04/10/2022 às 16:40, atualizado em 09/10/2022 às 14:44

Unidade móvel veterinária já fez mais de 600 consultas no Riacho Fundo

Projeto do Hvep está desde junho na cidade e oferece cuidados clínicos e ambulatoriais aos pets; diariamente, são distribuídas dez senhas

Por Catarina Loiola, da Agência Brasília | Edição: Claudio Fernandes

Brasília, 9 de setembro de 2022 – A unidade móvel do Hospital Veterinário Público (Hvep) já realizou mais de 600 consultas no Parque Ecológico Riacho Fundo, onde está estacionada desde junho. Cães e gatos têm acesso a atendimento clínico e ambulatorial, com coletas para exames de sangue (hemograma e bioquímicos) e aplicação de curativos simples e medicações.

Estacionada no Parque Ecológico Riacho Fundo, a unidade móvel oferece atendimento clínico e ambulatorial para os pets | Fotos: Joel Rodrigues / Agência Brasília

Diariamente, são distribuídas dez senhas, a partir das 8h. “São atendimentos de baixa complexidade. Não temos clínica cirúrgica, emergência nem internação. Então, se o paciente estiver estável, faz o atendimento conosco. Se tiver uma piora ou já chegar aqui em um estado mais crítico, encaminhamos ao hospital”, explica a médica veterinária Rafaella Caroline de Paula.

A médica veterinária Rafaella Caroline explica que os atendimentos no local são de baixa complexidade: “Se tiver uma piora ou já chegar aqui em um estado mais crítico, encaminhamos ao hospital”

O serviço permanecerá na cidade até a escolha do próximo destino, que deve ser na região norte do Distrito Federal. “Estamos em busca de um novo local que ofereça a estrutura mínima necessária para a instalação da unidade”, explica o secretário-executivo do Brasília Ambiental, Thúlio Moraes. O órgão é responsável pela administração do Hvep.

Esta é a segunda edição do projeto. A primeira esteve no Parque Ecológico Três Meninas, em Samambaia, onde foram realizadas 660 consultas e mais de 2.600 atendimentos, como exames de sangue, exames bioquímicos e curativos, entre outros.

O secretário-executivo do Brasília Ambiental, Thúlio Moraes, afirma que a iniciativa faz parte de uma estratégia de descentralização do serviço veterinário, com possibilidade de construção de um novo hospital

De acordo com o secretário-executivo, a iniciativa faz parte de uma estratégia de descentralização do serviço veterinário. “Buscamos atender o maior número de cidades, justamente para coletar as demandas e principais patologias, para que possamos pensar numa futura ampliação do Hvep com a construção de uma segunda unidade”, alega.

Amor e cuidado

A estudante do programa QualificaDF Roberta Kelly Pereira, 36 anos, soube da chegada da unidade móvel do Hvep ao Riacho Fundo pela televisão e logo espalhou a boa notícia. “Avisei pros meus amigos e já combinei de virmos juntos”, revela. A brasiliense é tutora do cachorrinho Thor, de 1 ano, que estava com sinais de gastrite. “Tudo o que ele comia vomitava. Aí a médica passou um medicamento e melhorou bastante”, conta.

Roberta Kelly Pereira (E), 36 anos, levou o cachorrinho Thor para um consulta: “Tudo o que ele comia vomitava. Aí a médica passou um medicamento e melhorou bastante”

Um dos amigos de Roberta é o assistente de operações bancárias Natanael Silva, 37 anos, tutor da cadela Neguinha. A pet tem 10 anos e estava com queda de pelo. Preocupado, ele foi atrás de uma solução para o problema de saúde, mas acabou descobrindo outro.

“Todo dia ela amanhecia sem pelo em um local diferente, tipo uns buracos. Cheguei a suspeitar de sarna. Na consulta, passaram um remédio e o pelo voltou a crescer bem rápido. Só que a médica viu que ela tem vários nódulos no peito”, revela ele, morador do Recanto das Emas.

Natanael Silva, 37 anos, descobriu que a cadela Neguinha tinha nódulos no peito após levá-la à unidade móvel: “A parte boa disso tudo é que ela está sendo cuidada”

Os nódulos serão retirados em duas cirurgias no Hospital Veterinário de Taguatinga. “A parte boa disso tudo é que ela está sendo cuidada e que não gastei horrores, porque assistência veterinária de qualidade, que nem a daqui, costuma ser muito cara”, afirma Natanael.

Arleila Santana, 45, confirmou a necessidade de cirurgia da cadela Lilica: “Para mim, (a unidade móvel) continuaria para sempre aqui no Riacho Fundo”

O mesmo problema de saúde acomete a cachorrinha Lilica, de 12 anos. A tutora dela é a servidora pública Arleila Santana, 45, que foi ao atendimento móvel após sentir pequenos caroços na região mamária da pet. O problema foi confirmado em consulta na unidade móvel e a cadela terá que passar por cirurgia para a remoção.

“O atendimento foi excelente. Os profissionais são qualificados e cuidam de verdade dos bichinhos e de nós, tutores. Para mim, continuaria para sempre aqui no Riacho Fundo porque, além da Lilica, tenho mais três cachorros. Vou trazer todos”, completa Arleila.

Unidade móvel veterinária já fez mais de 600 consultas no Riacho Fundo