11/07/2013 às 18:14

Universíade pode ampliar equipamentos esportivos de Brasília

Secretários do GDF acreditam que competição na capital será legado para desenvolvimento

Por Mariana Monteiro, da Agência Brasília


. Foto: Divulgação

KAZAN (Rússia – 11/07/13) – A possível realização da Universíade – competição mundial com a participação de mais de 12 mil atletas – em 2019 em Brasília deixará um legado importante para a cidade com a construção de equipamentos para diversas modalidades esportivas na cidade.

 

“Teremos que construir muitos espaços novos para realizar as provas, além dos ginásios Nilson Nelson e Cláudio Coutinho, estádio Mané Garrincha e Autódromo Nelson Piquet”, revelou o secretário de Esporte, Júlio Ribeiro, após uma semana em Kazan, na Rússia, para observar a competição que vai até o próximo dia 17.

 

Além dos espaços que deverão ser construídos para receber os jovens universitários de todo o mundo, a competição na capital federal também alavancaria o esporte brasiliense, reforçaria a infraestrutura para o cidadão e traria desenvolvimento com o aumento de renda e geração de empregos.

 

“Estou confiante e esperançoso para sediarmos a Universíade, porque se acontecer, de fato teremos avanços para o esporte no Distrito Federal”, completou Ribeiro. Brasília pleiteia, com Baku e Budapeste, sediar a Universíade 2019.

 

Para o dirigente da Secretaria de Turismo, Luís Otávio Neves, qualquer evento que aconteça em Brasília, seja ele nacional ou internacional, científico, de lazer ou esportivo, é de grande valia para a promoção da cidade.

 

“Em Brasília, por exemplo, um turista estrangeiro gasta em média 350 dólares por dia, deixando grandes receitas no local, ampliando o desenvolvimento econômico e também na geração de renda e emprego”, revelou Neves.

 

VOLUNTÁRIOS – Durante os dias na Rússia, os secretários puderam observar aspectos da estrutura dos jogos, como voluntariado, alojamento de atletas, atendimento aos turistas, segurança, transporte, equipamentos esportivos, credenciamento e alimentação, entre outros.

 

“Podemos levar daqui, por exemplo, a questão do atendimento dos voluntários. Em Kazan são 20 mil pessoas ajudando, orientando; o turista se sente encontrado”, pontuou Neves, ao destacar que, no jogo de abertura da Copa das Confederações realizado em Brasília, o número de voluntários inscritos para trabalhar foi baixo.

 

Em Kazan os voluntários estão por toda a parte praticamente 24 horas por dia, todos os dias, não somente nos locais onde as provas são realizadas, mas também nos pontos turísticos e shoppings.

 

Já o secretário de Esportes elogiou a infraestrutura construída para receber as competições que, segundo ele, só foram 100% concluídas às véspera da abertura da Universíade.

 

“A estrutura é sensacional. Fiquei impressionado com as instalações e complexos, todos em perfeitas condições, além, é claro, da pontualidade”, disse Ribeiro.

 

COMUNICAÇÃO – Um ponto negativo registrado pelos representantes do GDF nos jogos em Kazan foi a dificuldade de comunicação entre os turistas e os russos, uma vez que a maioria da população local não domina o inglês ou, ainda, fala e entende mal.

 

“Acredito estarmos melhor preparados para receber o turista estrangeiro do que os russos. E não apenas pelo domínio do inglês e também do espanhol, mas pela comunicação visual da cidade. Em Brasília, nós nos preocupamos em fazer placas com tradução e na Rússia, não”, observou Neves.

 

(M.M.)