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23/12/2014 às 12:58
Local fica protegido contra alterações na área abrangida. Intenção é manter estrutura e tradição do lugar
BRASÍLIA (23/12/14) – O Templo Budista de Brasília agora é tombado Patrimônio do Distrito Federal. O decreto, que protege contra modificações a edificação original do lugar, o Sino Bonshô e seu Campanário, além dos Pórticos, o da entrada e os das laterais, foi publicado no Diário Oficial do DF nessa segunda-feira (22).
“Patrimônio não é só bem material, mas um acúmulo cultural. Eu fico muito feliz de o Templo integrar esse grupo que é da comunidade não só nipônica, mas de Brasília. O importante que é patrimônio histórico, pertence à população como um todo”, disse o responsável pelo Templo, monge Sato.
Histórico – No dia 16 de junho de 1958, dois anos antes da inauguração de Brasília, a comunidade budista nipo-brasileira entregou ao presidente Juscelino Kubitschek a solicitação para a cessão de uma área no Plano Piloto para a construção do templo. Em 1963, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital – Novacap – anunciou que o lote localizado na 315/316 da Asa Sul seria liberado para a construção.
No dia 6 de outubro de 1973, o Templo Budista Honpa Hongjwanji de Brasília foi inaugurado com a presença de uma comitiva especial, vinda do Japão, que contou com a presença do patriarca Gomonshu Kosho Otani.
No dia a dia, o Templo Budista tem atividades como ioga, aikido, karatê, tai-shi-shuan, além de cursos de Budismo às terças e quintas, às 7h, e ofícios de meditação aos sábados e domingos, às 9h.
Durante a chegada do novo ano (Shusho-e), o Templo realiza a cerimônia das 108 badaladas que se iniciam às 22h do dia 31 de dezembro. O evento é aberto à comunidade. De acordo com informações da comunidade, é a oportunidade para ouvir os ensinamentos e reafirmar o compromisso com o caminho do Buda. Na virada de 2012 para 2013, a celebração reuniu cerca de 600 pessoas.
De acordo com Sato, as badaladas têm o significado de “esperanças que se renovam, levando em conta o passado, presente e o futuro, da consciência de si próprio e das circunstâncias do aqui e agora”.
(M.D.*)