20/09/2014 às 13:24, atualizado em 12/05/2016 às 17:52

Mané Garrincha é destaque em simpósio internacional sobre construções modernas

Autores do projeto da ecoarena apresentaram detalhes do estádio no Centro de Convenções

Por Da Redação, com informações da Coordenadoria de Comunicação para Grandes Eventos


. Foto: Mary Leal / Arquivo

BRASÍLIA (20/9/14) – Arquitetura com o DNA de Brasília. Foi esse o conceito que inspirou o arquiteto Eduardo Castro Mello ao projetar o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, que é um dos maiores do país. Ele e o engenheiro Knut Stockhusen, que também assina o projeto, mostraram as etapas de construção da arena durante o Simpósio Anual da Associação Internacional para as Cascas e Estruturas Espaciais (IASS, em inglês) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

 

As características técnicas e a sustentabilidade da arena brasiliense também foram demonstradas. “Seguimos os pilares usados por Oscar Niemeyer em vários monumentos da cidade, com repetição de colunas e espaços livres para circulação de pessoas”, explicou Castro Mello, nesta sexta-feira (19).

 

O arquiteto disse, ainda, que a sustentabilidade foi a preocupação desde o início do projeto, com reaproveitamento da água para irrigação do campo, lavagem dos banheiros e captação de energia solar. Castro Mello mostrou como a arena brasiliense também se adéqua à natureza.

 

“Às 17h o sol penetra na obra e faz um desenho na cobertura. À medida que as horas passam, o desenho muda de posição, com imagens que vão se compondo com a edificação”, citou.

 

O simpósio, que teve como tema principal as construções modernas e ecologicamente corretas, foi realizado entre os dias 15 (segunda-feira) e 19 (sexta) e reuniu mais de 400 profissionais do Brasil e do exterior.

 

MULTIARENA – O caráter de multiarena também foi lembrado por Castro Mello, com apresentações de shows nacionais e internacionais, baile de carnaval, campeonato de futebol feminino, os grandes jogos do futebol brasileiro e a histórica partida de futsal entre Brasil e Argentina.

 

Um dos participantes do evento, o estudante de arquitetura grego Loannis Mirtsopoulos, considerou a apresentação enriquecedora para o seu futuro trabalho, a ser desenvolvido no exterior. “Foi uma experiência ótima para entender qual foi a motivação e o sentimento em relação à construção de um estádio da Copa do Mundo”, comentou.

 

A presidente da Terracap, Maruska Lima, que coordenou as obras da arena brasiliense, mediou o painel sobre os estádios e explicou que o Brasil hoje tem uma engenharia em plena evolução. “Posso falar com propriedade porque participei das obras do Estádio Nacional de Brasília. A experiência é única e singular. Somos profissionais orgulhosos do que fizemos”, afirmou.

 

(J.B./C.C*)