06/05/2021 às 16:17, atualizado em 06/05/2021 às 17:30

Hospital em sistema modular de Samambaia está 80% executado

Obras avançam e unidade vai ganhar 102 novos leitos com suporte respiratório, que ficarão como legado para a população

Por Lívio di Araújo, da Agência Brasília* | Edição: Mônica Pedroso

Está próxima a entrega da extensão do Hospital Regional de Samambaia (HrSam) para a população. Com 80% da obra já concluída, o hospital acoplado foi erguido em pouco mais de um mês, com recursos vindos de doações de empresários, arrecadados pelo comitê Todos Contra a Covid.

Cerca de 150 pessoas finalizam a construção pré-moldada. Recursos vieram do Comitê Todos Contra a Covid, coordenado pelo vice-governador Paco Britto. R$ 7 milhões de empresários e outros R$ 3 milhões do BRB | Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

Nesta quinta-feira (6) quem passou pela avenida que dá acesso ao Hospital Regional de Samambaia (HrSam) pôde ver de perto o prédio de dois andares erguido, em tempo recorde, no local onde até o último dia 8 de abril era apenas um estacionamento ao lado do hospital.

Os cerca de 150 trabalhadores da obra se dividem entre a finalização da rampa de acesso para ambulâncias  – construída na entrada no acoplado – feita em ACM (material metálico usado em revestimento de fachadas) -, e o paisagismo da área externa. Por dentro, dezenas de homens e mulheres fazem a limpeza da unidade, que possui 102 leitos e é ligado ao HrSam.

A extensão servirá, neste momento, para atendimento às vítimas da covid-19, mas como trata-se de uma obra permanente, será usada, no período pós-pandemia, para melhorar a vida de quem procurar o hospital em Samambaia.

[Olho texto=”“O governador Ibaneis Rocha nunca se furtou de suas responsabilidades e temos trabalhado, diuturnamente, para garantir a vida da população e também a dos empresários, que fazem a economia girar” assinatura=”Paco Britto, vice-governador do Distrito Federal” esquerda_direita_centro=”direita”]

“Melhora para todo mundo. Melhora para a população, que ganha essa ampliação, e para o hospital, porque são mais leitos, todos com suporte respiratório”, afirmou o fisioterapeuta Danilo de Araújo, servidor do hospital.

“São mais de 100 leitos que serão incorporados à nossa unidade e não apenas neste momento de crise. Vai melhorar nossa capacidade de assistência, sem falar da velocidade que a obra, que tem a celeridade que o momento exige, mas com qualidade”, acrescentou o médico Bruno Guimuzzi, também do HrSam.

Recursos privados 

A maior parte dos recursos para a construção do acoplado saiu do comitê Todos Contra a Covid, coordenado pelo vice-governador Paco Britto que garantiu, com empresários, o montante de mais de R$ 7 milhões para a construção do novo hospital. Outros R$ 3 milhões vieram do Instituto BRB.

[Olho texto=”Ceilândia foi a primeira cidade a ganhar um acoplado, que funciona, com quase 80 leitos, ao lado do Hospital Regional de Ceilândia (HRC)” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”esquerda”]

“Ter a ajuda de empresários neste momento é muito importante e mostra que todos estão enxergando as dificuldades e a necessidade de união”, enfatizou Paco. De acordo com o vice-governador, poder oferecer leitos para a população quando o mais importante é salvar vidas deixa o GDF confortável, mesmo diante da grave crise sanitária que o mundo atravessa.

“O governador Ibaneis Rocha nunca se furtou de suas responsabilidades e temos trabalhado, diuturnamente, para garantir a vida da população e também a dos empresários, que fazem a economia girar. Não está sendo fácil, mas a cada conquista, como esta do acoplado em Samambaia, nos fortalecemos”, completou.

Ceilândia foi a primeira cidade a ganhar um acoplado que funciona com quase 80 leitos, ao lado do Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A extensão do HRC também aconteceu com recursos da iniciativa privada, sem nenhum gasto do Governo do Distrito Federal (GDF). Em Ceilândia, a unidade é usada, também, para atender às vítimas da covid-19. Mas, com o fim do período mais crítico da pandemia, as instalações serão usadas como uma nova ala de clínica médica do HRC.

[Olho texto=”Enquanto uma construção normal levaria mais de 6 meses para ficar pronta, a modular não passa de 45 dias” assinatura=”” esquerda_direita_centro=”direita”]

Legado 

Com cerca de 1,5 mil metros quadrados de área construída, o hospital acoplado de Samambaia tem 98 leitos de enfermaria e mais quatro de isolamento, totalizando 102. A construção foi toda feita pelo sistema modular, ou pré-moldada, o que garantiu agilidade.

Enquanto uma construção normal levaria mais de 6 meses para ficar pronta, a modular não passa de 45 dias. “Este é o grande diferencial deste tipo de construção. O sistema modular garante a agilidade em momentos como este, que o maior foco é salvar vidas, garantir atendimento à população”, explicou o engenheiro responsável pela obra – tocada pela empresa Brasil ao Cubo -, Bruno Bertan.

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Com a obra bem adiantada, o engenheiro elétrico Matheus Prá, acredita que será possível entregar o acoplado antes mesmo do prazo contratual – que tem fim em 20 de maio. “Já estamos com 80% do hospital pronto e muito engajados porque sabemos que essa unidade vai salvar vidas. E essa é a motivação que nos faz vir para cá todos os dias”, afirmou.

Para o vice-governador Paco, que acompanha diariamente, in loco, o andamento da obra, o acoplado representa muito para a saúde do Distrito Federal porque não é uma unidade sazonal. “Essa extensão do Hospital de Samambaia, diferentemente dos hospitais de campanha, é uma obra perene, que ficará como legado para a população”, explicou Paco Britto.