos fazer esse mapeamento e ter uma ideia precisa de quais são os agentes criativos, quais são as competências e onde eles estão. Precisamos identificar para ver as necessidades de capacitação e ideias de potencialidade”, comenta o coordenador da pesquisa Panorama da Economia Criativa do DF, Alexandre Kieling.

“Queremos oferecer indicadores que são fundamentais para o próprio governo fazer suas escolhas e tomadas de decisão. É um conjunto de informações que vão permitir que se tenha essa grande pujança da economia criativa do DF”, complementa.

Apoio governamental

A Secretaria de Turismo é a pasta que encabeça o projeto, mas há também participação das secretarias de Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico e Desenvolvimento Urbano e Habitação.

“No DF, impulsionar o setor criativo tem se tornado uma das prioridades do governo e isso inclui também a Secretaria de Turismo, que não tem medido esforços para promover e fomentar diferentes segmentos culturais, como designers, artesãos, publicitários, artistas e empresários”, afirma o secretário de Turismo, William Almeida. “Pesquisas como esta agregam, ainda mais, todo o trabalho, fortalecendo com dados atuais, reais sobre o atual panorama”, acrescenta.