Projeto "Brasil 4D" atenderá moradores de Ceilândia e Samambaia em março

" /> Projeto "Brasil 4D" atenderá moradores de Ceilândia e Samambaia em março

">

08/02/2014 às 10:04

Famílias do DF terão acesso a 1ª TV pública digital e interativa do mundo

Projeto “Brasil 4D” atenderá moradores de Ceilândia e Samambaia em março

Por Da Redação


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (8/2/2014) – A partir do dia 17 de fevereiro, 300 famílias de Ceilândia e Samambaia, beneficiadas pelos programas “Bolsa Família” e “DF Sem Miséria”, terão acesso a serviços do governo federal e do GDF, por meio do projeto-piloto “Brasil 4D”, que  traz a primeira TV pública, digital e interativa do mundo.

 

Com um simples toque no controle remoto, será possível consultar vagas de emprego, oportunidades de capacitação profissional, calendário de vacinação, além de conteúdo e serviços bancários e de aposentadoria. Informações sobre os programas de apoio à mulher também estarão disponíveis. A expectativa é que em dez anos o projeto alcance mais de 13 milhões de famílias.

 

O produto, que é coordenado pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), passará por testes e receberá o acompanhamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A ideia é fazer uma pesquisa de campo e divulgar um documentário. Com isso, será possível saber se os canais estão sendo ou não assistidos e se o morador está ou não interagindo de alguma forma com o que está sendo veiculado.

 

“É a primeira experiência em um canal de serviço que une inovação, audiovisual digital interativo, cultura e inclusão social via controle remoto da TV”, afirmou Cosette Castro, pesquisadora e professora da Universidade Católica de Brasília, que também está envolvida no projeto.

 

VARIEDADE – Informações sobre a “Carreta da Mulher”, Saúde da Família, calendário de vacinas, localização e serviços dos Centros de Saúde , além de jogos interativos, estarão inseridas na multiprogramação do projeto.

 

Também serão transmitidas mensagens sobre os serviços de acolhimento às mulheres vítimas de violência e os projetos “Prospera Mulher” e “Rede Mulher Artesã”, além de um depoimento da própria Maria da Penha.

 

“Será importante para as mulheres que terão informações sobre os seus direitos e sobre como se prevenir da violência, além de descobrir formas de obter a sua emancipação. A TV interativa contribui para democratizar o acesso à informação”, ressaltou a secretária da Mulher, Olgamir Amancia.

 

FUNCIONAMENTO – Um conversor digital será instalado na televisão da casa da família, acompanhado de um controle remoto e uma antena. Ao ligar a TV e sintonizar o canal 2, TV Brasil, aparecerá na tela um tutorial para facilitar o entendimento e a escolha do serviço para o qual o cidadão deseja atendimento.

 

Os testes começaram no ano passado em João Pessoa, onde 100 famílias tiveram acesso à plataforma Ginga, criada e desenvolvida no Brasil. Por meio de um conversor, na tela da TV, os moradores puderam conferir ofertas de empregos, os cursos de capacitação e a orientações para obtenção de documentos, além de informações sobre serviços e benefícios do governo federal, como aposentadoria, campanhas de saúde e programas “Bolsa Família” e “Brasil Carinhoso”, entre outros.

 

Segundo o coordenador e idealizador do “Brasil 4D”, André Barbosa, foi constatada uma economia de R$ 12 mensais por família. “Eles economizaram por não ter que pegar ônibus e ir até os lugares para procurar emprego ou capacitação e conseguir informações. Fizeram tudo pela TV”, afirmou.

 

Barbosa explicou também que a intenção é levar os benefícios da internet a famílias de baixa renda que ainda não têm acesso à banda larga. O projeto funciona em parceria com empresas de telefonia, pela tecnologia 3G, usada em telefones móveis.

 

Entre abril e maio, o “Brasil 4D” também será testado na cidade de São Paulo. Os temas oferecidos serão saúde e educação, e os usuários poedrão agendar consultas no Sistema Único de Saúde, por exemplo. Participarão desse teste 2,5 mil famílias no primeiro semestre, e a expectativa é que outras 2,5 mil participem na segunda metade do ano.

 

Entre os parceiros no projeto estão o Governo do Distrito Federal, Banco do Brasil, Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Caixa Econômica Federal, Banco de Dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), as desenvolvedoras de sistemas de gestão integrada TOTVS e HMATV, a operadora Oi e Telebrás.

 

(V.F/J.S*)