16/10/2015 às 16:05

Atendimento nas unidades de saúde do DF continua comprometido

Ainda por conta da greve de servidores, alguns locais estão sem funcionar, e outros abriram com equipe reduzida nesta sexta-feira (16)

Por Da Agência Brasília, com informações da Secretaria de Saúde

Hospitais e centros de saúde de Brasília seguem com quadros de pessoal reduzidos por causa da greve iniciada em 8 de outubro. Parte dos servidores não retornou ao trabalho mesmo após a paralisação ter sido considerada ilegal pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios no último dia 9.

O trabalho do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está preservado, apesar da adesão de alguns funcionários da enfermagem e do administrativo ao movimento. As unidades de pronto-atendimento (UPA) atendem normalmente.

Veja como está a situação nas unidades de saúde nesta sexta-feira (16):

Brazlândia
Hospital regional: emergência está com pessoal reduzido, e ambulatório, suspenso.

Centros de saúde: funcionam parcialmente.

Ceilândia
Hospital regional: na emergência, ortopedistas estão em greve, e não há clínico para atendimentos novos, devido ao corte de horas extras. Dois clínicos atendem pacientes internados. Exames de raio X, tomografia e ecocardiografia estão suspensos no pronto-socorro porque os equipamentos estão quebrados. No ambulatório, médicos da pediatria e da endoscopia aderiram à greve. Demais especialidades funcionam normalmente.

UPA: atendimento normal. Motoristas estão em greve, respeitando o limite de 30%.

Centros de saúde: funcionam parcialmente, com exceção do nº 3, onde médicos e odontólogos estão em greve.

Gama
Hospital regional: pronto-socorro com um clínico para atender pacientes graves. Também estão na emergência dois ortopedistas, um cirurgião geral, um ginecologista e um pediatra.

Centros de saúde funcionam com 30% de pessoal.

Guará
Hospital regional: emergência com um médico. No ambulatório, atendimento apenas em oftalmologia e pediatria. Demais especialidades estão suspensas. Servidores do administrativo aderiram à greve.

Centros de saúde: nº 1 está sem clínico e tem um ginecologista; nº 2 está sem clínico e tem um pediatra e um ginecologista; nº 3 funciona normalmente; nº 4 (Estrutural) está sem atendimento. Das 10 equipes de Saúde da Família, três estão trabalhando.

Núcleo Bandeirante, Riacho Fundo e Park Way
UPA: dois médicos por turno.

Centros de saúde: paralisação quase total. Funcionam, precariamente, serviços de urgência, como atendimento a gestantes e aplicação de vacina antirrábica. As equipes da Estratégia Saúde da Família pararam.

Paranoá
Hospital regional: ambulatório parado. A partir de hoje, cirurgias eletivas na ortopedia estão suspensas. Só serão feitos procedimentos de urgência. Atendimento lento na emergência.

Centros de saúde e Estratégia Saúde da Família: parados.

Planaltina
Hospital regional: atendimento lento na emergência. Ambulatório parado. Cirurgias eletivas estão sendo remarcadas. Menos de 30% dos técnicos de enfermagem trabalham.

Centros de saúde: atendimentos suspensos.

Plano Piloto
Hemocentro: foi mantida 30% da equipe, mas os servidores trabalham de forma lenta (fazem operação-padrão). A direção remanejou funcionários para reforçar a coleta de sangue. Entretanto, o serviço, que normalmente é feito em 55 minutos, ainda tem demorado duas horas.

Hospital de Base: na emergência, são atendidos pacientes graves (classificação laranja e vermelho). A unidade de trauma e raio X funciona normalmente. No setor de oncologia, está sendo feita quimioterapia com pacientes agendados. Os ambulatórios de cardiologia, neurologia e bucomaxilofacial estão fechados. As outras clínicas estão abertas, mas só para pacientes com consultas marcadas para hoje e aqueles de procedimentos especiais (pneumologia, bronco, gastro, urologia, nefrologia e ortopedia).

Hospital Regional da Asa Norte: a emergência conta com quatro clínicos e um pediatra em cada turno. A lavanderia funciona com 30% da capacidade. No ambulatório, há atendimento parcial em setores como sala de curativos, endocrinologia, oftalmologia e dermatologia. As cirurgias eletivas foram canceladas, à exceção do mutirão de fissurados. No Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais, só são atendidos pacientes graves. Endoscopia está disponível para casos de emergência e internados.

Hospital Materno-Infantil: atendimento normal nas emergências pediátrica e ginecológica. Cirurgias eletivas continuam suspensas. No ambulatório, apenas um ginecologista aderiu à paralisação. Demais serviços funcionam normalmente (neurologia, cardiologia pediátrica, reprodução humana, alergia e nutrição).

Centros de saúde: nos centros de saúde 7 e 8, todos os serviços estão funcionando, inclusive as salas de vacina. Nos outros, há atendimento reduzido.

Adolescentro (605 Sul): 20% dos médicos e técnicos de enfermagem estão em greve. Um grupo de acolhimento não deixa ninguém sem atendimento. A farmácia funciona. Consultas estão sendo remarcadas.

Unidade Mista (508 Sul): funciona parcialmente.

Recanto das Emas
UPA: funciona normalmente.

Centros de saúde e clínicas da família: atendimento parcial.

Samambaia
Hospital regional: na emergência, há dois clínicos, um ginecologista, três enfermeiros e três técnicos de enfermagem. No ambulatório, apenas uma ginecologista. Outras clínicas estão paradas. Na internação, trabalham um clínico, três cirurgiões, dois ginecologistas, três neonatologistas, dois anestesistas, dois intensivistas, cinco enfermeiros e 20 técnicos. Radiologia e laboratório funcionam com equipes completas.

UPA: atendimento normal.

Centros de saúde: funcionam com médicos e equipes de enfermagem.

Santa Maria
Hospital regional: atendimento normal no ambulatório e na emergência. Hoje serão realizadas duas cirurgias eletivas em ortopedia.

Centros de saúde: sem atendimento.

Sobradinho
Hospital regional: emergência com equipe de enfermagem reduzida. Atendimento parcial no ambulatório. Banco de sangue, banco de leite e unidade de terapia intensiva com atendimento normal. Na radiologia, só são atendidas emergências.

UPA: funciona normalmente.

Centros de saúde: atendimento parcial.

Taguatinga
Hospital regional: emergência com equipe reduzida. Unidade de internação, centro obstétrico e clínica médica funcionam normalmente. Radiologia e laboratório só atendem emergências. Ambulatório funciona parcialmente.

Centros de saúde: funcionam parcialmente.