Os foliões chegaram ao último dia de Carnaval no Plano Piloto livres de preocupações. A festa foi acompanhada de perto pelas instituições do Governo do Distrito Federal

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22/02/2012 às 03:00

Muita alegria, em segurança

Os foliões chegaram ao último dia de Carnaval no Plano Piloto livres de preocupações. A festa foi acompanhada de perto pelas instituições do Governo do Distrito Federal

Por

Cristina Ávila, da Agência Brasília

Os blocos atraíram cerca de 10 mil pessoas no último dia de Carnaval na Esplanada dos Ministérios e no Plano Piloto. O público começou a chegar logo cedo, ainda quando o sol raiava. No Gran Folia, na Esplanada dos Ministérios, o Mamãe Taguá abriu a festa, com o Jegue Hightech passeando entre a plateia e provocando risadas. No palco, a banda Filhos da Mãe agitou a galera. A terça-feira (21) seria de muita alegria, com a participação de muitas outras bandas e músicos.
 
“O Mamãe Taguá já tem 18 anos. É um bloco de rua. Trabalhamos muito com cultura popular”, explicou o piloto do Jegue Hightech, o operador de áudio Lincoln Cimas. O animal caricaturado, em cima de um triciclo, por ele e por outros artistas do Mamãe Taguá tem 2,4 mil watts de potência, uma mesa de 12 canais e capacidade de administrar o som de microfones, guitarras elétricas e percussão. “Ele puxa o bloco, com nossas marchinhas e músicas folclóricas que adaptamos para o Carnaval”, destacou Cimas.
 
O professor de Artes e produtor cultural Jorge Cimas conta que o Mamãe Taguá foi criado em Taguatinga por artistas que ficavam no Distrito Federal durante os Carnavais desde 1995. Durante o ano todo, eles trabalham com oficinas de arte em escolas públicas e com projetos nos Pontos de Cultura, promovidos pelo Ministério da Cultura.
 
Segurança – Enquanto o povo se divertia, as instituições oficiais garantiam o bem-estar da população, para que as famílias se divertissem sem preocupação. A sensação de segurança foi uma das evidências do Carnaval em Brasília neste ano.
 
O capitão Raimundo Chaves disse que, somente da Polícia Militar, 400 homens e mulheres das tropas fizeram parte do esquema de segurança, que começou de tarde e terminou somente depois que o povo se dispersou totalmente das quadras e da área central de Brasília, já de madrugada.
 
Neste Carnaval, os policiais da PM e também o Corpo de Bombeiros estiveram durante todo o tempo presentes entre a população. A pé, de motocicleta, de automóvel ou a cavalo, não há quem tenha deixado de reparar a presença deles em todo o Plano Piloto.
 
Todos os serviços do Governo do Distrito Federal estiveram à disposição da comunidade durante os dias de folia. As ambulâncias estiveram sempre por perto, prontas para atender ocorrências, a Secretaria de Segurança atuou para garantir a sensação de liberdade e despreocupação que sentiram os cidadãos. A Secretaria de Cultura contribuiu para que a festa se tornasse realidade, assim como a Secretaria de Transportes e órgãos correlatos, que fizeram o planejamento de metrô e ônibus para garantir o transporte da população.
 
Só alegria – Muita gente saiu para circular na cidade de bicicleta. A produtora cultural Silvana Tamiazi fez um giro pedalando para mostrar o Carnaval de Brasília para seu amigo Alex Supply, alemão que mora em São Paulo e é funcionário de uma multinacional. “Saímos da 208 Sul até a 302 Norte e viemos ver o Gran Folia. Acompanhamos o Pacotão pela W3 Sul, o dia todo de bicicleta. Me lembrou o Rio de Janeiro, com muitas fantasias e gente fazendo folia sozinha na rua”, disse ela.
 
Alex Supply nunca foi ao Carnaval na cidade em que mora. Esteve no Sambódromo do Rio de Janeiro e curtiu blocos cariocas de rua uma ou duas vezes. “Estou aqui visitando minha amiga. Achei muito legal acompanhar os blocos nas ruas de Brasília. Está sendo muito gostoso”, destacou.
 
Entre os foliões no Gran Folia, meninos usaram vestidos, como meninas. Rodolfo Lucas garante que “as gatinhas curtem muito nos vendo dançar vestidos assim”. Ele e os amigos são músicos percussionistas e deram canja em quase todos os blocos durante o Carnaval. “Foi um espetáculo. A gente não tem praia, mas tem um Carnaval do cerrado maravilhoso”. Junto com ele, mas sem fantasia, o músico Jadir Botelho Jr se divertia. “Tocamos todos os dias, na raça, na rua. Só alegria. Já temos a percussão afrobrasiliense”, salientou.
 
Enfim, esses dias encantaram os brasilienses. “A minha nota pro Carnaval? É 10”, frisou a turismóloga Ana Carolina Canellas, que foi ao Gran Folia. “A festa esteve muito bem organizada este ano. Gostei demais. Dizem que Brasília é só trabalho, mas o que vimos foi muita cultura. Mais cedo levei meu filho de seis anos na Baratinha, foi ótimo”, ressaltou.

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