31/10/2022 às 15:16

Estudantes e professores da rede pública movimentaram a 5ª Bienal do Livro

Realizado no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, o evento contou com 100 expositores e a exibição de 400 mil títulos

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

A 5ª edição da Bienal Internacional do Livro de Brasília (Bilb) termina nesta segunda-feira (31) e foi marcada pela visita de estudantes e professores da rede pública de ensino do Distrito Federal ao evento. Na feira, realizada no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, os gestores das unidades escolares do DF puderam adquirir obras por meio de um cartão de compra destinado à aquisição de obras literárias para o acervo das bibliotecas escolares.

A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, visitou estandes na Bienal e lembrou da importância do evento para a rede pública: “A Bienal do Livro possibilita aos estudantes da nossa rede escolherem o livro que querem ler, em cada etapa de ensino” | Fotos: Álvaro Henrique/Ascom SEEDF

Durante visita ao evento, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, lembrou da importância da Bienal para a rede pública. “É um evento de extrema importância onde podemos proporcionar e implementar a leitura e literatura no dia a dia de nossos alunos. A Bienal do Livro possibilita aos estudantes da nossa rede escolherem o livro que querem ler, em cada etapa de ensino”, destaca.

[Olho texto=”“Meus alunos gostam de ler e este é um hábito que nós temos que desenvolver nas crianças, principalmente nesse período após a pandemia, pois os alunos ficaram imersos no mundo virtual e muito tempo expostos às telas”” assinatura=”Cristiane Calçado, pedagoga” esquerda_direita_centro=”direita”]

A pedagoga Cristiane Calçado esteve na maior feira de literatura do Centro-Oeste e aproveitou para comprar livros para o acervo bibliográfico da Escola Classe 12 do Gama. Ela explicou como os títulos foram selecionados. “Escolhemos livros com enfoque nas temáticas sociais que são trabalhadas durante o ano letivo, como violência, educação financeira, cultura de paz, a valorização da vida, consciência negra, cultura indígena e inclusão de alunos com transtornos”, esclarece.

A docente trabalha com alunos com transtorno do espectro autista (TEA) e falou sobre como os livros têm ajudado as crianças no processo de aprendizagem após o período pandêmico. “Meus alunos gostam de ler e este é um hábito que nós temos que desenvolver nas crianças, principalmente nesse período após a pandemia, pois os alunos ficaram imersos no mundo virtual e muito tempo expostos às telas”, destaca Cristiane.

A professora Cristiane Calçado esteve na maior feira de literatura do Centro-Oeste e aproveitou para comprar livros para o acervo bibliográfico da Escola Classe 12 do Gama

Ainda de acordo com a professora, os estudantes que estão na fase de alfabetização precisam de leitura para estimular algumas das habilidades pedagógicas. “Na primeira infância, por exemplo, com a leitura, o vocabulário da criança é ampliado com palavras novas que, às vezes, no núcleo familiar não são utilizadas”.

Aos 13 anos, Vinícius da Silva Ferreira, estudante do Centro de Ensino Fundamental 20 de Ceilândia, visitou o evento, que só reforçou a paixão pela leitura. “Alguns livros ensinam lições que a gente leva para o resto da vida, como o livro do Frankenstein. Nele, o Frankenstein queria um amor, mas as pessoas o julgavam pela aparência. No entanto, ele não era bonito por fora, mas sim por dentro, tinha um coração bom e muito a oferecer”, ressalta o estudante.

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Sobre a Bienal

A 5ª edição da Bienal do Livro contou com 100 expositores e a exibição de 400 mil títulos. No evento, os visitantes puderam participar de palestras, debates, masterclass, lançamento de livros e noite de autógrafos com a presença dos maiores autores internacionais, nacionais e locais.

A Bilb foi realizada em uma área de 5 mil metros quadrados no Pavilhão do Parque da Cidade e representantes de livrarias, distribuidoras e editoras de todo o país estão entre os expositores. Nesta edição, o evento homenageia a escritora brasileira Miriam Alves, assistente social com quatro décadas de literatura, e a mexicana Laura Esquivel, roteirista e escritora do Como água para chocolate, livro que já foi traduzido em 35 línguas e adaptado ao cinema.

*Com informações da Secretaria de Educação