19/09/2014 às 16:43, atualizado em 12/05/2016 às 17:52

Evento abre portas do mercado de trabalho a pessoas com deficiência

3º Salão da Acessibilidade, Reabilitação e Inclusão Social promove o empreendedorismo e conscientiza empresas sobre a necessidade de oferecer postos de trabalho para esse público

Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília


. Foto: Mariana Raphael

 BRASÍLIA (19/9/14) – Começou nesta sexta-feira (19), e segue até domingo, o 3º Salão da Acessibilidade, Reabilitação e Inclusão Social, que oferece palestras sobre mercado de trabalho, exposições de arte e artesanato e apresentação de oportunidades de emprego às pessoas com deficiências, entre outros.

 

Com uma grande estrutura montada na área externa do Pátio Brasil Shopping, o salão reúne várias secretarias do Governo do Distrito Federal que trabalham pela inclusão da pessoa com deficiência, além de entidades sem fins lucrativos e centros de reabilitação. O evento é uma feira de negócios inclusivos que promove oportunidades de trabalho e renda para pessoas com deficiência.

 

“O grande objetivo é mostrar ao empresariado que a pessoa com deficiência representa um segmento produtivo da sociedade capaz de ocupar uma vaga no mercado com a mesma, ou superior, desenvoltura de qualquer trabalhador”, argumentou o subsecretário de Economia Solidária, Afonso Magalhães.

 

De acordo com dados do último censo do IBGE, aproximadamente 500 mil habitantes têm alguma deficiência no Distrito Federal, o que representa 22% da população. A Coordenação de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Corde) da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania encaminhou mais de 700 pessoas com deficiência para o mercado de trabalho.

 

“Vai além da questão da solidariedade e do incentivo à inserção no mercado de trabalho. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, assegura a integração social dessas pessoas e, consequentemente, o ingresso na vida produtiva”, explicou o presidente da Cooperativa Ecosol Base Brasília, Eustáquio Ferreira.

 

Para o artista plástico Lúcio Piantino, de 19 anos, o salão é uma oportunidade de mostrar seu talento e comercializar suas obras. Com quadros que custam em média R$ 1,2 mil (por metro quadrado da obra), o jovem vem de uma família de artistas e pretende conquistar a independência financeira por meio de seu trabalho.

 

“Minha vontade é de sempre expor meus trabalhos em galerias, ganhar mais espaço e conquistar reconhecimento. Acredito que quanto mais as pessoas puderem ver meus quadros, mais irá me incentivar a fazer cada vez melhor”, destacou Lúcio, que busca inspiração no norte-americano Paul Jackson Pollock e no espanhol Pablo Picasso para pintar seus quadros.

 

O evento é realizado pela Cooperativa Ecosol Base Brasília em parceria com a Secretaria da Micro e Pequena Empresa e Economia Solidária do Distrito Federal.

 

Confira a programação aqui.

 

(A.A./M.D.*)