23/06/2015 às 18:13, atualizado em 16/05/2016 às 16:00

Número de analfabetos diminuiu em Planaltina desde 2011

Pesquisa da Codeplan também mostra que rendas domiciliar e per capita aumentaram nos últimos quatro anos

Por Isaac Marra e Kelly Crosara, da Agência Brasília

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Perfil de Planaltina 2015 AgenciaBrasilia

Atualizado em 23 de junho de 2015, às 17h32

Nos últimos quatro anos, o número de analfabetos diminuiu em Planaltina e o de moradores com nível superior completo aumentou. As rendas domiciliar e per capita também cresceram, assim como a quantidade de residências com automóveis e serviço de TV por assinatura. As informações são da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios 2015, divulgada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (23).

O estudo, com base em informações de janeiro a março deste ano, traça o perfil socioeconômico da região administrativa, por meio de uma amostra de 783 unidades domiciliares urbanas. O documento aborda ainda questões como infraestrutura, estudo, trabalho, migração e naturalidade.

A pesquisa mostra que a população urbana estimada em 2015 é de 189.412 habitantes, com 51,10% de mulheres. Mais de um terço — 63.854 — está na região administrativa há mais de 25 anos. Em 2013, eram 185.375 moradores.

Se em 2011 Planaltina tinha 3,19% de analfabetos, em 2015 a taxa caiu para 2,53%. Já o total dos que haviam concluído o ensino superior (4,39%) quatro anos atrás subiu para 6,41% no período comparado. Por outro lado, o porcentual dos que não estudam é alto: chega a 71,01%, o equivalente a 134.502 pessoas. Os que não terminaram o ensino fundamental lideram as estatísticas com 39,43%.

O aumento da quantidade de moradores com nível superior foi um dos pontos que mais chamou a atenção do presidente da Codeplan, Lucio Rennó. “Uma surpresa que tivemos também é a inexistência de analfabetos na faixa etária entre 15 e 24 anos.”

Em 2011, a renda média domiciliar era de R$ 2.853,79. Hoje, chega a R$ 3.183,47 (4,04 salários mínimos), um acréscimo de R$ 329,68. A renda per capita de R$ 701,45 em 2011 alcançou R$ 933,80 (1,19 salários mínimos) em 2015.

Bens e serviços
O número de lares com automóveis apresentou crescimento expressivo: passou de 44,64% em 2011 para 60,04% neste ano — aumento de 15,4 pontos porcentuais. A presença da bicicleta, outro meio de transporte, ocupa o segundo lugar, com 38%.

A TV por assinatura registrou crescimento significativo. Enquanto em 2015 ela está presente em 36,78% dos domicílios, em 2011 restringia-se a apenas 10,61% das moradias.

Ainda de acordo com o levantamento, Planaltina tem um total estimado de 54.286 domicílios urbanos, com predominância de casas (51.305), que representam 94,49% das residências. Quanto à faixa etária, a maior quantidade da população (48,02%) tem de 25 a 59 anos. Em relação à cor ou raça, 69,51% declararam ser pardos. Entre as religiões, os católicos somam 60,25% dos pesquisados, seguidos pelos evangélicos tradicionais (20,83%).

Mais ônibus e espaço para idosos
Com base nos resultados da pesquisa, a administradora regional de Planaltina, Dinalva Ferreira, identificou as medidas mais relevantes que devem ser tomadas na região. Segundo ela, como mais de 50% da população utiliza o transporte público para ir trabalhar, são necessários mais ônibus para suprir essa demanda. “Ganhamos este ano mais quatro linhas, mas vimos que precisamos de outros.” Além disso, a existência de quase 11% de idosos com mais de 60 anos reforçou o plano de construir um espaço de atividades para esse público.

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