14/08/2015 às 13:56

Aterro Sanitário Oeste trará pouco impacto ao trânsito da DF-180

Novo modelo de gestão dos resíduos sólidos se somará a medidas adotadas para facilitar a circulação dos caminhões de lixo

Por Étore Medeiros, da Agência Brasília


. Foto: Tony Winston/Agência Brasília

A entrada em operação do Aterro Sanitário Oeste, entre Samambaia e Ceilândia, causará pouco impacto no trânsito da região oeste do Distrito Federal. Previsto para começar a funcionar em 2016, o aterro trará segurança ambiental ao armazenamento dos rejeitos (materiais não aproveitáveis) e possibilitará a desativação do Lixão do Jóquei.

Para atenuar o dano causado pelo tráfego de caminhões, o governo construirá uma rotatória na altura do km 51 da DF-180, com o objetivo de facilitar o fluxo de entrada e saída dos veículos pesados e reduzir o risco de acidentes.

O edital de licitação da obra, estimada em R$ 5.039.279,89, foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal em 6 de agosto. O valor contempla ainda investimentos na pavimentação asfáltica e na drenagem pluvial da rodovia distrital e na construção da via de acesso do aterro até a estrada. O complexo deve ficar pronto no ano que vem.

Outras alterações viárias não serão necessárias, segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), pois a movimentação de caminhões vai ser bem menor do que no Lixão do Jóquei, cuja desativação ocorrerá quando a nova estrutura entrar em funcionamento.

Lixo domiciliar
Alguns fatores ligados ao novo modelo de gestão dos resíduos sólidos, em desenvolvimento no DF, contribuem para a redução do fluxo de veículos, assim como medidas já adotadas. Empresas contratadas pelo SLU para a coleta não fazem o serviço nos horários de pico em regiões de comércio ou de grande fluxo de pedestres, por exemplo.

Além disso, somente o lixo domiciliar será encaminhado ao Aterro Sanitário Oeste, o que diminui o volume de rejeitos enviados ao local. Os caminhões que coletam restos de poda não poderão utilizar a nova estrutura e deverão direcionar o material para compostagem.

Os grandes geradores de restos da construção civil também terão um destino específico: as sete áreas de transbordo, triagem e reciclagem de resíduos. O SLU informa que os terrenos para implementação dessas unidades, em diferentes regiões administrativas, estão em fase de regularização.

Centros de triagem
Os materiais recicláveis obtidos na coleta seletiva vão ser aproveitados pelas cooperativas de catadores, que terão 12 centros de triagem espalhados pelo DF — oito em terrenos doados pela União e quatro em áreas do SLU. Alguns deles devem ser concluídos até julho de 2016.

Não haverá acréscimo da frota que transita dentro dos núcleos urbanos perto da futura área de armazenamento de rejeitos — Samambaia e Ceilândia —, segundo o SLU. Nessas regiões administrativas, continuarão a circular apenas os veículos responsáveis pelo recolhimento do lixo local.

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