As cinco escolas que buscam lugar na elite do carnaval brasiliense levaram para a Passarela do Samba fantasias e carros alegóricos bastante criativos" />

As cinco escolas que buscam lugar na elite do carnaval brasiliense levaram para a Passarela do Samba fantasias e carros alegóricos bastante criativos">

12/02/2013 às 13:14

Riqueza de detalhes esquenta briga no grupo de Acesso

CARNAVAL 700 PX

As cinco escolas que buscam lugar na elite do carnaval brasiliense levaram para a Passarela do Samba fantasias e carros alegóricos bastante criativos

Por Lúria Rezende, da Agência Brasília


. Foto: Mary Leal

No segundo e último dia de desfile das candidatas ao título de campeã do grupo de Acesso, a riqueza de detalhes das fantasias e dos carros alegóricos foi um espetáculo à parte. Flores se abrindo, dragões soltando fumaça, plumas multicoloridas, tudo com material e acabamento de primeira. Além da beleza, o carnaval apresentado nesta segunda-feira pela Unidos da Vila Paranoá, Unidos da Vila Planalto e Lago Sul, Aruremas, Dragões de Samambaia e Unidos do Riacho Fundo I chamou a atenção pela segurança e desenvoltura das escolas.
 

Ao abrir os desfiles na Passarela do Samba, a Unidos da Vila Paranoá cantou a luta do trabalhador do campo para colher o pão de cada dia. A comissão de frente homenageou outros profissionais como professores, cozinheiros e militares. Um carro alegórico representando Morpheu, o Deus do Sono, e encerrou a apresentação da escola, que levou 600 componentes, 12 alas e três alegorias para a avenida. ”Ele representa o sonho utópico desse trabalhador camponês”, explicou o carnavalesco Luíz Carlos Lima. A agremiação entra na luta para subir ao grupo Especial com 12 alas e 600 componentes.
 

A Unidos da Vila Planalto e Lago Sul desfilou o enredo De Kubitscheck a Silva, os sabores da Vila Planalto na festa do seu decênio,  em exaltação à culinária que fez a fama da Vila. Personagens como Rosenthal, dono do primeiro restaurante de lá, que já serviu o então ex-presidente Juscelino Kubitschek, Tia Zélia, que já atendeu o ex-presidente Lula, foram reverenciados em duas das três alegorias da escola, que entrou com nove alas e 350 componentes.

 

Terceira escola a pisar na Passarela do Samba, a Aruremas detalhou o enredo Sou Recanto, sou feliz – A emoção que faz cantar as quatro estações em suas três alegorias, nove alas e 400 componentes. O segundo carro foi um dos que mais chamou a atenção na avenida. A alegoria representava a primavera e trazia uma flor gigante, que abria e fechava em harmonia com a estação das flores.

 

A Dragões de Samambaia investiu em cores e preciosismo nos detalhes para defender o enredo Chapéu: o que protege, enobrece e enfeita as civilizações, que resgata a história do acessório. O abre-alas da quarta escola a entrar na avenida levava, em grande estilo, o mascote da agremiação, com dragões soltando fumaça. Plumas, elmos, perucas e cartolas abriram caminho para o carro da Colombina e do Arlequim, o último dos três levados pela escola. Com 700 componentes e 10 alas, a Dragões foi a agremiação mais numerosa na avenida.

 

Chico Mendes, o guardião da floresta foi o enredo apresentado pela última escola a entrar na avenida. Em dois carros alegóricos, sete alas e 360 componentes, a Unidos do Riacho Fundo I homenageou o ativista ambiental Chico Mendes. Com duas alegorias, a escola exaltou o esplendor da natureza, a vida, o trabalho e a atuação como líder sindical do seringueiro e ativista ambiental do Acre.

 

Público – Na plateia, o empresário Beto Karangas, 46 anos, elogiou a estrutura e tinha expectativa de encontrar mais gente nas arquibancadas. ”É importante que o público compareça. Quem está em casa, está perdendo um grande show.”
 

O administrador de Brasília, Messias Souza, foi com a família à Passarela do Samba e ressaltou a importância da festa. ” Espero que o nosso seja a síntese das outras folias do país. Representantes de embaixadas estão observando os desfiles para difundir o carnaval em seus países.”


Segurança –
A Polícia Militar não registrou nenhuma ocorrência até o fechamento desta edição. ”O público da Passarela do Samba é bem familiar. Não tivemos ânimos exaltados, pouca incidência de consumo de álcool e nenhum problema”, relatou o comandante do policiamento do dia, major Carlos Antero.