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04/03/2017 às 13:04, atualizado em 13/03/2017 às 16:56
População poderá descartar resíduos da construção civil ou de demolições, além de podas de árvores, móveis velhos, óleo de cozinha e recicláveis. Espaço funcionará de segunda a sábado, das 7 às 18 horas
A partir deste sábado (4), Ceilândia conta com um local para entrega de até 1 metro cúbico (equivalente a uma caixa de água de mil litros) por dia e por pessoa de resíduos da construção civil ou de demolições. O ponto ainda servirá para o recebimento de restos de árvores podadas, produtos recicláveis e móveis velhos. Intitulado papa-entulho, o espaço fica na QNN 29 da maior e mais populosa região administrativa do Distrito Federal.
“Vai facilitar muito a logística para a população e para o SLU”, destaca a diretora-presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos. Segundo ela, isso ocorre pelo fato de tanto a comunidade quanto o órgão centralizarem o descarte dos materiais para posterior recolhimento. “Vamos ter economia principalmente na logística da coleta”, completa.
A unidade já entrou em funcionamento. A população tem de segunda a sábado, das 7 às 18 horas, para levar o entulho para o descarte. O local tem escritório de apoio aos trabalhadores, área coberta para recebimento de recicláveis e baias para materiais volumosos e de podas. Há ainda rampa de acesso de veículos pequenos para descarte de resíduos de construção civil diretamente em contêineres.
O gerenciamento da área, a coleta e a destinação ambientalmente adequada dos resíduos são de responsabilidade do SLU. A instalação custou R$ 132 mil, recurso proveniente de emenda parlamentar do deputado distrital Chico Vigilante (PT).
No papa-entulho também é possível entregar óleo usado em frituras, por meio do Projeto Biguá, da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb). A recomendação é que o material seja levado em embalagens como frascos de amaciante e xampu. A capacidade é de até 50 litros por dia.
Para o Secretário das Cidades, Marcos Dantas, o local ainda vai contribuir para a diminuição da incidência de vetores de doenças. “Com menos entulho em áreas públicas, menor é a possibilidade de aparecimento de ratos, baratas, escorpiões e, principalmente, do mosquito Aedes aegypti”, enfatiza, ao se referir ao inseto responsável por transmitir a dengue, a febre chicungunya e o zika vírus.
Os carroceiros Joaquim Cabral e Nivaldo Barbosa, respectivamente de 69 e 40 anos, foram os primeiros a depositar entulho no local. “Antes a gente corria o risco de ser multado se o lixo fosse colocado em local proibido”, conta Joaquim. De acordo com levantamento recente da Agência de Fiscalização (Agefis), foram identificados, em Ceilândia, 983 pontos de descarte irregular.
Unidade semelhante está sendo erguida na Usina de Tratamento de Lixo do P Sul, também em Ceilândia. Outras cinco são construídas em Brazlândia, no Gama, no Guará, em Planaltina e em Taguatinga. Segundo o SLU, mais estruturas do tipo devem ser licitadas para outras áreas do DF. “Nosso projeto é construir 60 unidades. Além dessas seis, outras cinco estão em fase de elaboração e adequação do projeto”, explica Kátia.
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Edição: Marina Mercante e Saulo Araújo