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Explore o Quadrado: Céu estrelado do Planetário e espaços culturais para encantar as crianças

Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília O céu de Brasília já é um atrativo para quem visita a cidade, mas você sabia que existe um universo dentro do Quadrado do Distrito Federal? Da cúpula do Planetário de Brasília é possível ver as mais diversas constelações projetadas e ainda garantir conhecimento e entretenimento para todas as idades. Os visitantes do Planetário de Brasília vivenciam experiências educativas e imersivas sobre astronomia e ciências espaciais | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Além disso, a cidade também conta com uma cultura diversa e vibrante disposta em centros culturais como o Museu Nacional, o Museu de Arte de Brasília, a Biblioteca Nacional e o Espaço Cultural Renato Russo. Em mais uma matéria do especial Explore o Quadrado, a Agência Brasília leva opções diversas para aproveitar as férias escolares das crianças em julho. Confira, a seguir, como funcionam os espaços de lazer e visitação da cidade. Universo de conhecimento Quem visita o Planetário de Brasília Luiz Cruls embarca em um fascinante centro de conhecimento e exploração científica. O icônico espaço brasiliense completou 50 anos em 2024, com mais de 92 mil visitantes em 2023. Entre eles, pessoas de outros estados e países, que vivenciaram experiências educativas e imersivas sobre astronomia e ciências espaciais. No primeiro semestre deste ano, já foram mais de 40 mil visitantes. O diretor do Planetário, Junior Berbet, frisa que, além de ser um patrimônio de Brasília, é um espaço onde as crianças podem instigar a curiosidade pela astronomia e buscar o conhecimento para se aprofundar e se apaixonar pela ciência Na cúpula do Planetário, a população pode assistir a filmes sobre os astros, acompanhar exposições sobre o sistema solar e conhecer um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira. É uma chance única de se conectar com aspectos que vão além da percepção visual humana, oferecendo também a oportunidade de aprofundar o conhecimento em astronomia. O diretor do Planetário, Junior Berbet, frisa que, além de ser um patrimônio de Brasília, o local é um espaço onde as crianças podem instigar a curiosidade pela astronomia e buscar o conhecimento para se aprofundar e se apaixonar pela ciência. “Envolve todos os temas de conhecimento. Aqui a gente fala de matemática, física, química e biologia. É o futuro do Brasil sendo formado com pequenos engenheiros, médicos e astronautas. Aqui é o início da curiosidade para qualquer criança”, observa o gestor. O estudante Caio Dias ressalta que é um local confortável para ir durante as férias. “Deu para aprender bastante sobre o sistema solar e o que tem em torno de nós, descobrir sobre o universo” Em visita ao planetário com a escola, o estudante Caio Dias, de 11 anos, ressalta que é um local confortável para ir durante as férias. “Deu para aprender bastante sobre o sistema solar e o que tem em torno de nós, descobrir sobre o universo. É muito bom, porque tem gente que não sai de casa e fica no celular o dia inteiro em vez de estar aqui, aproveitando”, alerta o garoto. Entre as principais atrações do Planetário estão as sessões na cúpula; por meio do projetor central astronômico SpaceMaster é possível assistir a exibições de filmes e projeções sobre astronomia, além da visão do céu noturno. Esther Larry Alves Rocha afirma que a parte favorita do passeio foi apreciar os quadros das nebulosas, que ficam no 2º andar do Planetário “É muito divertido ver estrelas. Eu quero saber mais sobre o nosso universo, vai que existe vida em outros planetas? Temos que descobrir para podermos, pelo menos, defender o mundo se eles quiserem invadir”, brinca a estudante Esther Larry Alves Rocha, de 11 anos, após ver uma das sessões na cúpula. Ela afirma que a parte favorita do passeio foi apreciar os quadros das nebulosas, que ficam no segundo andar do Planetário. Além de assistir a filmes sobre os astros e acompanhar exposições sobre o sistema solar, os interessados podem conhecer um espaço destinado à Agência Espacial Brasileira. A visitação é gratuita e ocorre de terça-feira a domingo, das 7h30 às 19h. Colônia de férias A