Gêneros alimentícios recebidos por 126 entidades assistenciais participantes do Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF) são transformados em refeições para milhares de pessoas em situação de risco

Carlos Rezende, da Agência Brasília

Criado há menos de um mês pelo Governo do Distrito Federal, o Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF) já é um sucesso. Além de beneficiar alunos de 78 escolas da rede pública, que recebem café da manhã, almoço e lanche da tarde feitos com produtos da agricultura familiar, 126 entidades de assistência social do DF já estão cadastradas para receber gêneros alimentícios que estão sendo transformados em refeições para cerca de 15 mil pessoas em situação de risco alimentar.
 
Nova lei distrital, sancionada neste mês pelo governador Agnelo Queiroz, permite a compra direta de produtos artesanais da agricultura familiar – a preço justo – pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Agricultura do DF (Seagri). Na outra ponta, esses alimentos são repassados gratuitamente para instituições credenciadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) que trabalham com crianças, adultos e idosos.
 
As cestas de alimentos são compostas por 36 tipos diferentes de frutas, legumes, verduras e tubérculos, produzidos organicamente, ou seja, sem a utilização de adubos ou defensivos químicos. Os valores pagos aos 880 produtores que participam do programa são calculados a partir da média de preços de cada produto praticado pela Ceasa durante os últimos seis anos.
 
Relevância – Os efeitos do Papa-DF já começam a ser sentidos pelas entidades. A administradora financeira Tatiana Marçal Ferreira, 33 anos, ressaltou a importância da iniciativa. Ela representa a Associação Centro de Educação Física Especial (Cetefe), entidade responsável pelo atendimento de cerca de 400 pessoas com deficiência, entre eles vários atletas paraolímpicos.
 
No Catefe, são servidos lanches e refeições para atletas que estão em preparação para competições ou em processo de reabilitação física. “Este apoio do GDF vai nos permitir utilizar o dinheiro que seria gasto com alimentação para comprar novos equipamentos”, explicou.
 
Outra entidade inscrita no programa é a casa de convivência Lares Humberto de Campos, que, desde 1987, atende diariamente 30 crianças e adolescentes carentes com cursos de informática, artesanato e brincadeiras pedagógicas. Elas frequentam a entidade após a escola. A diretora administrativa da entidade, Maria Laise Capstick, 60 anos, elogiou o apoio recebido pelo GDF. “É tão bom que as crianças possam usufruir de produtos frescos e de qualidade. Isso é essencial para que cresçam saudáveis”, avaliou.
 
O servidor aposentado César Achkar, 48 anos, é presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), também cadastrada no programa. Ele esclareceu que as dificuldades impostas pela deficiência visual muitas vezes não permitem que os estudantes e os trabalhadores almocem em casa. “Receber esses produtos está sendo uma grande ajuda, porque grande parte de nossos gastos é com a alimentação”, enfatizou.  
 
Cidadania – Para o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Daniel Seidl, o Papa-DF está conferindo cidadania e qualidade de vida aos moradores mais necessitados do DF. “Este é um passo importante para a criação de um mercado seguro para nossa agricultura, contribuindo para a superação da pobreza extrema na cidade e no campo”, destacou.
 
De acordo com o diretor de Segurança Alimentar da Ceasa, o agrônomo Marcelo Piccin, o fato de o Banco de Alimentos da Central ser o ponto de recebimento e distribuição dos produtos do Papa-DF e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal assegura o monitoramento e a fiscalização das entidades assistenciais enquadradas na Política de Assistência Social hoje estabelecida pelo GDF.
 
“Queremos aumentar o número de pontos de recebimento e distribuição de alimentos para outras cidades do DF, aproximando o produto dos locais onde eles serão preparados. Com isso, eles ficarão menos tempo no transporte, o que se traduzirá em maior qualidade”, enfatizou Piccin.

