10/02/2015 às 22:55, atualizado em 12/05/2016 às 17:52

Previsão mais segura de desastres naturais

Convênio garante ao DF aquisição de aparelhos capazes de medir a quantidade de chuvas em áreas de risco. Quatro foram instalados nesta semana

Por Paula Oliveira, da Agência Brasília

A Defesa Civil do Distrito Federal recebeu reforço para o monitoramento de tempestades. Foram instalados ontem (9) quatro pluviômetros em áreas de risco. Os aparelhos foram comprados com recursos do governo federal, a R$ 20 mil a unidade, por meio de convênio. Outros cinco serão montados nos próximos 45 dias.

“As informações que esses aparelhos vão produzir, combinadas com outras, permitirão perceber com antecedência a formação de tempestades e evitar, assim, desastres naturais”, explica o subsecretário de Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra. O órgão também se baseia em dados produzidos por um radar instalado no Gama, que monitora a movimentação das nuvens em um raio de 400 quilômetros, e por um satélite que mostra a previsão do tempo em todo o país.

A Defesa Civil escolheu dez áreas de risco para receberem os aparelhos. “São áreas próximas a ou de ocupação desordenada, o que aumenta o risco de desastres”, explica o coronel Bezerra. Os pluviômetros instalados ontem estão no Sol Nascente (Ceilândia), na Estrutural, na Vila Cauhy (Núcleo Bandeirante) e na Vila Rabelo (Sobradinho). Em 27 de janeiro, um equipamento foi colocado na residência oficial do governador do DF, em Águas Claras.

Os novos pluviômetros ainda passarão por duas semanas de testes até serem inseridos definitivamente na base de dados da Defesa Civil. O que foi instalado na residência oficial de Águas Claras já está funcionando normalmente. Os outros três aparelhos que já existiam no DF são os do Instituto Nacional de Meteorologia e estão em Águas Emendadas (Planaltina), no Sudoeste e no Riacho Fundo. A quantidade, porém, era insuficiente para monitorar todo o DF.

Como funciona
Os pluviômetros medem a quantidade de chuva por tempo —por exemplo, quantos milímetros caíram por minuto. Isso é feito por meio de um recipiente que recolhe a água da chuva e que está ligado a um sistema de monitoramento localizado no interior de São Paulo. As informações são atualizadas a cada 10 minutos e abrangem um raio de três quilômetros.