programação para o mês de julho do planetário engloba diversas oficinas, como a de lançamento de foguetes de garrafa PET – uma modalidade que tem até campeões brasilienses. Também há pintura, brincadeiras e experimentos que fazem referência a nebulosas brilhantes, algo que costuma chamar a atenção dos pequenos. Arte: Espaço Cultural Renato Russo As atividades são direcionadas a crianças entre 6 e 12 anos e fazem parte da Colônia de Férias do Planetário, que é gratuita e oferece cinco sessões ao público por dia: às 11h, 14h30, 16h, 17h e 18h. Em 2023, mais de 14 mil pessoas participaram dos eventos em julho. “Percebi que, em Brasília, a maioria das pessoas conhece os espaços através dos passeios escolares ou colônia de férias. Então, quando você dá essas oportunidades para as pessoas virem conhecer, é superinteressante. É um lugar sensacional que a gente tem na porta de casa, com tanta riqueza e detalhes que a gente às vezes nem imagina que existe aberto ao público e gratuito”, destaca o professor Junior Rodrigues. Espaço Cultural Renato Russo Outros locais com atividades para as crianças no DF também oferecem colônia de férias, como o Espaço Cultural Renato Russo, localizado na 508 Sul. Crianças de 7 a 12 anos poderão aproveitar o equipamento público e participar de oficinas com desenho, pintura, teatro e muita diversão. São duas turmas por turno, cada uma com 15 alunos, nas semanas de 16 a 19 deste mês, das 14h às 17h; e entre os dias 23 e 26, das 9h às 12h. Na colônia de férias do Espaço Cultural Renato Russo, crianças de 7 a 12 anos poderão aproveitar o equipamento público e participar de oficinas com desenho, pintura, teatro e muita diversão | Foto: Tatiana Reis/Espaço Cultural Renato Russo Caso o interessado queira participar das duas semanas, será necessário fazer duas inscrições. Todas as atividades ocorrerão no Galpão das Artes do Espaço Cultural Renato Russo. Para mais informações e inscrições, visite o site http://www.espacoculturalrenatorusso.com.br ou acesse o link da bio no Instagram. Biblioteca Nacional Nestas férias escolares, a Biblioteca Nacional de Brasília (BNB) será a primeira a receber as atrações da nova edição do projeto A Infância na Biblioteca, que começa nesta quarta-feira (10), às 15h, com uma visita guiada, seguida do espetáculo de teatro de bonecos Os meninos verdes, da Cia Voar, baseada em obra de Cora Coralina. Além do teatro de bonecos, as atividades do projeto englobam contação de histórias, palestra, visitas guiadas, oficinas e exibições audiovisuais – tudo com acessibilidade em Libras e audiodescrição. A programação das férias na BNB seguirá até o dia 27. Os horários estão disponíveis nas redes sociais do equipamento público. O Museu de Arte de Brasília preparou para o mês de julho uma programação especial para que os pequenos artistas liberem a criatividade e mergulhem no universo da arte Museus Neste mês, o Museu Nacional recebe a 35ª Bienal de São Paulo, a maior exposição de artes visuais do hemisfério sul e uma boa opção de programação nas férias para a família. E, para quem inclui visitas a museus no cronograma de férias, o Museu Nacional também estará funcionando na programação normal, de terça a domingo, das 9h às 18h30, assim como o Museu Vivo da Memória Candanga, que funciona de segunda a sábado, das 9h às 17h. Para julho, o programa MAB Educativo também preparou uma programação especial para que os pequenos artistas liberem a criatividade e mergulhem no universo da arte. Os participantes podem conhecer o acervo do Museu de Arte de Brasília e suas exposições temporárias com visitas mediadas, além de se aventurar em oficinas e experimentar diferentes técnicas artísticas. As atividades são gratuitas e ocorrem entre os dias 13 e 28, de quinta-feira a domingo. As oficinas não precisam de agendamento: basta consultar a programação, que ocorre entre 10h e 19h. Entre as oficinas proporcionadas pelo espaço, estão as de teatro de luz e sombras para bebês, brincadeiras populares, contação de histórias em massinha e diversos trabalhos com gravuras. Há mais exposições e outras atividades que aguardam os brasilienses na Caixa Cultural e no Centro Cultural Banco do Brasil, deixando diversas opções culturais para entreter a família e tirar os pequenos de casa nesse período de férias escolares.

