Operários que disputarão torneio no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha arrecadam uma tonelada em alimentos e entregam a instituições de Ceilândia
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15/03/2012 às 03:00
Operários que disputarão torneio no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha arrecadam uma tonelada em alimentos e entregam a instituições de Ceilândia
Ailane Silva e Suzano Almeida, da Agência Brasília
A bola vai rolar no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Mas ainda não é a Copa do Mundo nem o primeiro grande evento esportivo que será realizado na cidade – a Copa das Confederações, em junho de 2013. Trata-se da Copa Solidária Operários da Bola, que reunirá 64 times, com 12 componentes cada, formados por trabalhadores responsáveis pela construção do palco do maior evento esportivo do mundo. Antes de a bola rolar no campo montado no estádio em obras, no entanto, os operários deram a partida com solidariedade.
Na manhã desta quinta-feira (15), eles entregaram uma tonelada de alimentos à Casa da Criança Ana Maria Ribeiro (Criamar) e ao Abrigo dos Excepcionais de Ceilândia (Abrigoaec). Os alimentos foram doados por cada trabalhador inscrito na competição. “Além de ser uma demonstração de solidariedade, esta ação oferece um momento de integração e descontração entre os trabalhadores”, destacou o técnico em Medição, Jefferson César Nascimento.
A ação realizada por iniciativa dos próprios operários despertou muitos sorrisos e esperança entre as pessoas das instituições contempladas. Segundo o diretor da Criamar, Dirson Teixeira Faria, a Casa tem passado por grandes dificuldades, por isso a doação acontece em boa hora. “Estes alimentos chegam num momento muito difícil e vêm para amenizar a situação. Os nossos recursos são poucos, e precisamos reformar e ampliar o espaço. Com essa doação, em vez de comprar alimentos, poderemos investir em outras coisas”, comemorou.
A Criamar existe desde 1972 e abriga cerca de 50 crianças e adolescentes que são destinados ao local pela Vara da Infância e pelo Conselho Tutelar. A maioria são filhos de pais usuários de drogas. Além disso, também passam pela Casa crianças vítimas de violência e de negligência.
“Ontem mesmo recebemos três crianças que estavam na “cracolândia” de Ceilândia, em situação deplorável, com os pais usuários de crack. Então precisamos muito desta ajuda”, completa o diretor.
Representantes dos operários que participaram do torneio também se emocionaram ao entregarem as doações às instituições. Francisco Antonio Pereira da Silva, mais conhecido pelos colegas como Boiadeiro, é encarregado na obra do ENB Mané Garrincha e se emocionou ao ver tantas expressões de alegria. “O sentimento é este: de se arrepiar todo de felicidade por ajudar as pessoas que realmente precisam”, descreveu Boiadeiro.
As doações também foram levadas ao Abrigo dos Excepcionais de Ceilândia. Nele, os operários defrontaram-se com a realidade de quem foi abandonado pela família por portar necessidades especiais – ou simplesmente porque a família não tinha condições de cuidar deles. Criado em maio de 1973, o Abrigoaec está com sua lotação máxima – 65 internados. Alguns deles estão desde a fundação, outros perderam o contato com a família e passam seus dias sob os cuidados dos 35 funcionários que se desdobram no trabalho diário.
“Para nós estas doações são de grande valia, porque dependemos muito da ajuda da comunidade. A verba que recebemos nem sempre cobre todas as despesas. É maravilhoso saber que todo o mundo, desde o mais humilde até o mais rico, pode ajudar. Isso é uma graça na vida, uma benção de Deus, ao tocar o coração dessas pessoas para também ajudar”, agradeceu a psicóloga técnica-executora da Abrigoaec, Vera Lúcia Moreira.
Mulheres em campo – Dos 3 mil operários que trabalham na obra, mil estão inscritos em times com 12 jogadores cada, todos com nomes de seleções. Além dos nomes, as mulheres terão a oportunidade de jogar no campo do Mané Garrincha: quatro dos times escalados são femininos.
“O mais importante não é quem vai ganhar o campeonato. O importante é a gente participar e organizar mais torneios como este, para ajudar quem realmente precisa”, disse Boiadeiro.
A Copa – As competições ocorrerão em duas fases. A primeira, distribuída em dois tempos de dez minutos, é eliminatória. Já na segunda, serão dois tempos de 15 minutos. O término da competição está previsto para 21 de abril, quando se comemora o aniversário de Brasília.
Para os finalistas haverá premiação. Os três primeiros colocados receberão troféus e os 12 jogadores de cada um deles, medalhas de ouro, prata e bronze. O maior artilheiro e goleiro menos vazado também receberão medalhas.
Responsabilidade Social – Após demonstrar a preocupação em oferecer bem-estar e contribuir com a qualidade de vida dos operários, o estádio obteve o certificado SA 8000 (Social AccountAbility 8000). O selo atesta a aplicação de práticas sociais de emprego e foi criado com base nas normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Declaração Universal dos Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Obras em andamento – Com 52% de sua execução concluídos, a arena é uma das mais adiantadas do Brasil. Os mais de 3 mil operários da obra já finalizaram a arquibancada inferior e a intermediária está em estágio avançado. O local receberá grandes eventos internacionais, como a Copa do Mundo de 2014 e a Copa das Confederações (2013). A estrutura terá capacidade para cerca de 70 mil pessoas e também poderá sediar eventos e shows de grande porte.
Serviço
Os interessados em ajudar as instituições podem entrar em contato pelos números: 3581-7578 (Criamar) e 3585-1905 (Abrigoec).