Secretaria de Segurança inaugura Escola Penitenciária

 A segurança dos presídios do Distrito Federal, considerada uma referência em todo o país, é assunto prioritário para o Governo do Distrito Federal (GDF). A capacitação e atualização constantes de profissionais de segurança pública que atuam no sistema prisional é condição essencial para, além de manter esse status, aprimorá-lo cada vez mais. Por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF), o GDF apostou nisso e deu condições para a construção da sede da Escola Penitenciária do DF (EPEN), com o apoio do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), do Ministério da Justiça (MJ). A inauguração das instalações ocorreu ontem, 3 de julho.

Durante a cerimônia, realizada no Complexo Penitenciário da Papuda, o secretário-adjunto da SSP/DF, Cel Jooziel de Melo Freire, representou o secretário Sandro Avelar, que havia sido convocado para uma reunião sobre segurança na Copa do Mundo da FIFA de 2014, no Rio de Janeiro. Também estiveram presentes, compondo a mesa da solenidade, o subsecretário do Sistema Penitenciário do DF, Cláudio Magalhães; o coordenador-geral do Sistema Penitenciário, João Feitosa; o diretor da EPEN, Murilo da Cunha; a secretária-adjunta da Secretaria de Estado da Criança do DF, Catarina Pereira de Araújo; e a coordenadora-geral do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN), do MJ, Mara Barreto. “Nosso objetivo é oferecer, ainda este ano, três mil vagas para diferentes cursos. Temos apenas 11 servidores e vamos conseguir atender mais pessoas do que a França, onde a escola penitenciária conta com 240 colaboradores e formou 2.700 alunos em 2010, e 2.900 em 2011”, garantiu Cunha durante o seu discurso.

Histórico – A EPEN foi criada pelo governador Agnelo Queiroz por meio do decreto 33217/2011 e funciona na Penitenciária do Distrito Federal II (PDF II), no Complexo Penitenciário da Papuda.  A escola oferece cursos como o de intervenção rápida em recintos carcerários, gerenciamento de crise, inglês, espanhol, arma calibre .40, elaboração de projeto, gestão de pessoas e liderança, criminologia, entre outros. Além dos profissionais do sistema prisional e socioeducativo do DF, servidores de sistemas prisionais e socioeducativas de outras Unidades da Federação também podem participar das aulas.

Todo o conteúdo ministrado durante os cursos está baseado no respeito aos Direitos Humanos e na garantia do Estado Democrático de Direito. Os professores, em grande parte, integram a Direção de Operações Especiais (DPOE), formada por agentes penitenciários da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Criada em 2000, a DPOE traz na extensa lista de bons serviços prestados o mérito de não ter sido deflagrada nenhuma rebelião na Papuda desde o início da atuação desses policiais civis.