05/12/2012 às 17:20, atualizado em 12/05/2016 às 17:54

Começa o 7º Encontro Nacional da Indústria

Governador Agnelo Queiroz participou da abertura do evento, que vai discutir os desafios e o futuro da Indústria no Brasil

Por Da Redação


. Foto: Roberto Barroso

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, participou da abertura do 7º Encontro Nacional da Indústria ao lado da presidenta Dilma Rousseff. Com o tema “O Futuro da Indústria”, o evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) vai discutir, hoje e amanhã (6), assuntos como produtividade, investimento, infraestrutura, inovação, tecnologia, educação, economia, política e sustentabilidade. Aproximadamente 2 mil pessoas, entre empresários e líderes de entidades de representação da indústria e do governo, devem participar do encontro, realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

Durante o evento, serão apresentados painéis e palestras com o objetivo de debater os desafios das empresas brasileiras para aumentar a competitividade. “Vamos discutir caminhos para um país mais próspero, socialmente justo e ambientalmente equilibrado”, ressaltou o presidente da CNI, Robson de Andrade.

A presidenta Dilma Rousseff destacou educação, tecnologia e inovação como áreas essenciais para uma economia forte e sustentável. Entre as ações de incentivo do governo, ela citou a redução de tributos e de tarifas de energia elétrica e os investimentos em educação. “É preciso apostar em capacitação, desde a educação básica à superior”, afirmou a presidenta, que assinou decretos e medidas provisórias para ampliar ações como bolsas e programas de financiamento estudantil.

Cenário – No Distrito Federal, a indústria responde por 6,58% da economia, de acordo com a Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan).Para estimular o setor, o governo está levando adiante projetos como o Polo JK e o Parque Tecnológico Capital Digital. O primeiro, situado em Santa Maria, vai abrigar indústrias de grande porte e sedes corporativas, gerando empregos para uma população de mais de 365 mil pessoas da região e do Entorno e descentralizando os postos de trabalho no Plano Piloto.

“Até pouco tempo, o Distrito Federal não disputava as oportunidades que o mercado mundial oferecia. Agora, Brasília está despertando o interesse dos empreendedores internacionais. Para atrairmos investidores, temos que mostrar a união dos poderes com o setor produtivo. Com o Parque, por exemplo, o DF consolidará sua vocação para a área de Tecnologia da Informação, que responde pela terceira força do país”, ressalta o governador Agnelo Queiroz.

Já o Parque Tecnológico ficará em uma área de 123 hectares na Granja do Torto, que vai receber laboratórios e empresas de Tecnologia da Informação, além de estabelecimentos comerciais no setor de serviços. A estimativa é de gerar cerca de 80 mil novos empregos e dobrar o faturamento do segmento de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) no DF, para R$ 6 bilhões até 2017.

Segundo o estudo da Fibra, a preocupação dos empresários com a falta de mão de obra qualificada caiu de 38,5% para 10%. Programas de capacitação, como o Qualificopa, do DF, e o Pronatec, do governo federal, estão entre os responsáveis pela especialização na área.

Redução de custos – Durante a abertura, foram destacadas algumas medidas de estímulo ao setor da indústria. O presidente da CNI elogiou a redução de 16,7% nas tarifas de energia elétrica em 2013, anunciada ontem pelo governo federal. Dilma Rousseff reafirmou, em seguida, a intenção de diminuir ainda mais os índices. “A redução da tarifa de energia é um compromisso diante do qual o governo federal não irá recuar”, garantiu a presidenta.

A preferência pela produção brasileira foi outra necessidade apontada por Dilma Rousseff. “Temos de dar prioridade aos produtos nacionais nas licitações, como já ocorre em outros lugares do mundo”, enfatizou. “Somos um país de pessoas criativas. Se somarmos essa qualidade à ciência, tecnologia e inovação, iremos longe”, acrescentou.

Robson de Andrade também apontou a importância da modernização das relações trabalhistas e da definição de uma alíquota única para o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços). “Isso acabará com a guerra fiscal e a insegurança jurídica”, assegurou.

Estavam também presentes no evento os ministros da Educação, Aloizio Mercadante; da Previdência Social, Garibaldi Alves; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel; do Trabalho e Emprego, Brizola Neto; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, e da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, entre outras autoridades.

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