14/11/2022 às 18:31, atualizado em 14/11/2022 às 19:45

DF participa de Encontro de Governadores pelo Clima na COP27

Representado pelo secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho, o GDF reafirma compromisso com adaptação e mitigação às mudanças climáticas na Conferência das Nações Unidas

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

Em missão na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP27), no Egito, o secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Sarney Filho, integrou nesta segunda-feira (14) o Encontro de Governadores pelo Clima, uma iniciativa de 25 estados brasileiros que lançou o Consórcio Brasil Verde para a comunidade internacional, no espaço Brazil Climate Action Hub.

[Olho texto=”“Brasília tem cumprido a sua missão. Fizemos o inventário de emissão de gases de efeito estufa e estamos implementando projetos-pilotos de energia renovável, como a construção de uma usina de energia solar fotovoltaica que atenderá prédios públicos em parques, escolas e um hospital veterinário”” assinatura=”Sarney Filho, secretário do Meio Ambiente ” esquerda_direita_centro=”direita”]

O Brasil Verde tem o propósito de intensificar a busca de fontes de financiamento subnacional para ações de adaptação e mitigação das mudanças climáticas. O lançamento do Consórcio na COP27 foi também um momento para receber demandas da sociedade civil presente no evento.

“Brasília tem cumprido a sua missão. Fizemos o inventário de emissão de gases de efeito estufa e estamos implementando projetos-pilotos de energia renovável, como a construção de uma usina de energia solar fotovoltaica que atenderá prédios públicos em parques, escolas e um hospital veterinário”, disse Sarney Filho.

Segundo ele, com a sinergia entre os governos estaduais e municipais com o governo federal, será possível avançar ainda mais na agenda, referindo-se às ações implementadas pela Sema-DF com o apoio do Projeto CITinova de Cidades Sustentáveis, uma parceria entre a Secretaria, o Ministério de Ciência e Tecnologia, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

Sarney Filho destacou que, com sinergia entre os governos estaduais e municipais com o governo federal, será possível avançar ainda mais na agenda climática | Foto: Ascom/SemaDF

Organizado pelo Centro Brasil Clima (CBC), em parceria com o Instituto Clima e Sociedade, o evento teve abertura do diretor do centro, Guilherme Sirkis, e do consultor sênior em Advocacy da organização, Fábio Feldmann.

Participaram o governador do Espírito Santo e presidente da Coalizão Governadores pelo Clima, Renato Casagrande, e os governadores dos estados do Pará, Helder Barbalho; Acre, Gladson Cameli; Amapá, Valdez Goes; Mato Grosso, Mauro Mendes; e Rondônia, Marcos Rocha. E ainda as ex-ministras do Meio Ambiente Izabella Teixeira e Marina Silva.

A Coalizão dos Governadores pelo Clima foi institucionalizada em 2020, com o objetivo de reforçar o compromisso dos estados em relação à implementação do Acordo de Paris, que estabeleceu a meta dos 196 países signatários em deter o aumento do aquecimento global em 1,5 grau em relação aos níveis pré-industriais.

[Relacionadas esquerda_direita_centro=”esquerda”]

COP27

A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas segue até o dia 18 de novembro com o objetivo de reforçar o compromisso dos países participantes com ações de enfrentamento aos efeitos nocivos da ação humana sobre o meio ambiente.

Com o lema Together for Implementation (Juntos pela Implementação), esta edição da COP traz o foco no conceito de perdas e danos, uma compensação financeira que está sendo discutida no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, para que os países mais vulneráveis tenham chance de se recuperar de enchentes, secas extremas e demais eventos climáticos.

Também está no centro dos desafios desta COP a regulamentação do mercado de carbono, um mecanismo financeiro que os países ricos terão para compensar as emissões de gases de efeito estufa por meio do financiamento de iniciativas de conservação ambiental nos países em desenvolvimento.

As negociações seguem até o fim da semana, quando deve ser pactuado o documento final da COP do Egito a partir do consenso possível entre os blocos dos países ricos e o dos países em desenvolvimento.

*Com informações da Secretaria do Meio Ambiente