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Explore o Quadrado: Parques ecológicos e urbanos são opções para as férias da criançada

Férias combinam com natureza, algo que não falta nos parques ecológicos e urbanos espalhados pelo Distrito Federal. Para preencher o tempo de toda a família e tirar as crianças de casa durante as férias escolares, há verdadeiros tesouros ecológicos, como piscinas de água mineral, trilhas e espaços ideais para a prática de ecoturismo – além de áreas com brinquedos e equipamentos públicos para gastar a energia dos pequenos exploradores. Tatiele Alves Carneiro, 33, costuma levar a filha, Karol, ao Parque de Águas Claras sempre que pode. A consultora de vendas destaca que é uma excelente opção para tirar a filha de casa, ainda mais sendo tão pertinho de onde mora. Tatiele Alves Carneiro sempre que pode leva a filha, Karol, ao Parque de Águas Claras: “É muito importante para o desenvolvimento da criança ter esse contato com a natureza” | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília “Moramos em apartamento e ficamos muito dentro de casa. Aí eu resolvi trazer para o parque, para distraí-la um pouquinho. Eu acho maravilhoso esse parque com áreas verdes. É muito importante para o desenvolvimento da criança ter esse contato com a natureza. Além de tirá-la um pouco do tablet, às vezes encontramos outras crianças da mesma idade para brincar com ela, então ainda ajuda na interação”, explica a mãe, enquanto a menina se diverte num escorregador de areia. Assim como Tatiele faz com a filha Karol, a Agência Brasília apresenta opções de 16 parques para as férias. Veja, a seguir, quais são os lares de diversas espécies de flora e fauna endêmicas do segundo maior bioma da América Latina, que é o Cerrado, e espaços de lazer para a população. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Diversidade de parques Segundo o presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer, os parques oferecem lazer e preservação por meio de programações com torneios, promoções e eventos que cada parque organiza. Além disso, a pasta também coordena o programa Parque Educador, que leva as crianças para conhecer as reservas ambientais desde cedo. “O parque fica mais vivo com as pessoas lá, especialmente as crianças. É fundamental esse contato com a natureza para aprenderem a importância da preservação” Rôney Nemer, presidente do Instituto Brasília Ambiental “Esse período de férias se encontra com o período de seca, então os parques arborizados são uma excelente opção. E temos muitos, todos com ciclovias, quadras e outros espaços para esportes e caminhadas. O parque fica mais vivo com as pessoas lá, especialmente as crianças. É fundamental esse contato com a natureza para aprender a importância da preservação”, destaca Nemer. O presidente frisa também a importância de a população cuidar dos espaços públicos, principalmente após alguma atividade nos parques ecológicos, como piqueniques. “Ao sair dos parques, levem os lixos de volta e não deixem nada nessas áreas de conservação”, observa. Longe das telas e dentro do bolso A vendedora Raquel de Oliveira Camargo, 35, leva os filhos há anos no Parque da Cidade para aproveitar o dia no espaço ao ar livre, ficando principalmente na área do foguetinho, que é a mais popular do Parque Ana Lídia, parte da cultura de qualquer brasiliense. Raquel de Oliveira Camargo passa o dia com as filhas no Parque da Cidade | Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília Na avaliação de Raquel, essa é uma excelente opção para as crianças nas férias. “A gente traz lanche de casa e eles se divertem o dia inteirinho. Tem lugar para tomar banho, para brincar, então a gente economiza e gasta a energia da criançada que é muita”, destaca a mãe. Enquanto o pequeno Leonardo, de 11 meses, visitava o parque pela primeira vez, os filhos mais velhos de Raquel, Davi de 12 anos e Vitor de 10, já o conheciam desde pequenos e escolheram o espaço para passar a tarde. Vitor aprova os passeios ao parque: “Eu prefiro ficar aqui do que vendo TV em casa” | Foto: Matheus H. Souza/Agência Brasília “Eu gosto das estruturas que dá para se divertir bastante e se exercitar. Tem o foguete em que você exercita as pernas subindo e desce pelas escadas. É muito legal esse parque e a