Cena Contemporânea recebeu 51 mil espectadores

O Cena Contemporânea – Festival Internacional de Teatro de Brasília – encerrou sua 13ª edição com saldo positivo. Cerca de 51 mil pessoas prestigiaram espetáculos de teatro, dança e música de artistas locais, nacionais e internacionais durante os 12 dias de festa. Realizado entre os dias 17 e 29 de julho, o evento deu destaque ao continente africano e à América Latina.

Dos 13,4 mil ingressos disponibilizados ao público, 13 mil foram vendidos, de acordo com a assessoria do festival. As apresentações ocorreram em alguns dos principais espaços culturais de Brasília, como a Sala Martins Penna, do Teatro Nacional, e o Teatro Plínio Marcos, do Complexo Cultural da Funarte. Já as festas e os shows musicais tomaram a Praça do Museu Nacional da República.

Na primeira semana do festival, pelo menos 8 mil pessoas compareceram aos quatro dias da Cena Criolina, festas temáticas que animaram a Praça do Museu. O público dos shows foi estimado em 3 mil pessoas por apresentação. O destaque ficou por conta da cantora paraense Gaby Amarantos, que atraiu 10 mil pessoas.

Outra atração de sucesso foram as 13 oficinas artísticas, que contaram com 300 participantes. Em um espaço para debates, encontros internacionais sobre cultura de rede e cooperação cultural e artística promoveram trocas de experiências entre 150 pessoas de 20 países diferentes.

Referência internacional – Realizado pela primeira vez em 1995, o Cena Contemporânea surgiu com a proposta de disseminar a arte e despertar críticas e reflexões. De acordo com o idealizador do festival, Guilherme Reis, a repercussão positiva desta 13ª edição ficou expressa pela participação do público e a satisfação dos artistas.

“A maturidade, a capacidade técnica e a competência que envolveram a produção do Cena permitiram que os artistas saíssem daqui com a sensação de que passaram por um dos maiores festivais do mundo”, ressalta Guilherme, coordenador geral e curador do evento. Apesar da tradição cultural do teatro e da dança na África e na América Latina, um dos objetivos do festival foi dar visibilidade a jovens talentos, que surpreenderam o público.

Questões do mundo contemporâneo, direitos humanos e histórias reais foram algumas das principais marcas do festival em 2012. Para o coordenador, o caráter autobiográfico de alguns espetáculos foi um dos pontos que mais chamou atenção. “Fiquei impressionado com a coragem dos autores, atores e diretores em abrir sua própria vida em forma de obra de arte”, revela.

A diversidade de público também se destacou, segundo a assessora do festival, Carmem Moretzsohn, que ficou encantada com tudo o que viu. “Tive a oportunidade de ver alguns dos melhores espetáculos da minha vida, dos quais jamais esquecerei”, afirma.

Cena 2013 – Aos brasilienses que já estão na expectativa para o próximo Cena Contemporânea, Guilherme Reis adianta que a edição de 2013 do festival, já em fase de produção, será realizado de 20 de agosto a 2 de setembro do ano que vem. Além de espetáculos africanos e latinos, a organização prevê apresentações australianas e de países do centro e do leste europeu, como Tchecoslováquia e Turquia, sem deixar de lado os tradicionais shows mudicais.