02/05/2014 às 22:37

Estudo analisa etapas da violência doméstica

Servidoras das secretarias da Mulher e de Saúde entrevistaram 12 mulheres acolhidas na Casa Abrigo

Por Da Redação, com informações da Secretaria da Mulher


. Foto: Divulgação

BRASÍLIA (2/5/14) – Servidoras do GDF apresentaram estudo sobre o atendimento às mulheres em situação de violência, feito com usuárias da Casa Abrigo, mantida pela Secretaria da Mulher. Na ocasião, a psicóloga Lívia Façanha lembrou que tudo começa com um xingamento até chegar à agressão física e recomendou que a vítima denuncie antes que algo pior aconteça.

 

“As mulheres estão se conscientizando cada vez mais de que a violência doméstica não é uma coisa normal”, destacou a psicóloga, servidora da Secretaria da Mulher. Além dela, participaram do estudo Germain Le Campion, cuidadora social da Casa Abrigo e também servidora da secretaria, e Sandra Jardeny, terapeuta ocupacional da Secretaria de Saúde.

 

O estudo faz parte do curso de pós-graduação em Bioética, fruto de contrato firmado pela Secretaria de Administração Pública (Seap), por meio da Escola de Governo, com a Cátedra Unesco de Bioética da Universidade de Brasília (UnB). A apresentação ocorreu esta semana na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde.

 

As servidoras entrevistaram 12 acolhidas na Casa Abrigo, que conseguiram romper o ciclo da violência doméstica. Foram levados em conta os cinco tipos de violência previstos na Lei Maria da Penha – física, sexual, psicológica, moral e patrimonial.

 

As autoras analisaram o que as mulheres tinham a dizer sobre a violência, o acolhimento na Casa Abrigo e o fenômeno da “inversão da culpa”. “A intenção foi verificar os caminhos da violência, desde a primeira agressão até a chegada à Casa Abrigo, com a percepção do atendimento que elas recebem, principalmente na esfera do Judiciário”, disse Le Campion.

 

A secretária da Mulher, Valesca Leão, presente na Fepecs, parabenizou as autoras e ressaltou que os resultados do estudo de caso permitirão à pasta identificar a recorrência da violência institucional e as possíveis falhas existentes na rede socioassistencial do DF.

 

“Com base nessas percepções, cujo valor é altíssimo, pois retratam a experiência das mulheres acolhidas, trabalharemos para otimizar fluxos, sanar deficiências, fortalecer e ampliar a rede integrada de enfrentamento e prevenção contra a violência doméstica e familiar”, afirmou Valesca Leão.

 

O CURSO – Coordenado pelo professor Volnei Garrafa, o curso de pós-graduação em Bioética da UnB aborda as questões de saúde com a perspectiva dos estudos bioéticos, prepara profissionais de diversas carreiras, dos setores público e privado.

 

(C.C.*)