10/08/2013 às 18:18

“DF Alfabetizado” forma mais de 2,8mil alunos

Curso é voltado para jovens maiores de 15 anos, adultos e idosos e serve de porta de entrada para a Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Por Helton Oliveira, da Agência Brasília


. Foto: Dênio Simões – 10/08/2013

 BRASÍLIA (10/8/13)- Mais de 2,8mil participantes do “DF Alfabetizado”- programa voltado para jovens maiores de 18 anos, adultos e idosos- receberam o certificado de conclusão do curso hoje e estão aptos para ingressar na rede pública de ensino, através da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

 

“Pra mim mesmo era difícil andar nessa grande capital que eu ajudei a construir. Agora, alfabetizado, estou conhecendo e enxergando ela de verdade, por conta da leitura”, disse emocionado o tapeceiro Nestor Nunes Costa, de 61 anos. Ele afirmou que pretende continuar os estudos.

 

Ao todo, a edição 2013 do “DF Alfabetizado” teve 4 mil matriculados – os formados hoje, mais 1,2mil que ainda estão estudando e devem concluir o curso, que tem duração máxima de seis meses, até o fim do ano. Na primeira edição, ano passado, 3,3mil jovens e adultos foram alfabetizados.

 

“No DF ainda temos 3% da população analfabeta, cerca de 60 mil pessoas. Não nos satisfaz apenas reduzir esse número, vamos zerar”, destacou Agnelo Queiroz durante formatura dos alunos, ao anunciar que Brasília será a primeira cidade do Brasil livre do analfabetismo.

 

Mais de 400 voluntários participam como alfabetizadores e coordenadores voluntários e recebem bolsa-auxílio do Ministério da Educação no valor de R$400 e R$600, respectivamente. A partir de agora, esse benefício será completado pelo GDF com mais R$400 mensais para todos.

 

“Não tem nada que pague o nosso serviço, é um trabalho muito gratificante, além de ensinar, aprendo muito com a bagagem de vida que eles (alunos) têm”, contou a alfabetizadora Maria de Lourdes Ribeiro, da Associação dos Idosos da Ceilândia Sul.

 

Para o secretário de Educação, Denilson Bento, o importante é que os participantes deem continuidade aos estudos. “Esperamos que eles venham, concluam o ensino fundamental, o ensino médio e, quem sabe, cheguem ao nível superior”, argumentou.

 

Entre os estudantes do programa, a maioria é mulher e tem mais de 50 anos. Segundo a Secretaria de Educação, são adultos que ficaram fora da escola ou abandonaram os estudos muito cedo.

 

(H.O./M.D.)