13/07/2013 às 20:56

Mais um grileiro é preso em Taguatinga

Ação da Secretaria de Ordem Pública (Seops) e da Polícia Civil impediu parcelamento de área pública que poderia render até R$1,5 milhão a corretor de imóveis

Por da Secretaria de Ordem Pública e Social


. Foto: Flávio Barbosa/SEOPS

TAGUATINGA (13/7/13)- Um corretor de imóveis foi preso na manhã de hoje enquanto negociava lotes em área pública pertencente à Terracap no Assentamento 26 de Setembro, em Taguatinga- a segunda prisão de grileiro no mesmo setor apenas esta semana.

“Recebemos uma denúncia de que ele negociava lotes aos sábados na região e enviamos uma equipe ao local, que realizou a prisão com o apoio da Polícia Civil”, explicou o secretário da Ordem Pública e Social (Seops), José Grijalma Farias.

 

No momento da abordagem feita pelos agentes da Seops e da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), o suspeito, de 59 anos, estava com o carro estacionado em área próxima à Chácara 11A, onde os lotes eram oferecidos.

 

Na vistoria do veículo, foram encontrados mapas e documentos que comprovavam a intenção de venda dos terrenos ilegais.

 

Ele possui registro ativo no Conselho Regional dos Corretores de Imóveis (Creci), que será informado sobre a atuação ilegal do acusado por meio de ofício.

 

O corretor foi autuado em flagrante e, em caso de condenação, poderá ficar até cinco anos preso, além de ter que pagar multa que pode chegar a 100 salários mínimos.

 

“Ele preferiu não se manifestar durante o depoimento, mas iremos investigar se há participação de mais pessoas na venda ilegal de lotes na região”, informou o delegado-substituto da Dema, Richard Moreira.

 

LOCAL- A Chácara 11A tinha quase dois hectares, estava cercada com arame farpado, e havia somente uma edificação em madeira erguida.

 

Ao todo, o lote poderia render até R$1,5 milhão, porque seria divido em 39 lotes de 400 m² e cada um seria vendido por até R$40 mil.

 

“É mais um grileiro preso e um parcelamento que não vai vingar graças ao trabalho do GDF. O recado está dado para quem ainda pensa em lucrar com a venda de lotes públicos”, avisou o secretário Farias.

 

Esta é a quinta prisão por suspeita de grilagem de terras no Assentamento 26 de Setembro realizada este ano –a última ocorreu na segunda-feira (8), na chácara 27, local próximo ao da prisão deste sábado.

 

Na área, outro grileiro negociava 115 lotes divididos em um terreno de cinco hectares, cada um ao custo de R$40 mil também e a polícia vai investigar se há relação entre os dois casos.

 

(H.O/M.M)