O Distrito Federal terá, a partir de novembro, locais específicos para o descarte de restos de material de construção. Três ecopontos, espaços que receberão pequenos volumes de entulho, serão instalados nas cidades de Ceilândia, Gama e Planaltina. Eles serão as primeiras das 100 unidades previstas no Plano de Intervenção de Resíduos do GDF. Outros 60 ecopontos serão instalados até 2013 e o restante, em 2014. Com essa iniciativa, o governo pretende eliminar os cerca de 570 pontos de depósito irregular de lixo, entre terrenos baldios, praças e parques, mapeados no Distrito Federal.
“Não adianta proibir de colocar o entulho em bota-foras se não oferecemos outros locais. Ao invés do carroceiro jogar os restos de materiais de construção e de reforma de imóveis em um terreno qualquer, ele depositará o entulho em caçambas”, explicou o assessor especial da Secretaria do Meio Ambiente, Paulo Celso dos Reis. “A proposta é eliminar os bota-foras clandestinos. Os ecopontos vão melhorar a qualidade de vida da população”, completou.
Cada ecoponto contará com 10 caçambas e apenas carroceiros e veículos com pequenos volumes de resíduos de construção terão acesso a eles. Os ecopontos funcionarão em terrenos do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) e só receberão material de pequenos geradores.
O DF conta hoje com o Lixão da Estrutural, que recebe o lixo domiciliar, de construção e os volumosos, como sofás, geladeiras, armários, móveis e fogão, entre outros. O SLU conta ainda com as estações de tratamento de lixo da L4 Sul e do Setor P Sul, em Ceilândia, que funcionam abaixo da capacidade, com o processamento de apenas 200 toneladas por dia. O lixo domiciliar do DF é de 2,6 mil toneladas diárias, enquanto o de restos de materiais de construção e os volumosos chega a 6 mil toneladas.
Plano de Intervenção dos Resíduos Sólidos – Em dezembro do ano passado, o governador Agnelo Queiroz assinou o Decreto n° 33.445, que aprovou o Plano de Intervenção Técnico Político de Gestão dos Resíduos Sólidos no Distrito Federal. O plano prevê a extinção do Lixão da Estrutural por meio de três ações principais: coleta, tratamento e deposição final. “Temos um passivo ambiental no lixão da Estrutural de 30 milhões de toneladas de lixo enterrado. Temos que estancar esse fluxo de resíduos para lá e dar uma destinação adequada”, lembrou o assessor. O plano estabelece três medidas principais para reverter a situação atual: a construção do aterro sanitário de Samambaia e de oito áreas para reciclagem de resíduos da construção civil, além de galpões de triagem para cooperativas de catadores. Os terrenos para instalação das oito áreas para reciclagem de resíduos já foram doados pela Terracap à Secretaria do Meio Ambiente. Eles estão localizados entre Santa Maria e Gama, Samambaia, Estrutural, na entrada do Lago Norte, Paranoá, São Sebastião, Planaltina e Ceilândia. Esses oito locais receberão os resíduos sólidos dos 100 ecopontos.
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