Fase final do Soletra da Sedest reuniu 700 participantes

BRASÍLIA (24/11/14) – Mais de 700 pessoas – que representavam os Centros de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (Cose’s) do Distrito Federal – lotaram o auditório do Museu da República durante a terceira edição do Soletra Sedest. O projeto, desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), consiste em testar com a soletração de palavras os socioeducandos, que são divididos em oito categorias de acordo com a idade.
 

“Percebemos que alguns socioeducandos atendidos nos Cose’s têm dificuldades com palavras e oralidade. Escrita e fala são muito importantes para a participação da criança como cidadã na sociedade”, ressaltou a diretora de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Sedest, Patrícia Kopp.
 

Segundo a diretora, em 2011, na primeira edição, as palavras foram retiradas dos livros que eram disponibilizados nas bibliotecas dos Cose’s; em 2013 o banco de palavras foi retirado de obras de Vinícius de Moraes; e, desta vez, dos estatutos da Criança e do Adolescente, da Juventude e dos Idosos.
 

O estudante Dérick Sousa, 7 anos, morador do Caub II, no Riacho Fundo II, foi o vencedor da categoria pré -pré-mirim. Ele contou que se preparou lendo muito. “Estudei sozinho com a leitura do banco de palavras que recebi. Hoje, eu fiquei um pouco nervoso, mas depois me acalmei por que estava na esperança de ganhar”, disse.
 

PROJETO – O torneio começa com etapas eliminatórias nos 17 Cose’s, um Cras, além de cinco entidades conveniadas com a Sedest. Na semifinal, os candidatos são levados para o Centro de Atividades e Treinamento da Sedest (CTA) no Guará. A terceira etapa foi a grande final, que aconteceu no Museu da República.
 

As oito categorias são pré-pré-mirim, pré-mirim, mirim, pré-juvenil, juvenil, adulto, jovem e máster. Os vencedores do primeiro lugar nas categorias juvenil/ jovem levaram notebook, máster/adulto foram premiados com televisão, pre-pré-mirim, pré-mirim e mirim levaram bicicleta, e juvenil ganharam tablets. Os demais finalistas ganharam itens como patinetes, MP4s e tablets.
 

Um dos finalistas Carlos Bueno, 16 anos, morador do Gama-Oeste, antes de subir ao palco para soletrar, contou que foi vencedor nas duas edições anteriores. Para ele, o projeto o estimulou a leitura. “Antes eu gostava de ler, mas não era por prazer. Hoje eu leio por que aprendi a gostar”, contou.
 

Segundo Carlos, o estudo também foi intensificado para participar mais uma vez do projeto. “Me preparei lendo o dicionário e alguns livros importantes para leitura. Ganhamos uns livros e também li uma boa parte dos estatutos”, complementou o estudante.
 

COSES – As unidades trabalham com educação social fortalecendo os vínculos das crianças e adolescente com a família, comunidade e com os educadores dos coses. Nos Cose’s são realizadas oficinas temáticas sobre meio ambiente, participação social, cultura, entre outros temas.
 

(A.S/C.L*)