01/02/2013 às 19:48

Saúde lança campanha para este carnaval

Secretaria aumenta para 1,8 milhão o número de preservativos que serão distribuídos e alerta para o perigo das doenças sexualmente transmissíveis

Por Lúria Rezende, da Agência Brasília


. Foto: Mary Leal

Para estimular a prevenção e o uso do preservativo, a Secretaria de Saúde lançou, na tarde desta sexta-feira (1º), a campanha Ressaca tem cura, Aids não – Sexo só com camisinha, para o carnaval 2013. O objetivo é orientar a população sobre os riscos de contrair doenças sexualmente transmissíveis durante a folia. Para isso, a pasta distribuirá 1,8 milhão de camisinhas, 600 mil a mais que a quantidade habitualmente ofertada durante essa festividade.
 

A campanha será veiculada em ônibus, rádios, TVs, bares, restaurantes e nas ruas. “Nosso público principal este ano é a população de 14 a 39 anos. Homens que fazem sexo com homens e os adolescentes, principalmente”, destaca a subsecretária de Vigilância à Saúde, Marília Cunha. As ações serão desenvolvidas em dois momentos distintos: durante o carnaval, quando o foco será a prevenção e o uso responsável do preservativo, e após as festas, com o incentivo à testagem para HIV, sífilis e hepatites virais (B e C).
 

Brasília apresenta coeficiente de incidência média de 18 infectados pelo vírus do HIV para cada 100 mil habitantes, o que a coloca em 25º lugar entre as capitais brasileiras mais afetadas pela enfermidade. “Sabemos que a Aids é uma doença que não tem cura. Então, independentemente do parceiro sexual, é preciso usar camisinha sempre”, complementa a subsecretária.
 

No DF – De acordo com boletim epidemiológico de Aids do Ministério da Saúde, divulgado em dezembro de 2012, no Distrito Federal os homens continuam sendo os mais afetados pela enfermidade. A cada 25 casos masculinos, são identificados 10 femininos.
 

O número de crianças que adquiriram o HIV por transmissão vertical (de mãe para filho) segue em queda no DF desde 1997, quando se iniciou a quimioprofilaxia – uso de substâncias químicas para prevenir ou atenuar doenças – contra a transmissão do HIV durante a gestação e parto. Foram registrados sete casos em 2003 e apenas 1 em 2012. Em relação à taxa de mortalidade, o boletim epidemiológico também sinaliza queda. No ano passado, 79 pessoas morreram em consequência da Aids, 38 a menos que em 2011, quando foram registrados 117 óbitos.
 

No Brasil – Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que cerca de 200 mil pessoas vivem sem saber que são portadoras do vírus. Outro dado importante é que a maior causa de mortalidade por Aids é o diagnóstico tardio, ou seja, as pessoas descobrem a infecção pelo HIV quando já estão doentes, o que dificulta o restabelecimento pleno das funções do organismo.