areia, e você também pode trazer baldinho para fazer muitos castelos”, observa Davi. Vitor complementa a fala do irmão, recordando a reforma feita recentemente nos brinquedos: “Deu uma melhorada depois da reforma. Eu prefiro ficar aqui do que vendo TV em casa, é bem legal. Você pode brincar e cair na areia, que não vai doer, não tem vidro, é seguro”. Josiana Sales aposta em programações ao ar livre para tirar as filhas da frente das telas | Foto: Matheus H. Souza/ Agência Brasília A veterinária Josiane Sales, 43, reforça o Parque da Cidade como uma opção confortável para as crianças. Mãe de duas meninas, uma de 13 e outra de 2 anos, ela conta que já está pensando em levar as filhas nas férias escolares para usufruir da área verde e livre de telas, que é o objetivo principal. “Em casa a gente não consegue tirar as telas deles sem precisar trabalhar muito a criatividade. Aqui tudo é público e acessível, e isso é muito importante, ainda mais porque são vários dias, então as férias têm que caber no orçamento. O parque é uma grande opção porque tem muita coisa pra fazer gastando pouco”, acentua. Como chegar No site ou pelo aplicativo DF no Ponto é possível ver quais as linhas do transporte público passam próximas aos parques urbanos – tanto para ir direto quanto por integração entre ônibus e metrô. A integração no transporte público por meio do cartão mobilidade permite até três acessos no período de três horas, em um mesmo sentido, podendo ser utilizada em ônibus, BRT ou metrô. Já para quem curte um passeio de bike, há ciclovias próximas aos parques e as que estão dentro dos espaços. Por meio deste guia, é possível checar as rotas existentes – lembrando que alguns parques possuem ciclovias internas ou ciclorrotas. Confira abaixo alguns dos eventos confirmados para o mês de julho nos parques do DF: – Dia 8: Cunhatã Cerratense – 1° Encontro de Arte, Educação e Natureza na Primeira Infância, no Parque Ecológico Olhos d’Água – Dias 8 e 9: Gravação de cena para o projeto audiovisual A Nossa História, patrocinado pelo Fundo de Apoio à Cultura (FAC-DF), no Parque Ecológico do Paranoá – Dia 12: Aniversário de 2 anos do Parque Ecológico Ezechias Heringer – Dia 13: Corrida Doze Running – Etapa Lago Sul, no Parque Ecológico Península Sul – Dia 21: Dia do Lazer no Parque Ecológico Águas Claras – Dia 28: Piquenique de aniversário de 2 anos do Parque Ecológico Águas Claras.

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Explore o Quadrado: Confira roteiro para conhecer o legado artístico de Athos Bulcão e Burle Marx

Quando Lucio Costa e Oscar Niemeyer projetaram Brasília, a proposta era criar uma cidade modernista, que fugisse do tradicionalismo da época e experimentasse novos conceitos. Uma das inovações veio da convergência entre arquitetura e arte em meio ao projeto urbanístico da cidade. Isso tornou a capital um museu a céu aberto, onde o branco do concreto se mistura ao verde do paisagismo de Burle Marx e as formas geométricas e abstratas de Athos Bulcão – que completaria 106 anos nesta terça-feira (2). Muitas dessas obras estão ao alcance do brasiliense e do turista que visita o Distrito Federal. Algumas até foram retomadas pelo Governo do Distrito Federal (GDF) após anos engavetadas, como os jardins de Burle Marx no Complexo da Torre de TV e no Parque da Cidade Sarah Kubitschek. Athos Bulcão e Burle Marx foram escolhidos para enfeitar a capital por apresentarem características que contrastam com o branco e o concreto predominantes na capital federal | Foto: Geovana Albuquerque/ Agência Brasília “Eles foram convidados para a atuação na construção de Brasília exatamente porque oferecem um contraponto a dureza e a brancura da arquitetura modernista da época. Ambos trouxeram cor para os projetos iniciais e, apesar de já serem sumidades em seus campos na época, foi aqui que realizaram suas obras-primas”, analisa o subsecretário do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), Felipe Ramón. Aproveitando a chegada das férias escolares, a Agência Brasília propõe no especial Explore o Quadrado um olhar diferenciado sobre os pontos turísticos e uma gama de opções de atividades para aproveitar o período. Entre as sugestões, um roteiro desenvolvido pela guia turística Samara Augusto, que atua nos Centros de Atendimento