Referência no tratamento com ervas medicinais

 O Centro de Referência em Práticas Integrativas em Saúde (Cerpis), localizado em Planaltina, realizou até julho deste ano 22.625 atendimentos. Pioneiro no Centro-Oeste e único na região especializado no tratamento com ervas medicinais, a unidade já atendeu pessoas de todo o Distrito Federal e Entorno, nas áreas de homeopatia, acupuntura, terapias comunitárias, automassagem, oficinas integrativas e na distribuição e manipulação de produtos fitoterápicos.

O centro integra a política de Atenção Primária em Saúde do Governo do Distrito Federal. Dentro do Cerpis, em uma área de 20 mil m², são cultivados mais de 30 tipos de ervas medicinais, manipuladas pelo laboratório do centro e distribuídas gratuitamente à população. Além disso, também são produzidas pomadas, tinturas e xaropes para os moradores de Planaltina.

Segundo o gerente da Cerpis, doutor Marcos Freire, a intenção é promover cada vez mais o uso de medicamentos naturais e incentivar atividades físicas dos pacientes, como ioga e tai chi chuan. “Estamos inseridos no SUS (Sistema Único de Saúde) e focamos na promoção de saúde e atendimentos para melhor acolher as pessoas. O objetivo é nos tornarmos referência para todo o país, e que as pessoas nos procurem para adquirir saúde, e não apenas quando estiverem doentes”, afirmou Freire.

O centro possui um jardim, onde são plantadas e colhidas as ervas medicinais; a estufa para cultivar as mudas, que serve também como campo de pesquisa para alunos do Instituto Federal de Brasília (IFB) e estudantes do Campus avançado da Universidade de Brasília (UnB) de Planaltina; o prédio para a manipulação de produtos fitoterápicos; e o edifício onde é realizado a consulta ambulatorial.

Histórico – O cultivo das ervas medicinais pelo Cerpis começou em Planaltina em 1983, quando foi observada entre os habitantes a cultura popular dos “chazinhos”. Mães que procuravam as unidades hospitalares para consultar os filhos falavam dos chás feitos em casa para tratar determinados problemas de saúde. Teve início então o plantio de um pequeno canteiro próximo ao Hospital de Planaltina, com mudas doadas pelo professor Jean Kleber, da Universidade de Brasília (UnB), e que possuía algumas plantas medicinais.

A iniciativa foi o começo das experiências com fitoterápicos pela Central de Medicamentos e o Ministério da Previdência Social. Somente em 15 de junho de 1999, a Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou a lei nº 2.400, que criou o Centro de Medicina Alternativa de Planaltina (CeMA), atual Cerpis, mas as atividades já eram habituais em Planaltina há 15 anos. “Nós já usávamos algumas políticas nacionais antes mesmo de serem pedidas. Nesse sentido, fomos pioneiros”, comentou o gerente Marcos Freire.

Atendimentos – No Centro Fitoterápico, cerca de 30 profissionais atendem a comunidade nas especialidades de homeopatia, adulto e criança; psicologia, individual e grupo; terapias comunitárias; automassagem; tai chi chuan; produção de fitoterápicos; e nas oficinas Integrativas.

Balanço (de janeiro a julho de 2012)

Acolhimento/educação em saúde = 22.625

Consultas marcadas e realizadas = 3.187

Abertura de prontuários = 303

Aferição de pressão e peso = 1.716

Antropometria = 353

Fitoterapia (de janeiro a julho de 2012)

Produção e distribuição de mudas = 696

Manipulação e distribuição de fitoterápicos = 4.517