00021240

" /> Gêneros alimentícios recebidos por 126 entidades assistenciais participantes do Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF) são transformados em refeições para milhares de pessoas em situação de risco

Carlos Rezende, da Agência Brasília

Criado há menos de um mês pelo Governo do Distrito Federal, o Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF) já é um sucesso. Além de beneficiar alunos de 78 escolas da rede pública, que recebem café da manhã, almoço e lanche da tarde feitos com produtos da agricultura familiar, 126 entidades de assistência social do DF já estão cadastradas para receber gêneros alimentícios que estão sendo transformados em refeições para cerca de 15 mil pessoas em situação de risco alimentar.
 
Nova lei distrital, sancionada neste mês pelo governador Agnelo Queiroz, permite a compra direta de produtos artesanais da agricultura familiar – a preço justo – pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Agricultura do DF (Seagri). Na outra ponta, esses alimentos são repassados gratuitamente para instituições credenciadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) que trabalham com crianças, adultos e idosos.
 
As cestas de alimentos são compostas por 36 tipos diferentes de frutas, legumes, verduras e tubérculos, produzidos organicamente, ou seja, sem a utilização de adubos ou defensivos químicos. Os valores pagos aos 880 produtores que participam do programa são calculados a partir da média de preços de cada produto praticado pela Ceasa durante os últimos seis anos.
 
Relevância – Os efeitos do Papa-DF já começam a ser sentidos pelas entidades. A administradora financeira Tatiana Marçal Ferreira, 33 anos, ressaltou a importância da iniciativa. Ela representa a Associação Centro de Educação Física Especial (Cetefe), entidade responsável pelo atendimento de cerca de 400 pessoas com deficiência, entre eles vários atletas paraolímpicos.
 
No Catefe, são servidos lanches e refeições para atletas que estão em preparação para competições ou em processo de reabilitação física. “Este apoio do GDF vai nos permitir utilizar o dinheiro que seria gasto com alimentação para comprar novos equipamentos”, explicou.
 
Outra entidade inscrita no programa é a casa de convivência Lares Humberto de Campos, que, desde 1987, atende diariamente 30 crianças e adolescentes carentes com cursos de informática, artesanato e brincadeiras pedagógicas. Elas frequentam a entidade após a escola. A diretora administrativa da entidade, Maria Laise Capstick, 60 anos, elogiou o apoio recebido pelo GDF. “É tão bom que as crianças possam usufruir de produtos frescos e de qualidade. Isso é essencial para que cresçam saudáveis”, avaliou.
 
O servidor aposentado César Achkar, 48 anos, é presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), também cadastrada no programa. Ele esclareceu que as dificuldades impostas pela deficiência visual muitas vezes não permitem que os estudantes e os trabalhadores almocem em casa. “Receber esses produtos está sendo uma grande ajuda, porque grande parte de nossos gastos é com a alimentação”, enfatizou.  
 
Cidadania – Para o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Daniel Seidl, o Papa-DF está conferindo cidadania e qualidade de vida aos moradores mais necessitados do DF. “Este é um passo importante para a criação de um mercado seguro para nossa agricultura, contribuindo para a superação da pobreza extrema na cidade e no campo”, destacou.
 
De acordo com o diretor de Segurança Alimentar da Ceasa, o agrônomo Marcelo Piccin, o fato de o Banco de Alimentos da Central ser o ponto de recebimento e distribuição dos produtos do Papa-DF e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal assegura o monitoramento e a fiscalização das entidades assistenciais enquadradas na Política de Assistência Social hoje estabelecida pelo GDF.
 
“Queremos aumentar o número de pontos de recebimento e distribuição de alimentos para outras cidades do DF, aproximando o produto dos locais onde eles serão preparados. Com isso, eles ficarão menos tempo no transporte, o que se traduzirá em maior qualidade”, enfatizou Piccin.