ao Turista (CATs) da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), pelo legado artístico de dois artistas plásticos que se tornaram marcas na capital: Athos Bulcão e Burle Marx. Arte: Fábio Nascimento/ Agência Brasília O passeio começa no Aeroporto Internacional de Brasília, onde estão dois painéis de Athos Bulcão em azulejo, que podem ser conferidos pelos viajantes nas salas de espera do embarque nacional e do internacional, e mais um em metal no terraço do aeroshopping – esse aberto para o público. A Quadra Modelo (308 Sul) é um dos pontos onde as obras dos dois artistas convergem Depois, o roteiro segue para a quadra modelo, a 308 Sul, que foi construída seguindo o plano urbanístico de Unidade de Vizinhança assinado por Lucio Costa. O endereço marca uma série de espaços na capital em que os artistas aparecem juntos revisitando o elo antigo. Antes de integrarem o grupo do projeto de Brasília, Athos Bulcão e Roberto Burle Marx fizeram parte do mesmo movimento artístico no Rio de Janeiro, onde tiveram contato com o modernismo e o abstracionismo geométrico. Na 308 Sul, Burle Marx é o autor do projeto do Laguinho de Carpas em frente ao Bloco F. Trata-se de um jardim de plantas aquáticas dividido em dois tanques com carpas coloridas e uma miniponte que liga o espaço ao bloco e a uma praça de convivência. “A ideia era criar um ponto de lazer e também para auxiliar na umidade do ar. Como aqui em Brasília é muito seco, a cidade tem vários espelhos d’água que têm a função visual e estética, mas também física, para a sobrevivência do brasiliense”, destaca a guia turística Samara Augusto. Na mesma quadra, Athos Bulcão aparece em dois locais diferentes. A principal delas fica na parede externa da Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, com a única criação figurativa do artista em azulejo, composta por pombas e estrelas da natividade em meio ao fundo azul. “É a única obra de Athos em azulejo que conseguimos identificar o que está desenhado ali. Temos as pombas viradas para baixo, que representam o Espírito Santo descendo e chegando na Igrejinha, e temos as estrelas de natividade usadas para orientar os astrólogos até Jerusalém conforme o Evangelho de Mateus”, revela Samara. O outro trabalho é a fachada do Jardim de Infância 308 Sul. Área central Na Esplanada dos Ministérios, há tanto espaços de convergência, como pontos mais marcados pela presença apenas de Athos Bulcão, que conta com cerca de 500 painéis tombados como Patrimônio Cultural por todo o Distrito Federal. A primeira parada, a Catedral Metropolitana de Brasília, abriga uma das obras mais raras do carioca. Além do painel de azulejo no Batistério, logo na entrada da igreja um painel de mármore está revestido por um conjunto de dez pinturas em tinta acrílica com episódios da vida de Maria e de Jesus Cristo. “Poucos sabem, mas essa é uma obra rara de Athos Bulcão em meio a dos monumentos mais icônicos de Brasília”, acrescenta a guia turística. A médica Elaine Barbosa vem a Brasília desde os tempos de faculdade: “É uma cidade limpa, planejada e que tem uma estética internacional” Moradora de Fortaleza, a médica Elaine Barbosa, 38 anos, está na cidade para participar de um congresso de endocrinologia pediátrica, mas no tempo livre foi fazer turismo na Catedral e se encantou com as obras de Athos que compõem o espaço. “Desde a faculdade eu venho a Brasília para participar de congressos. Acho tudo maravilhoso. É uma cidade limpa, planejada e que tem uma estética internacional, com obras de arte dividindo espaço com a arquitetura de Niemeyer”, afirma. Seguindo pela Esplanada estão mais localidades em que a dupla de artistas aparece: os palácios do Itamaraty e da Justiça, o Teatro Nacional Claudio Santoro – atualmente fechado para visitação – e o Congresso Nacional. Os palácios têm os jardins aquáticos idealizados por Burle Marx criando uma atmosfera tropical e contam, na parte interna, com obras de Athos. No Ministério das Relações Exteriores, são muitos os trabalhos do artista plástico, como o painel de mármore branco em relevo no térreo. Já na sede do Ministério da Justiça, está o grandioso painel metálico com 2.090 lâminas de aço inoxidável importadas da Alemanha. No Teatro Nacional, Athos Bulcão fez os painéis em relevo nas empenas da