06/12/2012 às 19:11, atualizado em 12/05/2016 às 17:54

Amigo de Niemeyer, arquiteto Salviano Guimarães faz homenagem emocionada

Diretor Administrativo e Financeiro da Codeplan, ex-chefe da Assessoria Internacional do GDF e ex-presidente da Câmara Legislativa do DF, ele já atuou em projetos do grande arquiteto

Por Da Redação

“Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar o que representa o Oscar Niemeyer. Eu tenho a impressão que, daqui a mil anos, quando forem falar de Brasil ou descobrirem esse lugar, vão falar de Oscar Niemeyer. Brasília reúne boa parte do acervo dessas obras lindas dele. Mas, antes de mais nada, Oscar Niemeyer não era apenas o gênio das formas, era um humanista, um sonhador, um homem de bem com todos.
 

Conheci Niemeyer em 1964, ainda como estudante de arquitetura. Depois de formado, encontrei-o em projetos no Brasil e na Argélia. Quando as portas do Brasil se fecharam para ele, o governo francês o convidou para fazer a sede do Partido Comunista, na França. E foi no ateliê que eu tinha na minha casa que trabalhamos os projetos que seriam desenvolvidos na Argélia. Eu o ajudava como cooperante técnico. E ele levou suas obras para se somarem ao momento que a Argélia estava vivendo.
 

A lembrança que levo de Oscar Niemeyer é de um homem que aprendi a admirar. E levo, ainda, a lembrança de seu sorriso, porque era um homem alegre, um homem de bem com a vida”.