04/12/2012 às 20:44, atualizado em 12/05/2016 às 17:54

Campanha do Laço Branco

Primeira-dama, Ilza Queiroz, participa da iniciativa de combate à violência contra mulheres

Por Marôa Pozzebom, da Secom


. Foto: Mary Leal

No dia em que é comemorado o início da Campanha do Laço Branco em todo o Brasil, a primeira-dama, Ilza Queiroz, a secretária da Mulher, Olgamir Amancia, e a deputada Arlete Sampaio participaram da abertura da campanha na Câmara Legislativa do Distrito Federal para alertar os homens, envolvê-los e mobilizá-los no engajamento pelo fim da violência contra as mulheres.

A primeira-dama lembrou que essa ação marca um dia histórico e simboliza a luta das mulheres de todo o mundo contra a violência, seja ela por meio de agressão física, preconceito e até mesmo assassinato.

“Não é aceitável nenhum ato de violência, pois não é a mulher a única vitimada, mas toda sua família e, consequentemente, a sociedade. Precisamos desconstruir essa concepção patriarcal no Brasil e no mundo. A mulher, ao longo de sua luta pela igualdade de gêneros, caminhou a passos largos, mas ainda não conseguiu superar ações ameaçadoras. É preciso matar esse monstro interno dentro de todos nós e difundir mais paz em todo o país”, ressaltou Ilza Queiroz.

Já a deputada distrital Arlete Sampaio distribuiu broches com laços brancos, que simbolizam a campanha. A iniciativa faz parte do calendário de atividades do mandato pelos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. “A distribuição dos laços simboliza um apelo e serve para provocar um momento de reflexão nos homens”, afirmou.

A Secretaria de Estado da Mulher, por sua vez, apresentou o vídeo “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha” e destacou a importância da campanha internacional pelo fim da violência contra as mulheres e pela conscientização de toda a sociedade. “É necessário buscar recursos para a efetivação de políticas públicas no combate à violência contra as mulheres. Essa luta não é somente delas, e sim uma tarefa de toda a sociedade”, ressaltou a secretária Olgamir Amancia.

Histórico – No dia 6 de dezembro de 1989, um rapaz de 25 anos (Marc Lepine) invadiu uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, no Canadá. Ele ordenou que os homens se retirassem da sala e gritou para as mulheres, que ali permaneceram: “vocês são todas feministas?”. Enfurecidamente começou a atirar e assassinou 14 mulheres à queima roupa. Em seguida, suicidou-se. O rapaz deixou uma carta na qual afirmava que havia feito aquilo porque não suportava a ideia de ver mulheres estudando engenharia, um curso tradicionalmente dirigido ao público masculino.

No Brasil, algumas iniciativas começaram a ser delineadas em 1999. Com o objetivo de ampliar a rede, em 2001 foi realizado o lançamento oficial da campanha, que promove diferentes atividades, entre elas: distribuição de laços brancos, camisetas e folhetos informativos; realização de eventos públicos, caminhadas, debates, oficinas temáticas, entrevistas para jornais e revistas; coleta de assinaturas e termos de adesão à campanha etc. Essas atividades foram desenvolvidas em parceria com diferentes instituições, particularmente organizações do Movimento de Mulheres.