construção, além das placas retangulares verticais de mármore e dos painéis de azulejos amarelo e branco, no foyer, e amarelo e laranja no Espaço Dercy Gonçalves. Burle Marx idealizou o projeto paisagístico do foyer. No Congresso Nacional, os painéis de Athos Bulcão dividem espaço com os jardins de Burle Marx, também responsável por telas e obras de tapeçaria expostas no local. Um painel vermelho com 24 formas geográficas chamam a atenção no Panteão da Pátria e da Liberdade Na Praça dos Três Poderes, Athos Bulcão pode ser encontrado, ainda, no Panteão da Pátria e da Liberdade. A obra encontra-se na parede que separa o ambiente dos espaços de exposições. É um grande painel vermelho composto por 24 formas geométricas dispostas em vários sentidos, com um triângulo dentro em referência a bandeira de Minas Gerais, estado natal de Tancredo Neves, que é a grande figura homenageada pelo espaço. Convergência artística Outra localidade em que os artistas compartilham o espaço é o Setor Militar Urbano. Lá fica um dos maiores jardins de Burle Marx em Brasília. Batizado de Praça dos Cristais, o jardim tem um formato de um triângulo gigantesco, onde há vários minijardins com plantas nativas e aquáticas, além de um exemplar do Pau Brasil. “Essa é uma das maiores áreas de Burle Marx. Como as outras, tem a função da umidade com muita água e plantas aquáticas” Samara Augusto, gerente de Núcleo do CAT “Essa é uma das maiores áreas de Burle Marx. Como as outras, tem a função da umidade com muita água e plantas aquáticas. Nesse jardim, ele ainda juntou a questão paisagística com o estudo geológico. Os cristais que são de concreto são uma representação da riqueza mineral do Planalto Central”, acrescenta a gerente de núcleo do CAT, Samara Augusto. Da própria praça também é possível ver um dos maiores painéis de Athos Bulcão em Brasília. Localizado no Quartel General do Exército, trata-se de um painel na cor azul com estampas em fundo branco na cobertura do prédio. Estar em meio às obras dos artistas é um dos benefícios de quem vive na cidade. “É muito bom. Brasília tem várias obras monumentais para a cultura mundial. É um privilégio termos isso na cidade”, defende o médico Daniel Salomão, 43 anos, que, ao lado da família e de um grupo de amigos, fez um piquenique na Praça dos Cristais, aproveitando o paisagismo de Burle Marx. Daniel Salomão e a família fizeram um piquenique na Praça dos Cristais “Passava todos os dias por aqui, mas nunca tinha vindo. Até que meus colegas fizeram a proposta de fazermos um piquenique aqui. E adoramos. É um espaço muito bom para as crianças, além de ser a cara de Brasília”, complementa. Polígonos O Parque da Cidade Sarah Kubitschek é outro exemplo de localidade em que as obras dos artistas foram projetadas conjuntamente. Os painéis do azulejista são visíveis das pistas internas 16 paradas de descanso. Já o projeto do paisagista será retomado após muitos anos. Com a retirada dos pinheiros, a área do bosque retomará o projeto original com algumas adaptações. Serão 29 polígonos de plantio arbóreo em três bosques com plantio de três mil mudas. Azulejos de Athos Bulcão marcam a paisagem no Parque da Cidade No ano passado, outro projeto de Burle Marx foi retirado do papel. Em setembro, o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou o Jardim Burle Marx, no Complexo da Torre de TV, entre a Rodoviária do Plano Piloto e a Torre de TV. A obra foi idealizada em 1975, mas realizada apenas 40 anos depois. O espaço é composto por dois grandes espelhos d’água, pontes, cascatas, caminhos arborizados e passeios. O Complexo da Torre de TV também tem Athos Bulcão: um painel localizado no mezanino da torre. Como chegar No site ou pelo aplicativo DF no Ponto é possível ver quais as linhas do transporte público passam próximas aos pontos turísticos – tanto para ir direto ou por integração entre ônibus e metrô. A integração no transporte público por meio do Cartão Mobilidade permite até três acessos no período de três horas, em um mesmo sentido, podendo ser utilizado em ônibus, BRT ou metrô. Já para quem curte um passeio de bike, há ciclovias que passam próximas dos pontos turísticos. Por meio deste guia, é possível checar as rotas existentes – lembrando que alguns parques possuem ciclovias internas ou ciclorrotas.  

