Memorial dos Povos Indígenas recebe mostra que relaciona os saberes tradicionais e as novas tecnologias
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19/04/2012 às 12:05
Memorial dos Povos Indígenas recebe mostra que relaciona os saberes tradicionais e as novas tecnologias
Victor Ribeiro, da Agência Brasília
Hoje é o Dia do Índio e, para comemorar, o Memorial dos Povos Indígenas (MPI) recebe a exposição Mundo em Movimento: saberes tradicionais e novas tecnologias. A mostra apresenta o universo indígena do Brasil e sua produção artística e cultural, além de uma ampla coletânea de registros audiovisuais. Todo o acervo é resultado de projetos realizados com a participação de indígenas das etnias representadas. O visitante tem acesso a objetos, textos, fotos, vídeos, músicas e falas que revelam de forma lúdica, saberes e rituais de 55 etnias documentadas.
“Essa exposição traz para o Distrito Federal a rica diversidade cultural que as populações indígenas ofereceram e oferecem para o país ao longo desses 500 anos de história”, comemora o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira. “Estamos vivendo uma etapa de reconstrução institucional, de credibilidade e também física dos espaços”, acrescenta.
No pátio central, o público também pode conferir o Jardim Sonoro. É um corredor com 14 monitores portáteis que permitem a interatividade para escuta de 18 sonoridades, com falas e cantosindígenas.
Para esta semana estão previstas, em média, visitas de três grupos escolares por dia. A média se mantém na agenda da próxima semana. Isso porque há um grande interesse das crianças e dos jovens em descobrir a cultura indígena além do que é ensinado nas salas de aula.
A professora de ensino fundamental Adriana Gonzaga já havia visitado a mostra e voltou, dessa vez com a prima e três filhos – incluindo uma menina de colo. “Eles veem os índios nos livros da escola e acham que aquilo tudo é imaginário. Aqui eles podem ver que essa cultura tão rica realmente existe”, afirma.
Para a estudante Suellen da Silva Ribeiro, essa é uma oportunidade de conhecer manifestações culturais diferentes. “Nunca tive contato com a cultura indígena. Espero encontrar muitas novidades”, disse, ao entrar no Memorial dos Povos Indígenas.
Novas tecnologias – A curadoria da mostra é feita pelo diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho. A instituição coordena desde 2009 um projeto de documentação de hábitos e manifestações culturais indígenas, que também capacita pessoas dessas populações para usar novas tecnologias. “Não é uma exposição sobre os índios, mas feita com os índios, com participação direta e engajamento”, destaca Levinho.
O projeto elaborado pelo Museu do Índio prevê que os espaços que recebem a exposição sejam modificados, regularmente, durante o período de sua exibição. O objetivo é que os nichos sofram mudanças completas durante as oficinas que acontecerão com os índios dentro do espaço do Memorial. “Trata-se de um verdadeiro laboratório experimental para os povos indígenas”, explica o curador.
O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, afirma que a mostra é um marco no processo de fortalecimento institucional do órgão, que é vinculado ao Ministério da Justiça.
Memória e respeito – O secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira, lembra que, há 15 anos, o Memorial dos Povos Indígenas estava fechado e abriu suas portas para prestar a última homenagem a uma vítima da intolerância étnica. “No dia 20 de abril de 1997, ocorreu o assassinato feroz do índio pataxó Galdino, num ponto de ônibus da Asa Sul. Ele veio passar o Dia do Índio na capital da República e teve o corpo incendiado por jovens de classe média do Plano Piloto”, recorda.
Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a exposição contribui para o conhecimento sobre a cultura e o respeito aos povos indígenas: “Conhecer a cultura indígena é também uma forma de respeitar a sua diversidade”.
Reconstrução institucional – O evento pretende resgatar para o Memorial dos Povos Indígenas a sua vocação inicial, idealizada pela antropóloga Berta Ribeiro. Isso é, a sua consolidação como um centro irradiador de informações e debate da causa indígena, agora, com a participação permanente dos povos indígenas.
A exposição é uma realização da Secretaria de Cultura do Distrito Federal, da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Museu do Índio, em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a Fundação Banco do Brasil e a Eletrobras.
Serviço
Exposição Mundo em Movimento: saberes tradicionais e novas tecnologias
De terça a sexta-feira, das 9 às 18 horas. Sábados, domingos e feriados, das 10 às 18 horas
Local: Memorial dos Povos Indígenas – Eixo Monumental Oeste, Praça do Buriti, Brasília.
Entrada franca
Classificação: livre