Na primeira de uma série de vistorias, ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, se impressiona com os 50% da obra da ecoarena executados

" /> Na primeira de uma série de vistorias, ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, se impressiona com os 50% da obra da ecoarena executados

">

27/01/2012 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:55

Estádio a todo o vapor

Na primeira de uma série de vistorias, ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, se impressiona com os 50% da obra da ecoarena executados

Por

    Renato Ferreira, da Agência Brasília

    O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, recebeu nesta sexta-feira o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, no canteiro de obras do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Foi a primeira visita do ministro ao estádio e também a primeira de uma série de vistorias que Rebelo realizará nos próximos dias nos estádio das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
     
    O governador Agnelo Queiroz aproveitou o encontro para anunciar que as obras estão com 50% de sua execução concluída e que a arena será denominada Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. O ministro se surpreendeu com o andamento dos trabalhos.
     
    “Esse estádio corresponde às expectativas do Brasil para a capital do nosso país, de sua vocação de modernidade, de ousadia e de grandeza. O Brasil não esperava de Brasília e de seu governador outra decisão que não fosse a de fazer na capital de nosso país um estádio, uma obra, dessa magnitude, desse nível de engenharia, de projeto arquitetônico. Isso nos enche de otimismo, de confiança na capacidade do Brasil de fazer uma grande Copa do Mundo”, afirmou o ministro.
     
    “O fato de metade da construção já estar pronta representa um marco, é a sinalização de que Brasília terá papel destacado na Copa do Mundo”, afirmou o governador, ao ressaltar que a arquibancada inferior está finalizada e a arquibancada intermediária encontra-se em estágio avançado.
     
    Agnelo Queiroz reforçou a data de entrega do estádio: dia 31 de dezembro de 2012. “Vamos finalizar tudo com a antecedência necessária. A prioridade zero é a Copa das Confederações em 2013”, afirmou o governador, em referência ao evento teste para a Copa do Mundo, marcado para junho do ano que vem.
     
    “Já esperava, de fato, uma grande obra. Mas esse estádio me surpreende ainda mais pela contemporaneidade, pelas preocupações com o meio ambiente e a sustentabilidade. Por tudo o que vi, escrevi no livro de visita: ‘O Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha é um orgulho para Brasília e para o Brasil’”, acrescentou Aldo Rebelo.
     
    O governador do Distrito Federal e o ministro disseram ainda que, para comemorar o término das obras, será disputado um jogo no fim do ano entre os operários e um time comandado pelo ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Será uma forma de prestigiar e reconhecer o esforço dos 3 mil operários que estão trabalhando diariamente para que tudo fique pronto no tempo necessário.
     
    Além de sediar a abertura da Copa das Confederações, a capital federal e o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha estão inseridos em um intenso calendário internacional de eventos. Brasília terá o máximo de partidas do Mundial de 2014 (sete jogos), entre elas uma da Seleção Brasileira e a disputa do terceiro lugar. Além disso, receberá a Copa América (em 2015) e jogos de futebol das Olimpíadas de 2016.
     
    Cobertura – O governador enfatizou que a licitação para a cobertura do Estádio Nacional será divulgada na próxima quinta-feira, 2 de fevereiro. Além disso, o GDF estuda parcerias para diminuir os custos relativos à compra das cadeiras. “Será o estádio (construído para a Copa) proporcionalmente mais barato do país”, garantiu Agnelo Queiroz.
     
    A arena, com obra orçada em R$ 671 milhões, terá capacidade para cerca de 70 mil pessoas. Antes mesmo da Copa do Mundo de 2014, o ENB passará por licitação internacional. A meta é que uma empresa especializada em entretenimento administre o estádio e, além de pagar o aluguel, potencialize o desenvolvimento econômico, gerando renda e emprego na capital federal.
     
    A empresa vencedora ficará responsável por inserir Brasília em um calendário de eventos e shows internacionais, mantendo a economia da capital federal aquecida. Atualmente, os grandes eventos que chegam a Brasília são realizados em um estacionamento.
     
    Ecoarena – O Estádio Nacional de Brasília também caminha para ser o primeiro na história a receber o certificado máximo de sustentabilidade. O selo Leed Platinum é reconhecido internacionalmente e garante que a construção é altamente sustentável. Atualmente, nenhum estádio de futebol no mundo possui esse selo.
     
    O conceito de arena verde começou ainda na criação do projeto do novo estádio. Na construção são usados materiais recicláveis ou reciclados. Tudo o que saiu do antigo estádio foi reaproveitado na própria obra ou doado a cooperativas de reciclagem do DF. Com a derrubada da última arquibancada, por exemplo, o entulho foi transformado em brita para ser reutilizado na concretagem do piso da arena.
     
    Depois de pronto, o estádio terá captação de energia solar e de água da chuva. A arena será capaz de gerar 2,5 megawatts de energia, o que corresponde ao abastecimento de mil residências por dia.
     
    Legado – Uma das vantagens de Brasília em relação às demais cidades brasileiras e outros países que sediam eventos como a Copa do Mundo é que o Estádio Nacional está localizado na parte central da cidade, em um raio de 3km dos setores hoteleiro e hospitalar, de shoppings e do Centro de Convenções, entre outros, o que facilita e incentiva o acesso a pé.
     
    Todas as intervenções que serão realizadas na capital federal têm foco não apenas no mundial de futebol, mas no legado que a obra deixará para a população. Por isso, o GDF prepara a cidade para a Copa pensando no futuro, na geração de emprego e renda, no desenvolvimento econômico e social e na profissionalização dos jovens brasilienses, conforme ressaltou o governador.
     
    “O estádio representa um grande legado para todas as regiões do Distrito Federal. Por ser uma arena multiuso, vai possibilitar o desenvolvimento de diversas áreas da economia local, como turismo, comércio, hotelaria e mobilidade urbana, entre outras”, completou Agnelo Queiroz.

    00019580

    Foto: Roberto Barroso