24/02/2014 às 22:49, atualizado em 12/05/2016 às 18:15

GDF intensificará fiscalização das leis trabalhistas durante a Copa

Turismo sexual e trabalho infantil também serão combatidos com rigor

Por Ailane Silva, da Agência Brasília


. Foto: Mariana Raphael

BRASÍLIA (24/2/14) – As ações para evitar abusos contra trabalhadores em Brasília, durante a Copa do Mundo, serão reforçadas pelo GDF. O assunto foi discutido hoje, em reunião, no Palácio do Buriti, entre representantes do governo local e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).


“O GDF já estabeleceu que a Secretaria Extraordinária da Copa 2014 fará a interlocução diariamente, se necessário, para que todas as relações de trabalho ocorram dentro dos aspectos legais”, destacou o governador em exercício, Tadeu Filippelli.

 

Segundo o chefe da Seção de Inspeção do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho, do MTE, André Grandizoli, o GDF atuará como parceiro do governo federal para informar que empresas estarão envolvidas na realização do mundial de futebol.

 

“Com esse apoio, poderemos inspecionar se a legislação trabalhista está sendo cumprida. Todos os brasileiros defendem o trabalho decente”, reforçou Grandizoli. Segundo ele, o risco à segurança e à saúde, igualdade de trabalho para homens e mulheres e cumprimento da carga horária estão entre as principais normas que serão observadas.

 

“Não podemos permitir que uma pessoa trabalhe na montagem de um palco, que envolve estruturas altas e energia elétrica, sem proteção, pondo sua vida em risco”, explicou André Grandizoli.

 

Além desses aspectos, o secretário Extraordinário da Copa 2014, Cláudio Monteiro, destacou que o GDF ficará atento a casos de turismo sexual e trabalho infantil.

 

“Essa é uma política permanente do Estado, que será intensificada com campanhas de conscientização. Nós vamos deixar claro que, aqui, queremos o bom turista, que circula pela cidade e respeita seus cidadãos”, disse.

 

Quanto aos ambulantes, o secretário informou que circularão – dentro do raio de dois quilômetros do Estádio Nacional Mané Garrinha – apenas os cadastrados pela Agefis.

 

“Eles poderão atuar uniformizados e dentro de todas as regras exigidas. Aqueles que não estiverem cadastrados, não atuarão”, complementou Monteiro. No caso de descumprimento, eles poderão ser notificados e até ter as mercadorias apreendidas.

 

“Não podemos ter uma cidade que é um museu a céu aberto com obras de [Oscar] Niemeyer com esse tipo de ilegalidade”, completou Monteiro.

 

(A.S./I.M*.)