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16/02/2017 às 12:43, atualizado em 17/02/2017 às 16:08
Coordenado pela Fiocruz e pelo Ministério da Saúde, credenciamento reconheceu a qualidade do trabalho de 14 unidades em Brasília, dez da rede pública de saúde. Premiação foi entregue nesta quinta (16), no Palácio do Buriti
Diferentemente do informado anteriormente, 13 bancos de leite receberam o Padrão Ouro, e não 14. Um deles ficou com o Padrão Bronze. O do HFA não participou do credenciamento porque passa por reformas; e essa é a quinta vez que o DF foi premiado, e não a terceira.
Catorze bancos de leite humano do Distrito Federal foram certificados com os Padrões Ouro e Bronze pela Rede Global de Bancos de Leite Humano nesta quinta-feira (16). Essa é a quinta vez que a rede do DF recebe a premiação. O credenciamento e a definição dos critérios exigidos são coordenados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Ministério da Saúde.
A certificação ocorre anualmente e está na quinta edição — a quarta aberta para todos os bancos do Brasil. As inscrições foram em abril de 2016, e o resultado saiu no segundo semestre do ano passado.
Na cerimônia de entrega, no Palácio do Buriti, representantes das unidades receberam o documento das mãos do governador Rodrigo Rollemberg; do secretário de Saúde, Humberto Fonseca; da colaboradora do governo de Brasília Márcia Rollemberg; e da coordenadora dos Bancos de Leite, Miriam Santos.
Os bancos de leite humano certificados com o Padrão Ouro são os dos Hospitais Regionais de Brazlândia, de Ceilândia, do Paranoá, de Planaltina, de Santa Maria, de Sobradinho, de Taguatinga, do Hospital Materno-Infantil de Brasília (Hmib), do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), do Hospital Universitário de Brasília, do Santa Lúcia, do Anchieta e da Maternidade Brasília. O Regional do Gama ficou com o Padrão Bronze.
A rede tem 15 unidades — dez da rede pública, três de hospitais particulares e duas do Sistema Único de Saúde (SUS). A do Hospital das Forças Armadas (HFA) não participou do credenciamento, porque passa por reformas.
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“Esse é um título que a cidade deve ostentar com muito orgulho. Não é do governo, mas da sociedade, porque é um mérito de vários entes que ajudam na rede de bancos de leite”, destacou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg. A colaboradora do governo Márcia Rollemberg valorizou o apoio à maternidade. “Existem evidências científicas da importância da mãe na primeira infância que indicam que o cérebro de uma criança reage a partir desse acolhimento.”
Para explicar como a doação é importante, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, disse que o pote usado pelos bancos, de 300 mililitros, é suficiente para alimentar até dez bebês de 500 gramas. “Os nenês que recebem esse leite são muito pequenos e podem tomá-lo por dias.”
“Todo o trabalho feito nos bancos de leite passa por uma avaliação de qualidade. São analisados diversos aspectos, como o treinamento da equipe, os equipamentos e o serviço executado”, detalhou a coordenadora Miriam Santos. O objetivo, segundo ela, é dar notas para cada uma das especificações e atestar o grau de qualidade.
Os critérios para comprovar a excelência dos centros e regulamentar o funcionamento estão na resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), RDC-171, de 4 de setembro de 2006. “A classificação [que os bancos receberam hoje] é um reconhecimento da excelência.”
Diariamente, o Corpo de Bombeiros Militar recolhe leite materno na residência de doadoras, que devem armazená-lo congelado por até dez dias. A corporação faz coletas de segunda a sexta-feira, pela manhã. Para agendar, basta ligar para o telefone 160, opção 4.
Outra opção para doar é se cadastrar no Amamenta Brasília, onde também há informações sobre como fazer a higienização e o armazenamento correto.
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Segundo Miriam Santos, o alimento é essencial para que cresçam saudáveis os bebês que não puderam recebê-lo da mãe. “O leite é distribuído principalmente para crianças prematuras internadas em unidades de terapia intensiva (UTIs)”, ressaltou.
Em 2015, os bancos de leite de Brasília coletaram 16.453 litros. No ano passado, foram 15.893, índices de arrecadação menor que o ideal (36 mil litros). Mesmo com as dificuldades, o DF é a segunda unidade da Federação que mais arrecadou leite humano entre 2006 e 2015, atrás somente de São Paulo.
Edição: Raquel Flores