30/01/2023 às 19:38, atualizado em 30/01/2023 às 21:06

Hanseníase é tema de capacitação para servidores da atenção primária

Iniciativa da Região Central de Saúde tem o objetivo de promover o diagnóstico precoce

Por Agência Brasília* | Edição: Claudio Fernandes

Doença silenciosa, que pode ficar encubada por até 20 anos e causar sérias lesões, a hanseníase é foco de encontros de capacitação para profissionais que atuam em unidades básicas de saúde (UBSs). O foco dos eventos, realizados ao longo do mês de janeiro, é atualizar os conhecimentos dos servidores, ajudar no diagnóstico precoce e facilitar o tratamento de pacientes, além de enfrentar o preconceito sobre a hanseníase.

Servidores das oito UBSs da Região Central de Saúde vão passar pela capacitação sobre a hanseníase até sexta-feira (3) | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde DF

“Como não é uma doença que está no nosso dia a dia, como diabetes ou pressão alta, é importante essa capacitação”, afirma a enfermeira Amanda Gomes, da Unidade Básica de Saúde 2 do Cruzeiro. O gerente da unidade, Iratan Crisóstomo, também ressalta a importância do diálogo com os pacientes. “Um desafio é que o tratamento é longo, de seis meses a até mais de um ano”, acrescenta.

Até sexta-feira (3), terão passado pela capacitação servidores das oito UBSs da Região Central de Saúde, que abrange Varjão, Lago Norte, Lago Sul, Asa Norte, Asa Sul, Vila Planalto e Cruzeiro.

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O instrutor é o médico dermatologista Pedro Zancanaro. Ele destaca a importância da identificação rápida da doença, que é contagiosa e muitas vezes confundida com problemas de pele. “Precisamos que a atenção primária à saúde faça logo o diagnóstico”, afirma. Em todo o Distrito Federal, as unidades básicas de saúde oferecem acolhimento aos pacientes com suspeitas de hanseníase.

A capacitação dos servidores das UBSs da região central faz parte da programação da campanha Janeiro Roxo, voltada para a conscientização sobre a hanseníase. “Todos os meses, há uma cor e faremos esses encontros. Em fevereiro, a programação será sobre a fibromialgia”, afirma a gerente de Áreas Programáticas da Superintendência da Região Central de Saúde, Daniele Hossaka.

*Com informações da Secretaria de Saúde