Campeonato de futebol do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha começa em março. Calma, estamos falando dos jogos exclusivos dos operários

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17/02/2012 às 03:00, atualizado em 12/05/2016 às 17:55

Operários em campo

 

Campeonato de futebol do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha começa em março. Calma, estamos falando dos jogos exclusivos dos operários

Por

Dalila Góes, da Agência Brasília

Ainda não é o gramado oficial da Copa do Mundo de 2014, mas a grama verdinha já dá pistas de que vem campeonato de futebol, e dos mais importantes, por aí. Quem chutou Brasileirão fez gol contra, porque para os mais de 3 mil funcionários do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, a competição mais importante dos próximos dois meses é a Copa Solidária Operários da Bola. Na verdade, esta é a segunda edição do campeonato, mas a primeira na arena do Mundial.
 
A notícia oficial de que o campeonato existiria chegou na última segunda-feira (13) junto com o gramado. Os craques, como em qualquer super competição de futebol, têm seus passes disputadíssimos por técnicos e olheiros – e todos são operários. Então a missão desta semana foi descobrir, especular, espionar os bons de bola e elaborar técnicas incrivelmente secretas para a composição das equipes.
 
Serão cerca de 30 times que disputarão o campeonato sempre aos sábados, logo depois do expediente da tarde. A primeira eliminatória será em março, mas o dia ainda nem foi fixado no calendário para dar tempo à grama de crescer de forma correta e, claro, aos times de se organizarem.
 
A primeira fase, que é eliminatória (ou seja, perdeu, saiu), está distribuída em dois tempos de dez minutos, com um intervalo de cinco no meio. Já na segunda, serão dois de quinze e mais cinco minutos para recuperar o fôlego.
 
A ideia de ter um campeonato nasceu em 2011 para integrar as equipes que trabalham na construção da arena. No ano passado, a Copa Solidária foi realizada na Casa do Ceará, mas a realização no Estádio Nacional de Brasília está na lista do “não vejo a hora para chegar o dia”. Pergunte ao ajudante de bombeiro Genildo Silva e ao encarregado Edson Rodrigues. Os dois ainda não têm times definidos, estão em processo de escolha e sonham com arquibancadas lotadas durante a grande final. Tudo isso porque já avisaram em casa que a última partida será aberta às famílias dos jogadores e mãe, pai, primos e até cunhados da dupla já disseram que querem conhecer o estádio. “E se estivermos em campo, será muito mais emocionante, entendeu?”, dispara Genildo. “Mas se não estivermos não tem problema. Só a oportunidade de a família entrar aqui e conhecer nosso local de trabalho já vale um campeonato inteiro”, devolve Edson.
 
Ecoarena – Com 50% das obras prontas, o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha terá capacidade para cerca de 70 mil pessoas e ficará pronto em 31 de dezembro de 2012. Em janeiro, o estádio recebeu a visita do ministro do Esporte, Aldo Rabelo, que ficou bastante impressionado com a estrutura e também a responsabilidade ambiental da obra. O estádio caminha para o ser o primeiro da história a receber o Leed Platinum, o certificado máximo de sustentabilidade. 
 
Em 2013, o estádio receberá a abertura da Copa das Confederações, que reúne os vencedores dos seis campeonatos continentais de 2013 – Eurocopa, Ouro, América, Copa das Nações da África, da Ásia e da Oceania –, além do campeão do Mundial de Futebol de 2012, a seleção da Espanha.
 
No calendário internacional de eventos esportivos, também estão sete jogos da Copa do Mundo de 2014, a Copa América de 2105 e jogos de futebol das Olimpíadas de 2016, entre outros.
 
Legado – Uma das vantagens de Brasília em relação às demais cidades brasileiras e a outros países que sediam eventos como a Copa do Mundo é que o Estádio Nacional está localizado na parte central da cidade, em um raio de 3km dos setores hoteleiro e hospitalar, de shoppings e do Centro de Convenções, o que facilita e incentiva o acesso a pé.
 
Todas as intervenções que serão realizadas na capital federal têm foco não apenas no mundial de futebol, mas no legado que a obra deixará para a população. Por isso, o GDF prepara a cidade para a Copa pensando no futuro, na geração de emprego e renda, no desenvolvimento econômico e social e na profissionalização dos jovens brasilienses.

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