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Explore o Quadrado: CATs e projeto de rotas permitem turismo aprofundado no DF

Todos os dias quando atende alguém em um dos Centros de Atendimento ao Turista (CAT), da Secretaria de Turismo do Distrito Federal (Setur-DF), a guia de turismo Samara Augusto faz a mesma pergunta: “Você conhece Brasília?” O questionamento é mais profundo do que parece. O objetivo não é saber se o visitante já esteve na cidade ou se nasceu na capital federal, mas se teve oportunidade de experienciar de fato a essência do Quadradinho. “É possível passar um mês e só conhecer locais novos todos os dias”, afirma a guia de turismo Samara Augusto sobre os atrativos de Brasília | Fotos: Geovana Albuquerque/Agência Brasília Durante muito tempo Brasília foi vista como um destino de fim de semana, um local em que, em poucos dias, o turista e até o brasiliense seriam capazes de conhecer todos os pontos turísticos por estarem concentrados na área central. No entanto, a cidade conta uma série de atrações que vão desde as mais conhecidas até as menos conhecidas, que serão apresentadas pela Agência Brasília no especial Explore o Quadrado, que propõe um olhar diferenciado sobre os pontos turísticos e as atividades oferecidas na cidade para o período de férias. Entre uma semana e um mês é o período apontado pela guia de turismo para que o Quadradinho seja de fato conhecido. “Diria que, no mínimo, é necessário uma semana. Brasília não é só a região central. Temos muitas cachoeiras, a própria região do Lago Oeste, onde tem a Chapada da Contagem, e agora a Vinícola Brasília, no PAD-DF. Água Mineral, Jardim Botânico e Zoológico, por exemplo, são passeios de um dia cada um”, revela. Samara Augusto conta que, durante a preparação para atuar nos CATs, fez um treinamento de um mês, em que não repetiu nenhum ponto turístico. “Nasci em Brasília, cresci aqui e achava que conhecia Brasília, mas descobri durante o treinamento que não. Então é possível passar um mês e só conhecer locais novos todos os dias”. Arte: Fábio Nascimento/Agência Brasília Para os brasilienses natos ou de coração, o indicado para conhecer a cidade é apostar nos passeios turísticos, principalmente durante a fase escolar. “Tem que começar desde pequenininho, mas do jeito certo. Não basta ir até os pontos turísticos com um roteiro básico. É importante combinar o conteúdo de sala de aula com um passeio com guia de turismo para que os pontos e suas histórias possam ser explicados”, analisa. No caso dos turistas, ter acesso às informações é essencial. Elas podem ser encontradas nas unidades do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), da Setur-DF. Ao todo, o DF conta com cinco centros fixos e uma unidade móvel. Os mais recentes são o CAT Móvel da Torre de TV, implementado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) em 2023, e o CAT da 308 Sul, inaugurado em 2022. A unidade da Casa de Chá chegou a ser reinaugurada em 2019 e, este ano, passou por nova reforma após a parceria do GDF com o Senac, que ficou responsável pela gestão do espaço. Também há unidades no Aeroporto Internacional de Brasília, na Rodoviária Interestadual de Brasília e no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Atendimento especializado Coleção disponibilizada pela Secretaria de Turismo oferece opções de roteiros específicos como os das Uvas de Brasília, do Pôr do Sol e das RAs Cada um dos CATs, inclusive, tem uma característica. As unidades do Aeroporto e da Rodoviária são mais voltadas para atender aqueles que acabaram de chegar a Brasília. Por ano, o Aeroporto Internacional de Brasília recebe em média 14 milhões de passageiros. Já o Terminal Interestadual, a média é de dois milhões. Orientações sobre a rede hoteleira, meios de transporte e pontos turísticos são os mais requisitados. Já nos demais CATs, o acesso costuma ser feito por visitantes já alocados na cidade que buscam conhecer mais sobre Brasília. O foco são os pontos turísticos. “Os Centros de Atendimento ao Turista oferecem informações sobre produtos e serviços turísticos no Distrito Federal e Entorno, distribuindo mapas e materiais promocionais e de forma individual com guias de turismo bilíngues, devidamente cadastrados e capacitados para esclarecer as dúvidas dos visitantes. Todo serviço é público e gratuito”, explica o secretário de Turismo, Cristiano Araújo. Entre os materiais disponíveis nas unidades estão os guias da Coleção Rotas Brasília. Hoje, o projeto conta com 14 rotas organizadas em miniguias em formatos físicos ou digital – esse pode ser baixado pelo site Coleção Rotas Brasília. As rotas disponibilizadas pela Setur-DF são Cerrado, Náutica, Arquitetônica, Cultural, Cívica, da Paz, Fora dos Eixos, da Diversão, sobre Rodas, da Diversidade, do Pôr do Sol, Lago Oeste, das Uvas de Brasília, e das regiões administrativas (RAs).

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