00021240

">

23/02/2012 às 03:00

GDF fornece alimentos a entidades

Gêneros alimentícios recebidos por 126 entidades assistenciais participantes do Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF) são transformados em refeições para milhares de pessoas em situação de risco

Carlos Rezende, da Agência Brasília

Criado há menos de um mês pelo Governo do Distrito Federal, o Programa de Aquisição de Produtos da Agricultura (Papa-DF) já é um sucesso. Além de beneficiar alunos de 78 escolas da rede pública, que recebem café da manhã, almoço e lanche da tarde feitos com produtos da agricultura familiar, 126 entidades de assistência social do DF já estão cadastradas para receber gêneros alimentícios que estão sendo transformados em refeições para cerca de 15 mil pessoas em situação de risco alimentar.
 
Nova lei distrital, sancionada neste mês pelo governador Agnelo Queiroz, permite a compra direta de produtos artesanais da agricultura familiar – a preço justo – pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Agricultura do DF (Seagri). Na outra ponta, esses alimentos são repassados gratuitamente para instituições credenciadas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest) que trabalham com crianças, adultos e idosos.
 
As cestas de alimentos são compostas por 36 tipos diferentes de frutas, legumes, verduras e tubérculos, produzidos organicamente, ou seja, sem a utilização de adubos ou defensivos químicos. Os valores pagos aos 880 produtores que participam do programa são calculados a partir da média de preços de cada produto praticado pela Ceasa durante os últimos seis anos.
 
Relevância – Os efeitos do Papa-DF já começam a ser sentidos pelas entidades. A administradora financeira Tatiana Marçal Ferreira, 33 anos, ressaltou a importância da iniciativa. Ela representa a Associação Centro de Educação Física Especial (Cetefe), entidade responsável pelo atendimento de cerca de 400 pessoas com deficiência, entre eles vários atletas paraolímpicos.
 
No Catefe, são servidos lanches e refeições para atletas que estão em preparação para competições ou em processo de reabilitação física. “Este apoio do GDF vai nos permitir utilizar o dinheiro que seria gasto com alimentação para comprar novos equipamentos”, explicou.
 
Outra entidade inscrita no programa é a casa de convivência Lares Humberto de Campos, que, desde 1987, atende diariamente 30 crianças e adolescentes carentes com cursos de informática, artesanato e brincadeiras pedagógicas. Elas frequentam a entidade após a escola. A diretora administrativa da entidade, Maria Laise Capstick, 60 anos, elogiou o apoio recebido pelo GDF. “É tão bom que as crianças possam usufruir de produtos frescos e de qualidade. Isso é essencial para que cresçam saudáveis”, avaliou.
 
O servidor aposentado César Achkar, 48 anos, é presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais (ABDV), também cadastrada no programa. Ele esclareceu que as dificuldades impostas pela deficiência visual muitas vezes não permitem que os estudantes e os trabalhadores almocem em casa. “Receber esses produtos está sendo uma grande ajuda, porque grande parte de nossos gastos é com a alimentação”, enfatizou.  
 
Cidadania – Para o secretário de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do DF, Daniel Seidl, o Papa-DF está conferindo cidadania e qualidade de vida aos moradores mais necessitados do DF. “Este é um passo importante para a criação de um mercado seguro para nossa agricultura, contribuindo para a superação da pobreza extrema na cidade e no campo”, destacou.
 
De acordo com o diretor de Segurança Alimentar da Ceasa, o agrônomo Marcelo Piccin, o fato de o Banco de Alimentos da Central ser o ponto de recebimento e distribuição dos produtos do Papa-DF e do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do governo federal assegura o monitoramento e a fiscalização das entidades assistenciais enquadradas na Política de Assistência Social hoje estabelecida pelo GDF.
 
“Queremos aumentar o número de pontos de recebimento e distribuição de alimentos para outras cidades do DF, aproximando o produto dos locais onde eles serão preparados. Com isso, eles ficarão menos tempo no transporte, o que se traduzirá em maior qualidade”, enfatizou Piccin.

00021240

Por