31/12/2014 às 17:27

Líder em transplantes

Em quatro anos, o DF passou a liderar quatro dos cinco tipos de procedimentos realizados

Por Da Redação

BRASÍLIA (31/12/14) – O Distrito Federal registrou nesta gestão os melhores índices já alcançados na realização de transplantes e doações de órgãos. O DF lidera o ranking nacional em quatro dos seis tipos de transplantes realizados na rede pública. São eles coração (71), rim (352), fígado (123) e córnea (1.278).

 

Medula (28) ainda não é destaque em nível nacional. No entanto, esse quadro deve ser alterado em breve, uma vez que o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) inaugurou no semestre passado uma ala exclusiva de Transplante de Medula Óssea.

 

Hoje, o DF ocupa a quarta posição no Brasil em transplantes de medula óssea. O procedimento de pulmão também não alcançou destaque em nível nacional. No ano passado, o DF bateu o recorde nacional em transplantes de coração e córnea, chegou ao segundo lugar no ranking de pulmão, fígado e rins, além de conquistar o primeiro lugar no Brasil em número de doadores por milhão de habitantes, segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

 

Rede é ampliada – Os resultados alcançados nos últimos quatro anos são reflexo de investimentos do Governo do Distrito Federal, nos últimos quatro anos. Até 2010, a média de transplantes não chegava à metade do realizado nesta gestão, e o número de doadores por milhão de habitantes não passava de dez.

 

Credenciados – O transplante de fígado foi retomado nesta gestão, após o DF ter sido descredenciado por não atender às condições necessárias para a realização do procedimento. Em novembro de 2011, a Secretaria de Estado de Saúde, em parceria com o Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), retomou a realização de transplante de fígado no DF. Os procedimentos de pulmão e medula também foram autorizados nesta gestão.

 

Para aumentar a rede de transplantes no DF, a Secretaria de Saúde ampliou o número de equipes de captação e disponibilizou leitos exclusivos para manutenção de propensos doadores. Os procedimentos são realizados no Hospital de Base do DF (HBDF), no Hospital Universitário de Brasília (HUB) e no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF).

 

Atualmente, segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos referentes ao final do primeiro semestre de 2014, o Distrito Federal tem a seguinte lista de espera: rim: 124 pessoas; fígado: 35 pessoas; coração: 10 pessoas; córnea: 74 pessoas.

Fim da espera – Waterloo Evangelista dos Santos, 63 anos, foi o primeiro paciente beneficiado com um transplante de fígado na rede pública de saúde do DF. Ele foi submetido ao procedimento no dia 31 de janeiro de 2012, no Instituto de Cardiologia do DF (ICDF), depois de cinco meses de espera.

 

“Primeiro entrei na fila de espera por um órgão em São Paulo. Mas, tão logo soube que o transplante de fígado começou a ser feito no DF, fiz a inscrição aqui”, explicou Waterloo. O funcionário público aposentado descobriu um nódulo no fígado durante um check-up e foi informado de que a única opção seria o transplante, devido às altas chances de evolução para um câncer.

 

A cirurgia no ICDF durou aproximadamente 14 horas. Depois o paciente ficou quatro dias na UTI e mais seis dias internado. “Hoje tenho vida normal”, disse Waterloo, que abandonou a vida de aposentado e trabalha no Hospital da Criança de Brasília. Todos os dias ele toma dois medicamentos contra rejeição e comparece a consultas de acompanhamento duas vezes ao ano.