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09/05/2016 às 11:47, atualizado em 25/05/2016 às 11:50
Emater adota sistema interno e nova forma de trabalhar que beneficiam agricultores como Marcelo Luiz Denke
Há dois anos como produtor de hortaliças em Planaltina, Marcelo Luiz Denke, de 26 anos, arrecada R$ 10 mil por mês. Vende 600 pés de alface, 300 maços de rúcula e de agrião diariamente para uma rede nacional de supermercados no Plano Piloto. Os vegetais são cultivados em 12 estufas que ocupam área de 4,2 mil metros quadrados, em uma fazenda de 460 mil metros quadrados. A terra pertence à família de Marcelo há 32 anos e é usada também para plantação de milho e de soja.
Para o cultivo, eles pedem acompanhamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF), que há 35 anos ajuda produtores em Brasília em questões de larvicida, em controle de pragas e em pedidos de crédito financeiro para fortalecer o negócio rural. O trabalho da empresa pública em campo é esse, mas a mudança, desde outubro, foi grande. Com a adoção de um software interno e da gestão por resultados, os atendimentos agora são medidos não só em números mas também em qualidade.
O sistema de assistência técnica e extensão rural (Sisater) registra, por exemplo, informações sobre fatores ambientais, econômicos e sociais das áreas atendidas. Isso permite identificar, por exemplo, se em uma determinada comunidade rural houve aumento do índice ambiental — agricultores preocupados com a produção sustentável —, mas diminuição no aspecto financeiro — colheita sem o efeito esperado. Assim, a empresa pública tem condições de avaliar os recursos que melhorariam a produção para agradar às exigências de mercado, como a criação de cooperativas ou a realização de cursos.
Intercâmbio
Outra vantagem da tecnologia é a integração entre os escritórios regionais da Emater. Eles podem acessar dados de todos e, assim, trocar conhecimento para resolver problemas comuns. Com a ferramenta, o técnico de uma região administrativa pode comparar o trabalho feito em outra e adotar práticas que tenham apresentado melhor resultado. A instalação do equipamento custou R$ 220 mil.
“Com esses indicadores, acompanhamos o planejamento das metas de cada unidade e analisamos se ele tem sido satisfatório”, explica o presidente Argileu Martins da Silva. “Além disso, podemos ter o balanço do desenvolvimento individual dos técnicos e saber o que precisa ser efetivamente melhorado”, acrescenta. Segundo ele, essa é a primeira experiência no Brasil desse tipo de avaliação na agricultura.
Modelo
O projeto chamou a atenção da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que convidou Argileu Silva para apresentar a estratégia em um fórum em Foz do Iguaçu, em 27 de abril. Outras unidades da Emater e universidades do País, como de São Paulo e do Ceará, e os governos chileno e peruano interessaram-se em adotar a metodologia e já consultaram a empresa de Brasília para vir conhecê-la.
O gerente-substituto da Emater em Planaltina, engenheiro agrônomo Leandro Moraes de Souza, acompanha a família Denke e as de outros produtores rurais na região administrativa. Para ele, a mudança com o novo modelo de gestão é nítida para quem organiza e direciona os atendimentos. “Consigo me aprofundar na gestão e assim atender melhor o agricultor”. Com o levantamento de informações qualitativas e gerenciais, ele conta que é possível verificar as necessidades dos moradores de cada área (se precisam de crédito, por exemplo) e incentivar políticas públicas para evitar, quando detectado, o êxodo rural.
A nova forma de trabalhar, efetivada em janeiro, está em adaptação. Como os relatórios e o período de avaliação são anuais, a Emater estima que poderá apresentar em dezembro os resultados concretos do aperfeiçoamento dos serviços durante o ano.